domingo, 28 de abril de 2013

PARLAMENTARISMO

  No Parlamentarismo, o chefe de governo é o primeiro-ministro ( também chamado de primiê, de chanceler). Nesse caso, o povo não o elege diretamente. As pesssoas votam é para escolher os membros do parlamento ( Deputados e Senadores). O partido ou grupo de partidos ( a união temporária deles em torno de algum objetivo é a chamada coligação ) quem tiver mais da medade dos parlamentares passa a ser o governo. Desse grupo majoritário, o maior partido escolhe quem será o primeiro-ministro. Esse primeiro-ministro nomeia os ministros que trabalharão com ele.

sábado, 27 de abril de 2013

PARLAMENTARISMO ÀS AVESSAS

  No ano de 1847, o parlamento brasileiro ( a Assembléia Geral do Império, composta pelos deputados e pelo Senado vitalício ) , alterou a Constituição e estabeleceu a Monarquia Parlamentar, o parlamentarismo brasileiro no Império teve grandes diferenças em relação ao parlamentarismo clássico. O parlamentarismo clássico era a forma de governo que havia na Inglaterra so século XIX e que dura até hoje. No parlamentarismo britânico, o rei era principalmente o símbolo de autoridade e tradição. Não tinha poderes especiais para governar.
  O caso do brasileiro era de um parlamentarismo às avessas, istó é, de cabeça para baixo na escolha do primeiro-ministro. Na Inglaterra, era de baixo para cima: o eleitor votava no parlamento e daí saía o primeiro-ministro. No Brasil, era exatamente o sentido inverso. O imperador ( poder moderador ) tinha o poder de demitir todo o ministério e dissolver o parlamento.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

PORTO ALEGRE IMPERIALISTA

   Por volta de 1840, O Rio Grande do Sul tinha 150 mil habitantes ( o Império, cerca de seis milhões). Em Porto Alegre moravam apenas 15 mil pessoas. No litoral, havia pequenos proprietários vindos de açores, Portugal ( na terra deles, casais era o nome das pequenas propriedades. Daí o nome original de Porto dos Casais para Portto Alegre) . No interior, predominavam as estâncias criadoras de gado bovino.
  Porto Alegre estava mais ligado aos pequenos proprietários do litoral do que aos estanceiros do interior. Por isso a cidade manteeve-se ao lado do Império. Quando os farroupilhas proclamaram a República Rio Grandense, a capital era Piratini.

REVOLTAS POPULARES NA REGÊNCIA

  No Ceará ( 1831 ), época de crise nos preços do algodão e da pecuária, os caboclos se armaram no sertão, tomaram Crato e ameaçaram Fortaleza. Foram massacrados pelas tropas do mercenário francês Labatut.
  Em Pernambuco, na bela Recife, os liberais exaltados ( Calangos ) estimulavam a insurreição. Então na Setembrada ( 1831 ), soldados se juntaram ao povo e saquearam armazéns de grandes comerciantes portugueses. Foram dizimados por futuros membros da Guarda Nacional. No mesmo ano, ocorreu a Novembrada. Os líderes foram algemados até a ilha de Fernando de Noronha.
  Estranha revolta começou em Pernambuco e chegou a Alagoas. Eram soldados, vaqueiros, gente da roça. Queriam,a volta de D. Pedro I. A realidade deles era tão distante do Rio de Janeiro, que viam em D. Pedro I uma figura mítica, uma espécie de São sebastião que traria apoio do céu para libertar os pobres. Por isso, eram chamados de guerreiros do imperador. Foram massacrados pela Guarda Nacional. 

domingo, 21 de abril de 2013

LIBERAIS EXALTADOS

  Exatamente os que promoviam revoltas contra o governo. Eeles eram, antes de tudo, federalistas, isto é, a favor da descentralização do poder, da autonomia provincial. Entretanto, embora com ideal comum de oposição federalista, havia desde liberais ortodoxos ( os farroupilhas ) até os exaltadíssimos jurujubas. Ou seja, um pedaço estava ligado aos latifundiários do Norte, Nordeste e do Sul, que eram federalistas porque queriam garantir sua autoridade local.
  Havia também os exaltados que exigiam mais do que o federalismo: inspirados na Revolução Francesa de 1789, falavam em direitos do cidadão, entre eles a ampliação dos direitos de voto, liberdades e garantias para o cidadão comum.

