sábado, 31 de março de 2012

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - A INVASÃO DA URSS

     Em junho de 1941, sem nenhuma declaração formal de guerra, o Exército alemão deu início à invasão da URSS. Durante três meses, os nazistas avançaram, simultaneamente, em três direções: Leningrrado (antiga Petrogrado), ao norte; Moscou, ao centro; e Stalingrado, ao sul.
     Stalin sabia do poderio das forças alemãs a adotou a tática do recuo, embora isso custasse muitas perdas materiais e milhares de mortes.
   Os alemães, porém, não conseguiram consolidar as vitórisa iniciais. Pela primeira vez a Blitzkrieg não funcionou, e a ofensiva estancou às portas de Moscou e Lenigrado. Hitler havia substimado o poderio militar e a capacidade de luta dos soviéticos e cometeu o erro de dispersar suas forças num raio de quase 3 mil quilômetros. Além do equívoco do líder nazista, o rigoroso inverno russo, a partir de 1941, passou a castigar duramente os alemães.
    Em Stalingrado, a batalha se deu nas ruas da própria cidade, onde o Exército alemão, composto por 285 mil soldados, foi cercado por forças soviéticas. Em janeiro de 1943, depois de vários meses de intensos combates, os sobreviventes das unidades alemãs - cerca de 91 mil soldados e 24 generais - se renderam às forças soviéticas. A batalha de Stalingrado foi a primeira derrota importante de Hitler no continente europeu.

sexta-feira, 30 de março de 2012

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - A BATALHA DA INGLATERRA

   Em agosto de 1940, aa Alemanha deu início a cerrados bombardeios contra a Inglaterra. Diariamente, aviões da força aérea alemã levantavam vôo do norte da França para despejar toneladas de bombas sobre cidades, portos e centros industriais da Inglaterra. Londres foi duramente atingida. Calcula-se que, em menos de um ano, mais de 40 mil ingleses morreram em consequência desses bombardeios.
  Sob a liderança do primeiro-miniostro Winston Churchil, a Inglaterra conseguiu resistir. Para isso, contou com a disciplina da população,  a eficiência dos pilotos da força aérea inglesa e a ajuda de um equipamento até então inédito: o radar, que dectava a presença de aviões a quilômetros de distância. No começo de 1941, ficou claro paara Hitler que os ataques aéreos contra a Inglaterra haviam fracassado. A partttir desse momento, os alemães intensificaram a guerra submarina contra a Marrinha inglesa.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - A RENDIÇÃO DA FRANÇA

   No dia 17 de setembro, a URSS atacou a Polônia pelo leste, ocupando a parte que lhe cabia na partilha estabelecida pelo Pacto Germano-Soviético. Com seu território dividido e ocupado, a Polônia se rendeu.
    Embora a Inglaterra e a França tivessem declarado guerra à Alemanha, as hostilidades não começaram de imediato. Hitler e Mussolini foram novamente os grandes beneficiários da indicisão das duas nações. Em abril de 1940, o Exército alemão (a Eerhrmacht) ocupou a Dinamarca e a Noruega, usando a tática da Blitzkrieg (guerra-relâmpago). No mês seguinte, invadiu Luxemburgo, Holanda e Bélgica, países cuja neutralidade o próprio Hitler se comprometera a respeitar. Pouco depois, as tropas alemães atravessaram a fronteira da França.
   Tomado de supresa, o Exército françês não conseguiu deter o fulminante avanço dos alemães, que se aproximaram rapidamente de Paris. A situação forçou o governo da França a se transferir para o interior do país. No dia 14 de junho de 1940, Paris foi ocupada e a bandeira nazista hasteada na Torre Eiffel. Alguns dias depois, o governo francês se rendeu.
   Segundo os termos da rendição, a Alemanha passou a administrar metade do território da França. A outra metade foi entregue a autoridades francesas dispostas a colaborar com os alemães. Chefiado pelo marechal Henri Pétain, esse governo colaboracionista tinha   sua em sede em Vichy. Diante da capitulação, o general francês Charles de Gaulle fugiu para Londres, de onde passou a comandar a restência da população francesa contra a presença dos nazistas no país. Poucos dias antes, a Itália entrou no conflito apoiando a Alemanha.

terça-feira, 27 de março de 2012

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - ECLOSÃO

    A passividade dos governos da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos era interpretada pelos alemães como uma espécie de sinal verde a suas ambições expancionostas
     Assim , ainda em 1936, Hitler e Mussolini firmaram um acordo de apoio mútuo, o Pacto Ítalo-Germânico chamado de Eixo Roma-Berlim. Quartro anos depois, em setembro de 1940, os dois países selariam com o Japão o Pacto Anti-Kominter, visando o combate ao comunismo. Estados Unidos, Inglaterra e URSS eram, por essa época, chamados de os Três Grandes. esse acordo ampliou o Eixo, que agora englobava Roma, Tóquio e Berlim.
    Em 1937, o Japão lançou-se à guerra contra a China. No ano seguinte, a Alemanha ocupou e anexou a Áustria. Ainda em 1938, os Alemães invadiram a região dos Sudetos,, na Tchecoslováquia, a pretexto de que ali viviam populações de origem germânica. Para resolver o impasse, foi realizada a Conferência de Munique, que reuniu a França, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha. Na reunião, firmou-se um compromisso, pelo qual as potências democráticas aceitavam a anexação dos Sudetos pelos alemães, desde que Hitler não partisse para novas conquistas territoriais.
    Hitler, evidentimente, queria apenas ganhar tempo. Em agosto de 1939, a Alemanha e a URSS firmaram o Pacto Germano-Soviético de Não-Agressão que estabelecia a divisão da Polônia entre as duas potência. No dia 1° de setembro, os alemães invadiram a Polônia. Foi só então que a França e a Inglaterra reagiram, declarando guerra à Alemanha dois dias depois.
    Tinha início a Segunda Guerra Mundial, que reunia grande parte das nações do mundo dividida em dois blocos. De um lado, os países do Eixo, liderados pela Alemanha, pela Itália e pelo Japão, e do outro, os Aliados, comandados principalmente pelos EUA, pela URSS e pela Inglaterra.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - O ENSAIO

