terça-feira, 18 de outubro de 2011

O GOVERNO COSTA E SILVA

    O general Costa e Silva assumiu a presidencia da República no dia 15 de março de 1967. Durante seu governo, a oposição ao regime se intensificou como reação á falta de liberdade e aos resultados limitados da política econômica adotada após o golpe de 1964.
    Em  1968, a economia voltou a crescer, tendo como carros-chefes o setor industrial e a construção civil. Essa fase, que se estendeu de 1968 a 1973, foi denominada milagre brasileiro, e serviu para aplacar a ira da classe média, a principal beneficiária dessas medidas, e diminuir os impetos da oposição. Durante esse período, a taxa média anual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) esteve em torno de 10%.
    Um fato dramático, ocorrido em 28 de março de 1968, provocou a radicalização do movimento estudantil. Nesse dia realizava-se um protesto contra a qualidade da comida servida no restaurante Calabouço, muito utilizado pelos estudantes do Rio de Janeiro. A polícia chegou para reprimir a manifestação e acabou matando Edson Luís, um estudante secundarista. A partir daí, os atos de protesto contra a ditadura militar e os enfretamentos com a polícia se espalharam pelo país. No dia 26 de junho, o movimento chegaria ao auge com a passeata dos Cem Mil, no Rio de Janeiro. A partir de então, a repressão do governo se intensificaria. No XXX Congresso da UNE, realizado cladestinamente, num sítio em Ibiúna, SP, em outubro de 1968, foram presos mais de setecentos estudantes.
   Um  episódio acabou favorecendo a linha dura nas Forças Armadas: o discurso do deputado Márcio Moreira Alves no Congresso Nacional. Em seu pronunciamento, ele conclamou a população a  do país a boicotar os desfiles de 7  de setembro. Os ministros militares resolveram processar o deputado, mas precisavam de autorização da Câmara, e não conseguiram.
    Diante da derrota, os miltares muniram-se novamente de poderes excepcionais e passaram por cima da Constituição que eles mesmos haviam instituído. Assim, em dezembro de 1968, foi promulgado o AI-5 devolveu ao presidente da Republica, por tempo inderminado, os poderes para cassar mandatos e suspender direitos políticos; demitir ou aposentar funcionários Públicos; intervir nos estados e municípios; e fechar provisoriamente o Congresso Nacional.
     Inaugurou-se,   assim, um novo ciclo de perseguições, cassações e demissões. A impresa e todos os meios de comunicação passaram a sofrer rigorosa censura.
    No  dia 28 de agosto de 1969, o presidente Costa e Silva sofreu uma trombose cerebral e foi substituído provisoriamente por uma junta de três ministros militares.
    Costa  e Silva morreu em 17 de dezembro de 1969. Para sucedê-lo, a Junta Militar escolheu o nome do general Emílio Garraztazu Médici, também ligado á linha dura.



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