sábado, 15 de outubro de 2011

O GOVERNO JÂNIO QUADROS

     Nas eleições presidenciais de 1960, um candidato se destacava no cenário político:Jânio Quadros. Jânio se apresentava ao público como a alternativa de oposição aos herdeiros do getulismo. Era um político personalista, que contava com o apoio da UDN. Havia feito rápida carreira política em São Paulo, onde fora vereador, prefeito e governador. Prometia, um governo moralizador e autero. Político contraditório, o símbolo de sua campanha era uma vassoura, que, segundo ele, varreria as irregularidade cometidas por seus antecessores.
    Carismático,   Jânio despertava grande entusiasmo na multidão. Nas urnas, confirmou o favoritismo, sendo eleito com 48% dos votos. Seu vice na presidência, João Goulart, conhecido como Jango, pertencia ao PTB.
    Coerente com sua promessa de campanha, Jânio adotou um programa econômico de combate á inflação,  com reforma cambial, restrição ao crédito, redução dos subsídios ás importações de trigo e petróleo. As medidas atraíram o apoio do FMI, o que facilitou a negociação da dívida externa e a obtenção de novos empréstimos. Logo, porém, o efeito dessa política se faria sentir com a recessão e o consequente descontentamento popular.
    A antipatia ao governo aumentou com medidas impopulares, como a proibição do uso de lança-perfume no carnaval e de biquini nas praias.
   Seu  isolamento aumentou ainda mais quando ele condecorou o líder guerrilheiro Che Guevara, um dos principais heróis da Revolução Cubana, com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Para os setores conservadores, conceder a mais alta distinção brasileira áquele que se tornara símbolo da luta revolucionária na Àmérica Latina era uma afronta.
   Na  noite de 24 de agosto, Carlos Lacerda,  líder da UDN, fez violento discurso contra Jânio pelo rádio, e o acusou de estar tramando um golpe de Estado. No dia seguinte, numa atitude que pegou de supresa toda a nação, Jânio Quadros encaminhou ao Congresso sua carta de renúncia, encerrado seu governo apenas sete meses após ter tomado posse.
   Ao  receber o pedido de renúncia, o Congresso nomeou o deputado Ranieri Mazzili para ocupar a Presidência, pois Jango estava no exterior, em viagem oficial á China.

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