terça-feira, 20 de setembro de 2011

A VINDA DA CORTE PORTUGUESA PARA O BRASIL

          Em 1806, com a decretação do Bloqueio Continental Por Napoleão Bonaparte , Portugal se viu diane de um dilema insolúvel. O decreto exigia que as nações européias deixassem de comerciar com a Inglaterra, fechando seus portos aos navios ingleses.  Com  isso, Napoleão prentendia quebrar o poderio econômico de seu principal inimigo e exercer total domínio sobre a Europa.
          Portugal e Inglaterra eram velhos parceiros comerciais. Acatar o bloqueio imposto por Napoleão significava para Lisboa expor o reino e suas colônias ás represálias inglesas. Não acatá-lo, porém, seria uma afronta a Napoleão, e o país correria o risco de uma invasão. Durante quase dois anos, a diplomacia portuguesa ganhou tempo, dilatando as negociações. Foi ao extremo de fingir uma guerra contra os ingleses para enganar a França. Esses esforços, no entanto, não surtiram efeito. Em agosto de 1807, com a paciência esgotada, Napoleão ordenou a invasão de Portugal.
          Comandada pelo general Junot, as tropas invasoras chegaram ás portas de lisboa em novembro de 1807, no dia 27 desse mês, dom João e sua corte bateram em retirada, embarcando para a colônia portuguesa na América.
          Embora parecesse precipitada, a fuga havia sido previamente combinada com a Inglaterra, cuja a marinha de guerra se comprometera a escoltar a frota portuguesa na travessia do Atlântico. Na verdade, a transferência da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro interessava particulamente aos ingleses, que viam nessa mudança ótima oportunidade de ampliar seus negócios.
           Dom João governava Portugal como príncipe regente, depois da sua mãe, dona Maria I, ter sido afastada do trono por problemas mentais. Ao sair de Lisboa, ele estava acompanhado de toda a corte, que incluía, além da família real e de diversos funcionários graduados, muitos membros da nobreza com seus familiares e criados. Eram, ao todo, de 12 a 15 mil pessoas, embarcadas em catorze navios escoltados por vasos de guerra de bandeira inglesa e carregados de de móveis, jóias, prataria, roupas luxuosas e obras de arte. Em moedas essa gente transportava metade do dinheiro em circulação no reino português. Para os ingleses, isso significava enorme injeção de recursos no mercado colonial, que logo estaria aberto ás suas mercadoria e investimentos.
             Em  janeiro de 1808, dom João decretou a abertura dos portos ás nações amigas.
             O  governo português concedeu aos produtos ingleses tarifa preferencial de 15%, abaixo da taxa que incedia sobre os própios artigos provinientes de Portugal.
              Na prática, essa política abolia o pacto colonial e introduzia a liberdade de comércio.
               Em 1814, dom João elevou o Brasil á categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com isso, seu governo ficaria instalado em terras do reino e não em território colonial.
                A presença da família real em terras coloniais provocou muitas tranformações no Brasil, como: - Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal editado no Brasil, em 1808;
- a fundação do Banco do Brasil, em 1808;
- A abertura de duas escolas de medicina, uma na Bahia e outra no Rio de Janerio;
- a instalação de uma fábrica de pólvora e de indústria de ferro em Minas Gerais e em São Paulo;
- a criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipogafias e para a publicação de jornais em 1808;
- a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, e a fundação da academia de Belas-Artes;
- a criação da biblioteca real (1810), do jardim Botânico(1811) e do Museu Real(1818).

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