     Os problemas internacionais começaram já em 1931, ano em que o Japão invadiu e anexou a Manchúria, região pertencente à China. A agressão foi recebida com protesto pela Sociedade das Nações, mas nada se fez de concreto para obrigar o Japão a devolver o território ocupado aos chineses. Isso criou um precedente que logo seria seguido pela Alemanha e pela Itália.
     Em 1933, a Alemanha rompeu com a Sociedade das Nações. Dois anos depóis, o governo de Hitler reiniciou a produção de armamentos e passou a aumentar seus efetivos militares, num claro desafio ao Tratado de Versalhes. Também em 1935, a Itália de Mussolini invadiu e anexou a Etiópia. Hitler, por sua vez, dei início ao rearmamento da Renânia (zona de fronteira com a França), num novo desafio ao acordo de paz de 1919, que havia determinado a desmilitarizaçãa da região.
     Hitler e Mussolini testavam, assim, a capacidade de reação das grandes potências mundiais. Em 1936, teve início a guerra civil espanhola, os dois governos aproveitram o conflito para experimentar suas novas armas e equipamentos militares. Mais uma vez as potências ocidentais se omitiram, declarando-se "neutras", a guerra civil espanhola transformou-se num ensaio da Segunda Guerra Mundial.

segunda-feira, 26 de março de 2012

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA

     A República foi proclamada na Espanha em 1931, depois de longa crise politica que levou à abdicação do rei. Em 1936, as forças republicanas de esquerda, reunidas na Frente popular, ganharam as eleições e adotaram um amplo programa de reforma agrária. Em julho desse mesmo ano, as forças de direitta, descontentes com as reformaas implementadas pelo novo governo, promoveram um levante militar no Marrocos espanhol, chefiado pelo general Francisco Franco. A rebelião deu início a uma sangrenta guerra civil, que só terminaria em 1939 com a vitória de Franco.
     Como essa era uma época de intensa polarização ideológica entre o nazi-fascismo e o comunismo, o conflito espanhol ganhou rapidamente proporções internacionais. As forças do generral Franco receberam ajuda maciça da Alemanha e da Itália, em homens, armas e munições. Os alemães chegaram a bombardear cidades espanholas com sua Divisão Condor, como ocorreu em 1937 na cidade de Guernica.
     As forças republicana, em contrapartida, foram apoiadas pela URSS e pelas Brigadas Internacionais, composta por voluntários do mundo todo. A Inglaterra, a França e os Estados Unidos, porém, preferiam declarar neutralidade e não se envolverem no conflito..

sábado, 24 de março de 2012

A SOCIEDADE DAS NAÇÕES

   O principal instrumento criado pela Conferência de Paris de 1919 para garantir a paz mundial foi a Sociedade das Nações, que nasceu de uma proposta original do presidente norte-americano Woodrow Wilson. O principal objetivo da organização consistia em resolver os desentendimentos entre as potências por meio de negociações, de modo a evitar conflitos armados. Entretanto, a Sociedade das Nações mão tinha como intervir em caso de confronto ou de agressão militar entre os países, o que era preocupante, pois o clima de tensão não havia desaparecido com o fim da Primeira Guerra Mundial.
   Razões para novos conflitos não faltavam, o Tratado de Versalhes, por exemplo, ao ferir o orgulho nacional dos alemães, semeou ressentimentos que acabaram sendo canalizados pelo nazismo para uma mova guerra. Ao mesmo tempo, a Itália e o Japão também estavam insatisfeitos com o tratado, por não conseguirem ampliar seus dominios territoriais. Nessas circunstâncias, os governos utranacionalistas desses três países pareciam na iminência de se lançar a uma nova guerra mundial.

