A Holanda logo se voltou contra Portugal, ocupando Angola, colônia portuguesa na África, em 1641. três anos depois, acabou tomando outras medidas que causaram insatisfação geral entre os pernambucanos: o afastamento de Nassau, e a cobrança de dívidas que haviam sido contraídas por senhores de engenho na Companhia das Índias Ocidentais. Tudo isso levou á revolta da população de Pernambuco que sob a liderança de João Fernamdes Vieira, comerciante e senhor de engenho, se lançou á luta armada contra o domínio holandês
A luta, teve início em 1645 e se estendeu por nove anos. Quase toda a população luso-brasileira da região foi mobilizada: grupos de índios comandados por Filipe Camarão, batalhões de escravos sob a liderança de Henrique Dias e colonos de origem européia, chefiados por Vidal de Negreiros e outros líderes. Pela primeira vez na história da colônia, índios, escravos e colonos, unidos por um forte sentimento nativista - de apego á terra natal - , formaram um só grupo de resistência para defender um objetivo comum: expulsar o invasor holandês. As armas luso-brasileiras venceram vários confrontos, sendo os mais importantes as batalhas de Guararapes de 1648 e de 1649.
Somente em 1651 portugal tomou a decisão de enviar ajuda aos combatentes luso-brasileiros em Pernambuco. Enquanto isso, a holanda se envolvia em um conflito com a inglaterra pela hegemonia do comércio marítimo internacional, o que dificultou seu apoio ás autoridades holandesas em terras americanas.
Com a conjutura internacional a seu favor, os combatentes luso-brasileiros sitiaram Recife. Em janeiro de 1654, os holandeses assinaram sua rendição e se retiraram de Pernambuco. Sete anos depois, a título de compensação, Portugal entregou á Holanda o Ceilão e as ilhas Molucas, além de pagar um indenização de 4 milhões de cruzados.
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