Em 13 de março de 1964, Jango realizou no Rio de Janeiro o "Comício das Reformas", no qual anunciou dois decretos: um, nacionalizando refinarias de petróleo, e o outro desapropriando terras para fins de reforma agrária.
As medidas "de esquerda" desagradaram aos conservadores. Em respostas, a direita deu início a uma série de manifestações, visando criar um clima propício á desestabização do governo e á preparação de um golpe de Estado. Em São Paulo, saiu ás ruas a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, da qual participaram milhares de pessoas.
O consenço entre os militares em torno do golpe surgiu no dia 26 de março, quando ocorreu a chamada Revolta dos Marinheiros. Mais de mil marinheiros e fuzileiros navais fizeram uma assembléia no Sindicato dos Metalúrgico do Rio de Janeiro. O ato foi considerado pelos oficiais uma quebra da hieraquia, que colocava em risco a organização militar.
Na madrugada de 31 de março, o general Mourão Filho, comandante da IV Região Militar, em Minas Gerais, conduziu suas tropas em direção ao Rio de Janeiro, com o objetivo de depor o presidente. Outros comandos militares o seguiram. Jango não esboçou reação. Do Rio de Janeiro, onde se encontrava, voou para Brasília e, de lá, para o Rio Grande do Sul. Mais tarde, exilou-se no Uriguai.
No dia 1° de abril, o Congresso Nacional declarou vaga a Presidência da República, embora João Goulart ainda estivesse em território nacional. No dia seguinte, o presidente da Câmara, Ranieri Mazzine, tomou posse como presidente da República. Poucas horas depois, o presidente dos EUA enviava um telegrama saudando o novo governo.
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