sexta-feira, 23 de março de 2012

O ANTI-SEMITISMO NAZISTA

    As idéias de Hitlae foram reunidas em Mein Kampf (minha luta), livro que escreveu por volta de 1923, quando esteve preso por alguns meses, depois de tentar promover um espécie de "Marcha sobre Berlim" a partir da cidade de Munique.
    Minha luta espõe uma ideologia fortemente marcada por idéias totalitáriaas e de superioridade racial. Para Hitler, os alemães pertenceriam a uma "raça pura" destinada a dominar a humanidade. Todas as outras "raças" humanas seriam inferiores, principalmente os judeus, "raça impura", à qual Hitler atribuía grande parte dos males da humanidade (anti-semitismo). Para ele, os judeus eram os responsáveis pelo marxismo e pelo capitalismo financeiro internacional, que deviam ser combatidos.
    Outros inimigos que precisavam ser eliminados, segundo a ótica hitlerista, eram  a democracia, o liberalismo, o socialismo e o comunismo. Aos alemães deveria ser concedido, pela paz ou pela guerra, um "espaço vital", isto é, um grande território na Europa destinado a abrigar os povos germânicos num só reino ou império (o reich)
    Essas idéias formavam   as premissas de uma visão totalitária da sociedade, pela qual os indivíduos deveriam pertencer ao Estado, sob a liderança de um único chefe, o Fuher. Ele seria o responsável pelas grandes decisões, em nome da comunidade dos povos germânicos organizados num grande império - o Terceiro reich , que duraria mil anos.

quinta-feira, 22 de março de 2012

HITLER - A DITADURA TOTALITÁRIA

     Assim que chegou ao poder, Hitler partiu para a execução do plano de estabelecer uma ditadura totalitária. Em 1933, os nazistas puseram fogo na sede do Parlamento (reichstag) e responsabilizaram os comunistas pelo atentado. Era o pretexto de que Hitler precisava para reprimir com violência a esquerda e os sindicatos.
    Em 1934, com a morte do marechal Hindenberg, Hitler acumulou as funções de primeiro-ministro e de prresidente da República. A partir de então, adotou o título de Fuher e passou a governar com poderes ilimitados. As primeiras medidas tomadas pelo governo foram a extinção de todos os partidos políticos, com exceção do Nazista, e a submisão dos sindicatos ao poder do Estado.
    Em seguida, entrou em vigor uma legislação anti-semita  (ou antijudaica), conhecida como Leis de Nuremberg (1935), pela qual os judeus foram destituídos dos direitos de cidadania, afastados do serviço público, das universidades e proibidos de exercer qualquer profissão. Os que não deixaram o país foram presos.
     Para completar a escalada de violência, o governo criou campos de concetração destinados a confinar judeus, comunistas, socialistas e opositores em geral.
    Enquanto utilizava o terror como política, Hitler adotava medidas no campo econômico para reanimar a produção industrial e agrícola.
    O primeiro desses planos teve início em 1933. Quatro anos depois, o desemprego havia desaparecido do país. O plano seguinte conseguiu transformar a Alemanha na segunda potência industrial do mundo, superada apenas pelos Estados Unidos.

O PARTIDO NAZISTA

   O Partido Nazista surgiu no começo da decada de 1920, como desdobramento de um partido pequeno, o Partido Trabalhista Alemão, Hitler aderiu ao grupo em 1919 e mudou o nome da organização para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A inclusão da palavra "socialismo" foi uma manobra oportunista,  pois o socialismo gozava de enorme popularidade entre os trabalhadoress do país.
   Sob a liderança de Hitler, o Partido Nazista adotou uniformes, saudações, emblemas, bandeiras e hinos especiais. Seu símbolo mais importante era a suástica (ou cruz gamada). Os nazistas formaram duas milícias armadas extremamente eficazes no emprego da violência para aterrorizar os adversários comunistas, socialistas e democratas: as SA ( tropas de assalto, uniformizadas com camisas pardas ) e as SS ( tropas de elitte, uniformizadas de negro).
   Antes de chegar ao poder, os nazistas defendiam um programa que incluía propostas de anulação do Tratado de Versalhes e denúncias contra os grandes monopólio da indústria, o marxismo e os judeus, acusados de ligação com o grande capital financeiro internacional.

terça-feira, 20 de março de 2012

NAZISMO - HITLER CHEGA AO PODER

   A crise em que o país se encontra assumiu proporções de catástrofe nacional. As pessoas perderam a confiança nos valores da democracia e passaram a procurar soluções radicais e autoritátias que tirasseem o país da crise e rasgatassem o orgulho nacional ferido.
   No começo da década de 1930, duas correntes politicas e ideológicas apresentavam soluções para o impasse alemão. Uma delas era formada pelo Partido Social-democrata e  pelo Partido Comunista, orientado pela III internacional Comunista, com sede ma URSS. A segunda corrente era representada pelo Partido Nazista.
    Os social-democrata acreditavam na possibiliade de chegar ao socialismo por via eleitoral, enquanto os comunistass argumentavam que isso só sreia possível por meio de uma revolução, como a que ocorrera na Rússia, em 1917.
    Nenhum dos dois partidos tinha votos suficiente para chegar ao poder sozinho, mas havia a possibilidade de somarem forças numa frente eleitoral de esquerda, garantindo a maioria do eleitorado. No entanto, por decisão de Stalin, os comunistas alemães se recusaram a estabelecer uma aliança com os socialistas nas eleições de 1932.
   O Partido Nazista, obteve 37,3% dos votos, quantidade suficientte para vencer os opositores divididos. Nessas circunstâncias, o presidente da república, marechal Hindenburg, nomeou Adolf Hitler, chefe do Partido Nazista, para o cargo de primeiro-ministro (ou chanceler).