LIBERAIS MODERADOS

  Ligavam-se à Sociedade Defensora da Liberdade e da Independência Nacional e eram formadas por representantes dos grandes proprietários, principalmente os do Sudeste.
   Como o nome diz, aceitavam a descentralização do poder e as liberdades democráticas, mas como também mostra o nome, de forma bem limitada. Portanto, controlavam o governo no Rio e defendiam que o poder central mantivesse alguma força. Consideravam-se liberais mas viviam alertando contra os " excessos da liberdade ".

ESTREPOLIAS IMPERIAIS

  D. Pedro também foi conhecido pelas aventuras amorosas. Mesmo depois de casado, continuou se relacionando com muitas mulheres. Teve vários filhos com sua amante mais famosa, a Marquesa de Santos. É claro que os opositores se aproveitavam das fofocas para atacá-lo mais ainda. Criticavam especialmente a amizade de D. Pedro com Francisco Gomes da Silva, de apelido Chalaça.
  O imperador e Chalaça iam juntos para a Taverna das Cornatas, na antiga rua das Violas, no Rio de Janeiro, onde tocavam violão ( D. Pedro era dotado de talento musical ), bebiam vinho até cair e namoravam as prostitutas do local.

CIPRIANO BARATA

  Cipriano Barata ( 1762 - 1838 ) era baiano, filho de um oficial do exército, descendente de portugueses e de negros. Estudou medicina, filosofia e matemática em Coimbra e conheceu de perto a Revolução Francesa. de volta para o Brasil, em salvador, sua cidade natal, ficou conhecido como o médico dos pobres. Era o doutor que não cobrava consulta, o frenquentador dos terreiros de macumba, o namorador das negras bonitas da Bahia e, antes de tudo, o agitador. Onde houvesse uma rebelião, um protesto, um levante, lá estava Cipriano. Líder na Conjuração Baiana de 1798, na revolução Pernambucana de 1817 e, embora preso, na Confederação do Equador.
  Grande jornalista, não teve papas na língua em acusar D. Pedro I de tirano. Volta ou outra era encarceraso, tendo estado pela última vez na cadeia com quase 70 anos de idade, deputado nas Cortes em Lisboa, escandalizou a todos ao propor o direito de cidadania aos escravos. Mesmo na cadeia, dava um jeito de escrever seus artigos inflamados contra as autoridades. 

sábado, 20 de abril de 2013

COIMBRÃOS

  O Brasil da década de 1820 conheceu uma importante mudança no vocabulário político. Novas palavras e significados relacionavam-se a uma nova mentalidade. Assim, palavras como tirania, cidadão, absolutismo, constituição, pátria, liberdade, igualdade, nação, claramente ligadas à filosofia das luzes e à Revolução Francesa de 1789 passaram a ser faladas nas praças, mercados e tavernas do Brasil, e escritas nos jornais e panfletos políticos.
  Os Coimbrãos tinham estudados na universidade de Coimbra, em Portugal, e eram mais conservadores. Queriam um regime que misturasse algumas idéias liberais, devidamente filtradas de elementos democráticos, com outras próximas ao antigo regime.

RECONHECER O BRASIL COMO NOVO ESTADO

  É importante, para um país, estar bem relacionado com os outros, porque obtém segurança e laços comerciais. O primeiro país a reconhecer a nossa independência foram os Estados Unidos ( 1812 ). O governo norte-americano acreditava que cada nova independência na América faria diminuir a possibilidade de interveção da Europa no continente.
  O Brasil teve que pagar a Portugal uma indenização de dois milhões de libras esterlinas, o dinheiro foi pego emprestado aos banqueiros ingleses. Os ingleses conseguiram, em 1827, a renovação das tarifas dos tratados de 1810. No ano seguinte, o governo brasileiro adotou a mesma tarifa alfandegária de 15% sobre as importações de outros países.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

STUART MILL

  Stuart Mill ( 1806 - 1873 ) foi defensor do sufrágio universal, inclusive o das mulheres.
  Apesar de liberal, percebeu que o laissez-faire, isto é, o liberalismo econômico puro, provocava graves problemas sociais.
  Mill alertava contra a possibilidade de a opinião pública e a força do Estado esmagarem a independência do indivíduo, forçando todo mundo a ter a mesma opinião. seria a ditadura da mediocridade. Também alertava para a preservação do direito das minorias.

