Collor assumiu a presidência em 15 de março de 1990. Preparado por uma equipe de técnicos coordenada pela ministra da Enonomia, Zélia Cardoso de Mello, o novo presidente lançou o Plano Collor, que previa, entre outras coisas, as seguintes medidas;
- reforma monetária, com a substituição do cruzado novo pelo cruzeiro, sem corte de zeros;
- confisco da poupança e congelamento das contas bancárias acima de determinado valor;
- congelamento de preços e salários, com reajustes pré-fixados mensalmente.
Eram medidas muitos duras, principalmente o confisco do dinheiro da população, que criava problemas para todos - muitas empresas ficaram sem recursos até para saldar seus compromissos mais imediatos (pagamento de dívidas e salários), além das dificuldades de obter crédito.
A economia entrou em recessão e o desemprego cresceu. Só em 1991, 2,5 milhões de trabalhadores perderam o emprego. O salário mínimo, que valia 63 dólares em janeiro daquele ano, caiu para 40 dólares em dezembro. Mas a inflação continuou resistindo: no fim de 1991, chegou a 460% ao ano.
No começo do governo Collor, entrou em vigor o Programa Nacional de Desestatização, aprovado pelo Congresso Nacional. Teve início então um controvertido processo de privatização de empresas estatais.
O governo começou a reduzir gradualmente os impostos sobre importações, abrindo o mercado brasileiro aos produtos de outros países.
Em abril de 1992, Pedro Collor, irmão do presidente, denunciou pela imprensa a existência de um esquema de corrupção dentro do governo (tráfico de influência e irregularidades financeiras), comandada por Paulo César Farias, o PC, amigo pessoal de Collor e tesoureiro de sua campanha presidencial. A revelação caiu como uma bomba. O congresso Nacional instaurou então uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias, que envolviam o próprio presidente. Logo se soube que dentro do governo atuava uma verdadeira quadrilha.
A reação da população ás denúncias foi sair ás ruas em grandes manifestações, lideradas pelos partidos de oposição e por entidades da sociedade civil. Nesses protestos, destacaram-se os "cara pintadas", joven ligados á UNE, sob efeito da pressão popular, o Congresso Nacional deu início á votação do Impeachment presidencial. Em outubro de 1992, Collor foi afastado e seu vice, Itamar Franco, assumiu o governo interinamente. Durante a sessão de julgamento do impeachment no senado, em 29 de dezembro de 1992. Collor renunciou. Mesmo assim, o senado cassou seus direitos polítos por oito anos, por considerá-lo culpado de crime de responsabilidade.
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