O NAZISMO ALEMÃO - A SEMENTE

   Na Alemanha, o ressentimento nacional provocado pela derrota na guerra de 1914-1918, associado ao  velho pangermanismo e a correntes de idéias próximas do fascismo, deu origem ao nazismo, que chegou ao poder em 1933.
   Já em novembro de 1918, após o término da Primeira Guerra Mundial, o país foi  envolvido por uma onda de agitações políticas que levaram à queda do imperador Guilherme II e à proclamação da República, sob a liderança dos social-democratas (socialismo moderados). Poucos meses depois, uma Assembléia Constituinte reunida na cidade de Weimar deu ao país uma Constituição extremamente democrática.
   No plano econômico, as perdas sofridas com o conflito e o pagamento das indenizações de guerra aos vencedores provocaram dificuldades financeiras que coloraram o país à beira do colapso. Para enfrentá-las, o governo alemão passou a emitir papel-moeda de forma descontrolada, o que gerou inflação e o aumento galopante do custo de vida. A desvalorização do marco, a moeda alemã, assumiu proporções asustadora: em 1919, um marco era comprado por 8,9 dólares: em novembro de 1923, eram necessários 4 milhões de marcos para comprar um dólar.
   O cenário de crise econômica acabou favorecendo a eclosão de duas tentativas de revolução socialista, uma em 1919 e outra em 1923.
   

segunda-feira, 19 de março de 2012

ROSA LUXEMBURGO

   Rosa Luxemburgo nasceu em 1871, na Polônia, e pertencia a uma família de classe média. dedicou-se desde cedo ás atividades polítivas. Por suas convicções, foi perseguida e obrigada a se transferir para a Suíça, onde se doutorou em direito e economia política. Aos 27 anos, casada com Gustav Lubeck, mudou-se para a Alemanha. Militante incansável, atuou no Partido Social-Democrata alemão e tomou parte da frustada revolução de 1905, na Rússia.
   Marxista de formação independente, fez duras críticas ao governo dos bolcheviques na Rússia. De sua vasta produção intelectual, destaca-se A acumulação do capital (1913), obra em que estuda as contradições do capitalismo imperialista.
   Em 1915, fundou com Karl Liebknecht, a  Liga Espartaquista, que mais tarde se transformou no Partido Comunista Alemão. O nome era uma homenagem a Espártaco, líder da revolta de escravos que enfrentou os exércitos romanos. Entre 1918 e 1919, lidrou com Karl Liebknecht uma revolução na Alemanha. Capturados pelas forças do governo, ambos foram sumariamente executados.

AUTORITARISMO E TOTALITARISMO

   Um governo ou regime é chamado de autoritário quando exerce o poder de modo detatorial, toma decisões sem pedir a opinião dos governados, limita a liberdade de reunião e de expressão, concentra o poder em uma só pessoa, órgão ou partido político.
   O totalitarismo é um caso extremo de autoritarismo. Além da concentração do poder nas mãos de poucos, do cerceamento da liberdade e das outras características do autoritarismo, o Estado totalitário não admite a existência de outros partidos além daquele que está no poder. Também tenta controlar a vida pessoal dos cidadãos, reduzindo-os a autômatos obediente ao partido no poder. Para isso, utiliza macanismo de controle do cotidiano e estimula a delação até entre indivíduos da mesma família.
   Trata-se, portanto, de um Estado policial em que qualquer tipo de critica ou manifestação de oposição são inadmissíveis. Na prática, combina a repressão e o terror policial com a propaganda ideológica sistemática, permanente e maciça. Por meio da propaganda, a ideologia totalitária procura mostrar que o Estado totalitário é a forma mais perfeita de organização da sociedade. Esse bombardeio ideológico começa nas escolas, entre as crianças pequenas, que são condicionadas a pensar de acordo com os padrões e valores estabelecidos pelo partido único no poder.
   Como exemplos de regime totalitários de direita, podemos citar o Estado fascista e o nazista, na Itália e na Alemanha, respectivamente. Mas havia também, na mesma época, um Estado totalitário de esquerda : a URSS, transformada em Estado policial sob a ditadura de Stalin..

quinta-feira, 15 de março de 2012

O TOTALITARISMO FASCISTA

   A partir de então, teve início a consolidação da ditadura do Partido Fascista, caracterizada por prisões de líderes sindicais, socialistas e democratas; sequestro e morte dos opositores do regime; censura à imprensa; demissão em massa de funcionários públicos suspeitos de não simpatizarem com o grupo dominante; proibição das greves; extinção de todos os outros partidos políticos.
   Criou-se assim um regime de partido único, cujos organismos e dirigentes se confundiam com os do Estado. Esmagadas a democracia e as oposições, a nova filosofia em vigor foi resumida pór Mussolini da seguinte maneira: "Nada deve haver acima do Estado, nada fora do Estado, nada contra o Estado", o que implicava a existência de um único partido, de uma única imprensa e de uma única educação.
   Tendo o  controle total do pais, o governo de Mussolini promoveu a intervenção do Estado na economia, realizando obras públicas para a geração de empregos, e criou uma infra-estrutura capaz de dar sustentação ao desenvolvimento industrial. Além disso, deu ao Estado italiano uma nova configuração, substituindo instituições representativas, como o Parlamento, por outras formas de organização denominadas corporações.
   Em 1929, Mussolini firmou com a Igreja Católica o Tratado de Latrão, pelo qual o Estado italiano reconheceu a soberania do papado sobre o Estado do Vaticano. Com isso, o Duce consolidou e ampliou a simpatia do papado em relaçao a seu governo. Seis anos depopis, a Itália invadiu a Etiópia, no norte da  África, e garantiu para si a exploração do petróleo dessa região. No ano seguinte, em 1936, Mussolini firmou com Hitler o acordo ítalo-germânico, do qual surgiria o Eixo Roma-Berlim.