TOCQUEVILLE

  Apesar de aristocrata, o francês Aléxis de tocqueville ( 1805 - 1859 ) admitiu que a democracia era um fato inevitável e levaria a humanidade a uma igualdade de direitos cada vez maior. Acontece que o desejo do povo de alcançar a igualdade poderia levar a sociedade e o Estado a esmagarem o indivíduo.
  Tocqueville previa , então, o dia em que as pessoas se afastariam da política para se interessar apenas por seus assuntos pessoais. O remédio, diz ele, é estimular continuamente a liberdade.

terça-feira, 16 de abril de 2013

REBELIÃO ESCRAVA NO HAITI

  No século XVIII, o Haiti, colônia francesa, era o maior produtor mundial de açúcar. Também exportava algodão e rum. A elite era branca e os escravos eram negros. Lá, 98% da população descendia de africanos.
  Os frutos doces da terra vinham do trabalho amargo numa terra regada a sangue. Assim, os negros eram amamentados com caldo de cana e espírito de rebelião.
  A Revolução Francesa estimulou o sentimento de revolta. Em 1791, liderados pelo negro Toussaint L' Ouverture, os escravos da ilha se levantaram. Os senhores de engenho queimavam os canaviais para matar os rebeldes escondidos na plantação. Preferiam destruir o país a ter que entrgá-lo àquele " bando" de negros exigindo justiça. Em 1802, as tropas nepoleônicas desembarcaram no Haiti. Deram um banho de sangue e o general L' Ouverture foi levado até a França para ser fuzilado. Entretanto, as lutas continuaram e, em 1825, o país conseguiu a independência. O preço foi muito alto. A economia estava arrasada e até hoje o Haiti é um dos países mais pobre do mundo. 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

BOLIVAR, O LIBERTADOR

  De família criolla, Simon Bolívar nasceu em Caracas ( hoje Venezuela ), em 1783. Seu pai era um rico fazendeiro, mas sua mãe era descendente de negros. estudou na Europa e nos EUA, onde aprendeu a gostar dos filófofos gregos e dos pensadores iluministas franceses, especialmente Rousseau. Desde jovem, Bolívar entregou-se à luta pela independência da América espanhola. com dinheiro da herança, formou um exército rebelde que comandou em inúmeras batalhas vitoriosas contra os espanhóis. Foi o comandante das guerras de independência da Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, em 1825, no auge do prestígio, abriu mão de seus poderes de general. Não aceitou tornar-se rei na América recém-emancipada e recusou homenagens oficiais. Seu ideal agora era o pan-americanismo: unir todos os países libertados. As elites criollas, entretanto, tinham outros projetos. Iriam se devorar em guerras civis.
   Bolívar morreu triste e solitário, com apenas 47 anos de idade.
    

INDEPENDÊNCIA NÃO OFICIAL NA AMÉRICA ESPANHOLA

  Antes de as independências oficiais terem acontecido na América espanhola, houve várias tentativas populares de construir um outro projeto de independênciaa, que conquistaria os direitos de cidadania para os pobres e descendente de índios. Os criollos ( elite colonial branca ) queriam a independência, mas não a este preço. Por isso, apoiaram a repressão.
  No Peru, um cacique descendente dos incas, Tupac-Amaru, no final do século XVIII reuniu um exército de índios e mestiços e chegou a tomar a cidade de Cuzco. Onde chegavam, tomavam as terras dos lattifundiários para distribuir ás famílias mais pobres. No final, o popúlar viu suas forças derrotadas pelos soldados espanhóis e ele próprio teve a língua arrancada e o corpo retalhado.
  No México, no começo do século XIX, Hidalgo e Morellos, leitores dos filófofos da ilustração e admiradores dos jacobinos, reuniram a população e formaram um exército de trabalhadores. Queriam acabar com a escravidão, destribuir terras e bens dos ricos para os pobres. Mas as elites criollas uniram-se aos peninsulares ( chapetones ) para derrotar o movimento. Os padres foram mortos.

