Em março de 1979, tomou posse na Presidência o general João Baptista Figureido. O novo presidente deu continuidade ao processo de abertura política iniciada por Geisel e prometeu fazer do país uma democracia.
Pressionado por diversos setores da sociedade, figueiredo enviou ao Congresso Nacional um projeto de anistia em agosto de 1979, líderes políticos que estavam no exterior desde o golpe de 1964, como Leonel Brizola, Miguel Arraes, Luís Carlos Prestes, puderam voltar ao Brasil. Mas a anistia beneficiava também os torturadores da ditadura, os que tinham atuado nos porões dos órgãos da repressão e eram responsáveis por muitos mortes.
Também em 1979, o governo fez aprovar pelo Congresso uma proposta de reforma partidária, pela qual foram extintos o MDB e a Arena e criadas condições para a organização de novo partidos.
A linha dura continuou a agir, tentando prejudicar o processo de abertura. Bombas foram colocadas em bancas e sede de jornais, e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Uma delas, enviada á Ordem dos Advogados do Brasil, acabou matando a secretária da entidade, outro episódio, considerado o mais grave, foi o atentado ao centro de convenções do Riocentro, onde se realizava um festival de música. A operação falhou e a bomba explodiu no carro dos próprios militares, matando um sargento e ferindo gravemente um capitão do Exército. O objetivo dos setores militares que promoviam essas ações era atribuir os atentados á esquerda e, assim, ganhar argumentos para combater a abertura política.
O governo Figuriredo anunciou um plano recessivo para tentar ajustar a economia brasileira, que vinha apresentando problemas desde a gestão anterior. A situação contudo, piorou rapidamente. Em 1979, a inflação bateu em 77%, qase o dobro da de 1978. As taxas internaconais de juros continuavam subindo, empurrando a dívida externa cada vez mais para cima.
A inflação manteve-se alta, em torno de 100% ao ano, e a economia, estagnada.
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