FASCISMO - MUSSOLINI CHEGA AO PODER

   Mussolini prometia acabar com a luta de classes, implantar um goverrno forte, destinado a afastar o perigo de uma revolução socialista, e transformar a Itália numa grande potência. Para isso, ele e seus partidários se propunham esmagar os grupos de esquerda - socialistas, anarquistas e, mais tarde comunistas.
  Na luta por esses objetivos, os fascistas organizaram-se em milícias armadas, uniformizadas com camisas negras e treinadas no uso da violência física contra os adversários.
   Por essa época, o Estado italiano estava organizado sob a forma de monarquia parlamentar, com um primeiro-ministro como chefe de governo. Após a primeira Guerra Mundial, o país entrou num período de turbulência política e econômica. O desemprego se acentuou e, em 1921, eclodiram nas cidades industriais da região norte grandes manifestações e greves operárias com ocupação de fábricas.
   Nessas condições, em outubro de 1922, Mussolini, chamado de Duce (guia) por seus partidários, pôs-se à frente de 50 mil "camisas negras" e realoizou uma gigantesca demonstração de força, a "Marcha sobre Roma". A resposta do rei Vítor Emanuel III foi nomeá-lo para o cargo de primeiro-ministro. No poder, o Duce convocou novas eleições, que deram 65% dos votos ao Partido Faascista, graças às fraudes e à violência.

 

quarta-feira, 14 de março de 2012

A ASCENSÃO DO FASCISMO

   Uma das consequências mais importantes da Grande Depressão foi ampliar e legitimar a intervenção do Estado na economia, abalando a ideologia liberal do capitalismo, que pregava a liberdade irrestrita de mercado.
   A perda de confiança nas soluções liberais, no entanto, não se restrigiu à economia. Na Europa e em outros continentes, o colapso do sistema capitalista de produção gerou tambem profundo resentimento contra a forma de organização democrática do Estado.
   A crise favoreceu, assim a ação de ideologia e movimentos políticos que pregava a destruição da democracia e a instalação de regimes "fortes", ditatoriais, capazes de mobilizar a  nação em torno de ideais nacionalistas e de tirá-la do caos. Foi nessas circunstâncias que movimentos de direita, como o fascismo italiano, ganharam força.
   O fascismo não foi produto apenas da Grande depressão, mas também do exacerbado nacionalismo herdado do século XIX e de ressentimentos nacionais provocados pelos resultados da Primeira Guerra Mundial.
   Na verdade, desde 1918 já havia movimentos ultranacinalistas e autoritários em várias regiões da Europa, principalmente na Itália. Ali, em 1919, um antigo militante de esquerda que rompera com o socialismo, Benito Mussolini, fundou o Fascio di Combattimento, embrião do Partido Nacional Fascista que, em 1922, chegaria ao poder.

terça-feira, 13 de março de 2012

ROOSEVELT E O NEW DEAL

   Em 1933, Franklin Delano Roosevelt, candidato do Partido Democrata, assumiu a Presidência dos EUA. Em oposição ao Partido Republicano, que havia governado na gestão anterior, Roosevelt adotou um vigoroso plano de intervenção na economia, baseado nas idéias do economista inglês Jonh Maynard Keynes. Esse plano ficou conhecido como New Deal (novo Acordo).
    A idéia do plano era estimular o desenvolvimento da economia a partir da ação sistemática do Estado, criando,  por exemplo, obras públicas que gerassem emprego e demanda de serviços e produtos das empresas privadas. Como uma das primeiras medidas para atingir esse objetivo, o novo governo emitiu bilhões de dólares em papel-moeda. Com o dinheiro, deu início a um programa de investimentos em vários setores da economia. Mas não parou por aí: incentivou os aumentos de salários, criou o salário-desemprego, a aposentadoria e outros benefícios sociais. Entre 1933 e 1941, foram criados 8 milhões de novos empregos no país.
   Os agricultores, por sua vez, receberam subsídios governamentais para reduzir as áreas plantadas. Na prática, isso significou adequar a produção à capacidade do mercado, elevar os preços dos produtos agrícolas e tirar da crise os pequenos e médios propriétarios rurais.
  Assim , estimulada, em 1936, a economia norte-americana já havia voltado aos níveis de produção anteriores a 1929, embora a taxa de desemprego se mantivesse alta. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