terça-feira, 9 de abril de 2013

GUERRA DA SUCESSÃO ESPANHOLA

  Tudo começou quando o duque de Anjou, da dinastia Bourbon, neto do rei francês Luíz XIV, ganhou o direito de ser o novo rei da Espanha. A Inglaterra não aceitou esse crescimento do poder da França, que passaria a influenciar diretamente o país vizinho. Por isso, uniu-se a holandeses e alemães e partiu para a guerrra.
  Em 1774, com o fim do conflito, o Tratado de Utrecht concedeu grandes vantagens aos britânicos. O duque de Anjou foi coroado rei espanhou, mas em compensação os ingleses ganharam a terra Nova ( América do Norte ) dos franceses e os direitos de asiento e de navío de permiso. Furo oficial no monopólio colonial.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

JOSÉ BONÍFACIO

  Brasileiro de família rica em Santos ( São paulo ). josé binifácio de andrade e Silva ( 1764-1838 ) estudou na Europa e granjeou reputação considerável como professor universitário e cientista. de volta para o Brasil, foi conselheiro e ministro de D.Pedro. Exerceu influência pessoal sobre D.Pedro para que ele assumisse o rompimento com  Portugal.
  Conservador, José bonifãcio repudiou a democracia " jacobina " e não hesitou em lançar tropas contra manisfestantes populares. Algumas de suas propostas, tais como a abolição gradual da escravidão e a distribuição das terras inutilizadas para os lavradores pobres, mostram a influência que ele recebeu dos esclarecimento iluminista. Foi um típico intelectual brasileiro do século XIX, misturando idéias reacionárias com ideias progressistas.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

VIAJANTES E AVENTUREIROS

  No século XIX, vieram para cá inúmeros viajantes europeus. Conheceram as cidadees, andaram pelo interior, enfiaram-se nas selvas e nos deixaram saborosas descrições daquele tempos. Eram cientistas como Peter Lund, que esteve em Lagoa Santa (MG) e pesquisou o homem pré-histórico, e o botâniso Saint-Hilaire, ou comerciantes perspicazees como Jonh Luccock, que descreveu o cotidiano da Colônia.
  De 1821 a 1829 uma missão científica russa, organizada por Grigori Langsdorv, da Academia de Ciências de São Peterburgo, percorreu o interior do Brasil, junto com eles, e depois por conta própria, o artista alemão Rugendas, que nos deixou bonitos desenhos, importantes numa época em que não havia fotografia.
  Em 1816 chegou a Missão Artística Francesa, com mestres que ensinariam na academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. Junto com ela, o retratista Debret.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

TIRADENTES - ENFORCADO PORQUE ERA POBRE

  Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, deu duro na vida: guiou mulas, pesquisou novas áreas de garimpo,, trabalhou com enxada na terra. projetou um sistema de canalização de água para o rio de Janeiro. Mas o projeto não foi aprovado pelo governo. Chegou a ganhar a vida extraindo dentes. Militar, não era promovido porque não tinha protetores. Nunca passou de alveres ( aspirante), nem viajou para a Europa ou fez faculdade. Mas era esforçado e conseguiu aprender francês para ler os enciclopedistas. Conhecia a declaração de independência dos estados Unidos e fez propaganda dela entre os amigos.
  Tiradentes não foi o líder da Conjuração Mineira de 1789, mas teve papel importante porque era ele que fazia a propaganda do movimento entre as camadas populares. Preso, comportou-se com grande dignidade, mas como era o único que não estava ligado à nobreza, foi também o único a ser executado. Seu enforcamento aconteceu no rio de Janeiro em 1792.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

BEETHOVEN

  As idéias de liberdade, autonomia do indivíduo e transformação radical também atigiram a arte. Na Alemanha, Ludwig Van Beethoven ( 1770 - 1827 ) revolucionou a música. Suas obras desrespeitam as regras acadêmicas, são ousadas e livres. Sua originalidade foi tão grande que dividiu a história da música ao meio.
  Admirador da Revolução francesa, ele pensou em dedicar sua famosa terceira sinfonia a Napoleão. Mas quando Bonaparte coroou-se imperador, Beethoven ficou decepcionado. Suas composições são profundamente intelectualizadas, mas também cheias de circunstâncias. depois de uma certa idade, ficou completamente surdo, o que não o impediu de continuar criando obras-primas. Desprezava os nobres e gostava de dizer " nenhum decreto de rei é capaz de criar um grande artista".