sexta-feira, 7 de outubro de 2011

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA

     A revolução de 1930 afastou do poder a oligarquia cafeeira de São Paulo, representada pelo Partido Republicano Paulista (PRP), despertando a revolta das elites, inconformadas com a perda de influência. A tensão aumentou ainda mais quando Vargas nomeou para o governo do estado o capitão pernambucano João Alberto Lins de Barros, um dos guerreiros da Coluna Prestes. Essa medida colocou as elites paulistas em pé de guerra com o governo provisório, acusado de ser ditatorial.
    Em   fevereiro de 1932, o  Partido Democrático rompeu  com Vargas e firmou uma aliança com o PRP, cujas principais bandeiras de luta eram a convocação imediata de uma Assembléia Constituinte e a restauração da autonomia de São Paulo.
    Na tentativa de contornar o impasse, ainda em fevereiro de 1932, Vargas decretou uma lei eleitoral que convocava eleições para uma Assembléia Constituinte, estabelecendo o voto secreto e concedia á mulher o direito de votar e ser votada, depois de vários meses de agitação e manifestações de rua, a revolução eclodiu em São Paulo.
    A insurreição contou com a participação das unidades do Exército e da Força pública de São Paulo. Também recebeu o apoio das elites e da classe média urbana, interessada  na redemocratização do país, e do novo interventor no estado, o paulista Pedro Toledo. Dela só não participaram os trabalhadores, que defendiam a política trabalhista de vargas.
    Os rebeldes assumiram o controle do estado de São Paulo, mas não contaram com o apoio das elites de outras regiões, como inicialmente esperavam. Com isso, o movimento ficou isolado e São Paulo acabou travando com as forças federais verdadeira guerra civil, que terminou, com a derrota dos paulistas.

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