O CRACK DA BOLSA DE VALORES NOVA YORK

   Com a queda das esportações para a Europa e outras regiões do mundo, os EUA deveriam ter desacelerado o ritmo de exportação. Mas, ao contrário, os empresarios insistiram em investir no aumento da produção. Assim, no começo de 1929, as indústrias norte-americanas, saturadas de produtos, não tinham como dar vazão a eles. Nesse momento, a economia do país entrou numa crise de superprodução.
  Ao mesmo tempo, crescia a oferta de produtos agrícolas no mercado interno, o que provocou rápida queda nos preços. Com grande quantidade de cereais armazenados, muitos fazendeiros foram obrigados a vender sua produção por valores abaixo do custo. Endividados, e sem ter como pagar os empréstimos contraídos aos bancos antes da colheita, a maioria foi à falência.
   A crise atingia, assim, a produção industrial e agrícola, gerando desemprego e consequentemente queda no consumo.
   O que viria logo a seguir seria catastrófico para a economia do país. Em 21 de outubro de 1929, o valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova York começou a cair. Tinha início o crack (ou crash) da mais importante Bolsa de Valores do mundo, que alcançaria seu ponto mais baixo oito dias depopis, na chamada "terça-feira negra". Nos onze meses seguinte, 20 mil empresas norte-americanas fecharam as portas e 13 milhões de trabalhadores (cerca de um quarto da mão-de-obra) perderam o emprego.
   O crack da Bolsa de Nova York detonou a mais séria crise econômica vivida pelo sistema capitalista: a Grande Depressão, que se estenderia por toda a década de 1930. Dos EUA, ela se propagou quase instantaneamente para os países insdustrializados da Europa, atingindo em seguida outras nações do mundo capitalista, inclusive o Brasil.

O FORDISMO

   Logo após a Primeira guerra Mundial, a Europa viveu um período relativamente curto de crise econômica. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, que não tinham sido atingidos pelo conflito, a economia continuava a crescer. Durante a guerra, a indústria norte-americana abasteceu os país da Tríplice  Entente com os equipamentos, armas, alimentos e materias-primas e conseguiu suprir os mercados de outras regiões que deixaram de ser atendidas por eles. Por isso sua produção aumentou tanto.
   Por volta de 1921, a Inglaterra, a França e outros países europeus retomaram o crescimento. Mas nada que se comparasse à expansão econômica norte-americana, que atingiu o auge nos anos 1920. Em 1929, por exmplo, quase metade da produção industrial do mundo estava concentrada nos Estados Unidos. Uma das razões de tamanha prosperidade era o aumento real dos salários no país proporcional pela produtividade crescente e pelo fordismo.
  O fordismo consistia numa política empresarial implementada pelo "rei" da indústria automobilistica, Henry Ford. Como, em sua opinão, os melhores clientes da indústria eram os próprios operários, os empresários precisavam pagar-lhes bons salários.
  Ao longo dos anos 1920, a economia européia aos poucos recuperou sua capacidade produtiva, o que permitiu aos países do continente importar cada vez menos dos EUA e competir com os produtos norte-americana no mercado internacional.
   

sexta-feira, 9 de março de 2012

URSS - O TOTALITARISMO STALINISTA

   O governo de Stalin foi marcado pela repressão política aos dissidentes comunistas e, na esfera da economia, pelos planos quinquenais, que substituíram a NEP  a partir de 1928. Esses planos estabeleceram metas e mobilizavam os recursos da nação para atingí-los no prazo estipulado de cinco anos. Isso implicava rígida planificação central e alto controle do Estado sobre a economia.
   Depois da morte de Lenin e do afastanmento de Trotski, o poder soviético perdeu suas características revolucionárias iniciais. Com a ascensão de Stalin, o Estado soviético passou a ser formado por um grande número de funcionários, que integravam uma burocracia privilegiada e autoritária. Era essa burocracia que determinava os objetivos e os métodos da planificação econômica.
   O primeiro plano quinquenal entrou em vigor em 1928 e tinha como metas a rápida industrialização e a completa coletivização das terras. Essa linha de orientação foi seguida tambem pelo segundo plano quinquenal (1933-1938) e pelos que vieram depois.
  No plano político, o governo de Stalin se caracterizou pelo esmagamento dos sovietes como órgaos de representação operária e pela violenta perseguição aos que esboçavam qualquer oposição a seu poder.
   Repressivo e totalitário, o socialismo estatal-burocrático de Stalin na prática foi a negação dos ideais de Marx e dos primeiros pensadores socialistas.

URSS - A MORTE DE LENIN E A LUTA PELO PODER

   Em janeiro de 1924, morreu Lenin, o principal líder da Revolução de 1917. Com isso, abriu-se uma disputa pelo poder entre Trotski e o secretário-geral do Partido Comunista, Josef Stalin. trotski defendia a tese da revolução permanente, póis entendia que o socialismo só poderia se consolidar e se desenvolver na Rússia se a revolução ocorresse também nos países capitalistas avançados. Dessa forma, era preciso que o governo soviético estimulasse as ações revolucionárias na Europa.
   Já para Stalin era possível construir o socialismo num só país, apesar do cerco capitalista. Segundo ele, a revolução era inviável, naquele momento histórico nos demais países.
   Troski foi derrotado e começou  a ser duramente perseguido por Stalin, que adotou contra ele uma série de punições. Em 1925, Trotski perdeu o posto de comissário do povo para a guerra: em 1927, foi desligado do partido: e, em 1929, acabou expulso da URSS. Reijeitado pelos governos dos países capitalistas da Europa, refugiou-se no México, onde se exilou com o apoio do presidente nacionalista Lázaro Cárdenas. Ali seria assassinado, a mando de Stalin, em 1940.

