segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O GOVERNO LULA

     O  quadro recessivo, aliado á negligência do governo no caso da crise enérgetica (o apagão) e á manutenção das grandes desigualdades sociais no país, levaram o governo FHC a uma expressiva derrota nas eleições gerais de outubro de 2002. Na Câmara dos Deputados, a maior bancada eleita foi a do PT, principal partido de oposição, que cresceu 63% nas Assembléia Legislativas estaduais.
    O  maior triunfo da oposição, contudo, ocorreu na disputa pela Presidência da República. O vencedor foi Luiz Inácio Lula da Silva ( PT em aliança com o PL, PC do B e outros partidos), que derrotou José Serra (candidato do PSDB, apoiado pelo PMDB o outras siglas) no segundo turno das eleições. Com pouco mais de 52 milhões de votos (cerca de 62% dos votos), Lula finalmente chegava ao poder.
    Ex-metalurgico , líder histórico do Partido dos Trabalhadores, Lula tomou posse na presidência, em Brasília, no dia 1° de janeiro de 2003, em meio a uma festa popular da qual participaram 150 mil pessoas vinda de todo o país.
   Seus primeiros meses de governo foram marcados por um extraordinário apoio popular. Em junho de 2003, pesquisa realizada pelo Instituto Sensus indicava que a aprovação de Lula pela população havia subido de 54% em abril para 69% em maio. Boa parte desse sucesso era resultante dos êxitos iniciais da política econômica posta em prática pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci.
    De  fato, o governo Lula conseguiu reveter as tendências inflacionárias deixadas pelo governo FHC e reduzir para cerca de 600 pontos o risco-país, índice que mede a confiança dos investidores externos na economia nacional, esse índice já havia ultrapassado os 2 mil pontos.
    Outra razão para o apoio popular a Lula foram o lançamento do programa Fome Zero e a coragem com que o presidente apresentou ao Congresso suas propostas de reforma da Previdência e Tributária. A da Previdência, que enfrenta privilegios salariais e aposentadorias abusivas no setor público, foi aprovada em primeira votação na Câmara dos deputados em 6 de agosto de 2003. Em setembro, a Reforma Tributária também era aprovada pela Câmara.

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