quarta-feira, 5 de outubro de 2011

REBELIÕES TENENTISTAS

                             OS    DEZOITO    DO    FORTE

    Em 5 de julho de 1922, jovens oficiais e soldados do Exército rebelaram-se no forte de Copacabana, no rio de Janeiro, contra o governo federal. Sua principal exigência era a renúncia do candidato recém-eleito á presidência da República e ainda não empossado, Artur Bernardes. Cercados por tropas governistas, dezoito deles saíram do forte na manhã do dia 6, percorrendo de armas na mão a avenida Atlântica em direção ao palácio do governo. No caminho, um civil juntou-se ao grupo. A maioria dos rebeldes morreu nos tiroteios que se seguiram. Apenas dos sobreviveram :  os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes.

                            SÃO    PAULO    23    DIAS    DE    REBELIÃO

    Dois dias depois do episódio dos Dezoito do forte, exatamente no dia 5 de julho de 1924, unidades do Exército e da força Pública(Polícia Militar) se rebelaram em São Paulo. Seus líderes eram o general Isidoro Dias Lopes, o major Miguel Costa e o capitão Joaquim Távora ( morto na revolta). Os rebeldes ocuparam o palácio do governo, provocando a fuga do governador, e exigiam a renúncia do presidente Artur Bernardes, e contavam com o apoio dos trabalhadores e de alguns grupos de populares. Para evitar o bombardeio da cidade por forças legalistas, os rebeldes se deslocaram para Foz do Iguaçu, Paraná , onde se encontrariam mais tarde com oficiais rebeldes do Rio Grande do Sul.

                           REBELIÃO    NO    RIO  GRANDE    DO   SUL

    Em outubro de 1924, eclodiu nova revolta, agora no extremo sul do país, envolvendo unidades do Exército aquarteladas nas cidades gaúchas de São Borja , Uruguaiana e Santo Ângelo. Seus líderes eram o capitão Luís Carlos Prestes  e o tenente Siqueira Campos. Depois de alguns dias de combates, os rebeldes se retiraram para Foz do Iguaçu.

                          COLUNA    PRESTE

    Do  encontro dos revoltosos gaúchos e paulistas em Foz do Iguaçu surgiu a Coluna Preste, da qual participaram cerca de 1600 homens comandados por Luís Carlos Prestes e Miguel Costa. A coluna, acatando uma proposta de Preste , embrenhou-se pelo interior do Brasil e lançou uma guerra de movimento contra as forças do  do governo. Entre 1925 e 1927, atravessou o país, combatendo e fugindo sempre, sem nunca ser dorrotado. Por isso Preste  recebeu o título honroso e romântico de Cavaleiro da Esperança. Em 1927, depois de percorrer 24000 Km pelos sertões do Brasil, a coluna Invicta ingressou na Bolívia, onde acabou se dispersando.

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