quinta-feira, 8 de março de 2012

RÚSSIA - A NEP E A ESTABILIZAÇÃO DO REGIME

  Os bolcheviques veceram a guerra civil, mas o país foi arrasado. Os estragos causados pela guerra reduziram a produção de 1921 a apenas 13% do que fora em 1913. A crise provocava revoltas e os camponeses se recusavam a entregar sua produção. Calcula-se que 5 milhões de pessoas tenham morrido de fome em 1921.
  Nesse mesmo ano, Lenin anunciou a Nova Política Econômica, a Nep. Tratava-se na verdade, de um retorno parcial a formas de economia capitalista para superar a crise, aumentando a produção. Os camponeses passaram a vender suas colheitas no mercado, fábricas com menos de vinte empregados foram privatizadas e o governo tomou medidas para atrair capitais estrangeiros. Como resultado dessa política, entre 1922 e 1924, a produção da Rússia aumentou quatro vezes. No mesmo período, o país mudou oficialmente seu nome para União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

RÚSSIA - A GUERRA CIVIL

   Os proprietários e os capitalistas, inconformados com a perda de seus bens, pegaram em armas contra o governo rrevolucionário. Eles contavam com o apoio de vários países europeus, que, temando a difusão dos ideais socialistas pelo continente, enviaram tropas para ajudá-los a retormar o poder. Iniciada em 1918, a guerra civil duraria três anos e devastaria a Rússia. Para enfrenta-la, Trotski foi nomeado comissário do povo  (o equivalente a ministro) para  a guerra e, nessa função, organizou o Exército Vermelho, que esmagou as forças inimigas.
   Durante o conflito, Lenin tomou medidas radicais para garantir a produção e o abastecimento. Foi o chamado comunismo de guerra, um programa que incluia, entre outras medidas, a aboliçãao dos salários, a estatização das fábricas com mais de cinco operários e a obrigatoriedade de os camponeses entregarem a colheita ao governo. Por essa época, o partido bolchevique passou a se chamar Partido Comunista.

quarta-feira, 7 de março de 2012

REVOLUÇÃO RUSSA - A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO

   O agravamento da crise possibilitou o fortalecimento dos bolcheviques. Ao voltar do exílio, Lenin divulgou suas Teses de abril, nas quais defendia o lema " Todo o poder aos sovietes ", que, junto com "paz, pão e terra", se transformou na bandeira dos revolucionários. Trotski, que aderiu ao grupo bolchevique em julho de 1917, era novamente presidente do soviete de Petrogrado e foi incumbido de organizar a Guerra Vermelha, uma milícia operária destinada a enfrentar as tentativas de golpes de Estado proveniente da alta cúpula militar. Entre julho e agosto de 1917, os bolcheviques começaram a conquistar o controle da maioria dos sovietes.
    O desfecho da crise se deu em 25 de outubro de 1917 (pelo calendário russo), quando o Governo Provisório foi deposto pelos bolcheviques. Em seguida, Lenin anunciou a formação do Conselho de Comissários do Povo, sob sua presidência. Era o começo de uma nova fase na Revolução Russa, que assinalou a ascensão dos bolcheviques ao poder.
    O  novo governo tomou as medidass longamente anunciadas pelos revolucionários: institucionalização dos sovietes como órgãos do poder, reforma agrária com ampla distribuição de terras aos camponeses, nacionalização dos bancos etc. Em março de 1918, o governo de Lenin e Trotsk assinou com a Alemanha o Tratado de Brest-Litovsk, pelo qual a Rússia se afastavaa da guerra, perdia grande parte de seu território e se obrigava aa pagar uma indenização de um bilhão e meio de dólares à Alemanha.

REVOLUÇÃO RUSSA - FEVEREIRO DE 1917 - GOVERNO PROVISÓRIO

   A queda da Monarquia e a implataçao da república marcaram o início da primeira fase da Revolução Russa. Para impedir que setores mais radicais chegassem ao poder, membros do partido da burguesia, os Kadetes, formaram o Governo Provisório, tendo como base a Duma. O objetivo era elaborar uma constituição que criasse condições para estabelecer um governo definitivo.
   Com a revolução, o nome da capital, São Petersburgo, passou a ser Petrogrado. Organizado no calor da revolta popular, o soviete de Petrogrado decidiu não participar do Governo Provisório, embora reconhecesse       sua legitimidade. De todo modo, a presença e a atuação do soviete na capital russa criaram uma situação de "duplo poder" : um governo institucional dirigido pelo partido da burguesia e um poder informal, o soviete, que para os trabalhadores era o verdadeioro governo da Rússia.
   O governo Provisório manmteve o pais na guerra, cumprindo os acordos firmados pelo czar com a Inglaterra e a França, e permitiu o retorno dos exilados políticos, entre eles Lenin e Trotski.......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

terça-feira, 6 de março de 2012

REVOLUÇÃO RUSSA - A QUEDA DA MONARQUIA

   No inicio de março de 1917 (fevereiro, pelo calendário russo), a escassez de alimentos fez com que as autoridades de São Petersburgo instituíssem cartões de racionamento. Enormes filas se formaram nas portas de padarias, açougues e mercearias e em pouco tempo não havia mais alimentos. Greves começaram a eclodir em todo o país, sobretudo em São Petersburgo, onde as manifestações operárias se tornaram constantes. Uma delas foi dispersada por soldados, deixando dezenas de mortos e feridos
   A tragédia traria graves consequências ao governo: cansados de reprimir os trabalhadores, grupos de soldados se amotinaram contra os oficiais e uniram-se aos manifestantes. O arsenal da cidade foi assaltado e um prédio público incendiado. Soldados e trabalhadores marcharam então contra o palácio do czar e o ocuparam sem resistência.
   Dias depois, o czar abdicou do trono em favor do filho Miguel, que também foi convencido a renuciar. Assim, o czarismo chegava ao fim. Enquanto isso, fortalecia-se em toda a Russia uma forma de organização revolucionária criada em 1905, os sovietes, agora  eram compostos de operários, soldados e marinheiros.

RÚSSIA - A REVOLUÇÃO DE 1905

   Em 1905, a Rússia se envolveu numa guerra com o Japão pelo controle da Manchúria, território pertenencente à China, acabou derrotado. O conflito agravou a miséria das camadas baixas da população e a derrota desmoralizou os governantes. As manifestações de protesto popular que eclodiram por toda a parte foram duramente reprimidas. No dia 22 de janeiro de 1905 (9 de janeiro, segundo o calendário que vigorava na Rússia), a polícia  abril fogo contrra uma multidão concentrada diante do palácio do Czar, em São Petersbburgo, matando vários manifestantes.
    O episódio conhecido como Domingo Sangrento, foi o estopim de um grande movimento revolucionário, durante o qual surgiram os primeiros sovietes (conselho) de operários, forma de organização política que iria ter importante papel no processo revolucionário de 1917. Em São Petersburgo, os trabalhadores elegeram para a presidência do soviete da cidade um jovem marxista: Lev Davidovitch Bronstein, conhecido como Leon Trotski.

segunda-feira, 5 de março de 2012

RÚSSIA OS PARTIDOS POLÍTICOS

   Como a Rússia era controlada por uma monarquia absolutista, não havia no país liberdade de opinião, nem eleições livres, nem direitos democráticos. Apesar dessas características, varios partidos políticos de oposição se formaram na virada do século. Três acabaram se destacando.
   Um deles, o Partido Socialista-revolucionário (PSR), agrupava diversas correntes políticas. Sua base incluía camponeses e profissionais liberais que viviam no campo, como médicos, agrônomos e funcionários públicos.
   A oposição era feita também pelo Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), criado em 1898, sob a inspiração das idéias marxistas, em 1903, surgiram duas correntes antagônicas: Os bolcheviques (maioria) e os mencheviques (minoria). Os bolcheviques, liderados por Vlademir Llitch Ulianov (mais conhecido como Lenin), argumentava que, para tirar a Rússia do atraso histórico em que vivia, era necessário realizar uma revolução democrática, sob a liderança da classe operária.
   Os mencheviques discordavam dessa tese, argumentava que a implatação do socialismo deveria ser precedida de uma revolução burguesa e depois abrir caminho para uma posterior revolução proletária.
    O terceiro grupo a se destacar foi o Partido Constitucional Dem  ocrata, formado em 1905. Seus membros eram chamados Kadetes, termo derivado de KD, iniciais do nome do partido em russo. Partido liberal da burguesia, lutava por reformas politicas que implantassem uma democracia nos moldes ocidentais.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A RÚSSIA ANTES DA REVOLUÇÃO

   No início do século XX, a Rússia era ainda um país de economia predominantente agrícola, com uma população de 130 milhões de habitantes, dos quais 100 milhões moravam no campo. Embora a servidão tivesse sido abolida em 1861, a grande massa de camponeses vivia em condições semifeudais, condenada á miséria. Além disso, mantinham-se no país a monarquia absolutista, a união entre o Estado e a igreja ortodoxa e os privilégios da nobreza.
  Desde os últimos anos do século XIX, porém, a Rússia tinha sido tomada por acelerado processo de industrialização financiado por capitais estrangeiros, principalmente franceses. Surgiram indústrias de grande porte, concentradas em algumas cidades, como São Petersburgo, Moscou e Kiev, que reuniam grande quantidade de operários. A maioria recebia baixos salários, vivia em péssimas condições e era submetida a jornadas diárias de trabalho de até quinze horas, por volta  de 1900, no entanto, já se podia observar a crescente influência intelctuais e militares socialistas entre esse      proletariado.

quinta-feira, 1 de março de 2012

RÚSSIA - (1914-1918)

    Depois de três anos de participação na primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Russia foi sacudida por duas revoluções que acabaram destruindo o regime czarista e, em seguida, o próprio sistema capitalista em todo o antigo Império Russo. O primeiro movimento revolucionário ocorreu em março de 1917 (fevereiro, pelo calendário russo) em São Petersburgo, capital e cidade mais industrializada do país. A Revolução de Fevereiro, como foi chamada a revolta, provocou a queda do czar (rei) Nicolau II.
    Era  o início de um intenso processo revolucionário que lavaria à Revolução de Outubro de 1917, da qual surgiria a União Soviética, primeiro Estado do mundo a adotar o sistema socialista. A partir de então, grande parte da história do século XX seria marcada    por profunda rivalidade entre o capitalismo e o socialismo.