domingo, 25 de setembro de 2011

BALAIADA (1838-1841)

    No Maranhão as disputas entre grupos políticos liberais ( os bem-te-vis) e conservadores eram intensas. Alimentadas por líderes partidarios, grandes fazendeiros e comerciantes, eles acabaram envolvendo ampla parcela da população, calculada na época em cerca de 200 mil habitantes, dos quais aproximadamente 90 mil eram escravos.
    A revolta começou quando o vaqueiro Raímundo Gomes, que trabalhava para um fazendeiro liberal, foi hostilizado por autoridades coservadoras da vila do Manga. Agindo por conta própria, o vaqueiro atacou a cadeia da vila e fugiu para o sertão. onde recebeu apoio a guarida da população pobre. Estimulado pelo exemplo, grupos de sertanejos passaram a atacar fazendas. Em meio a essas ações, foram surgindo líderes rebeldes, como o artesão Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, que vivia de fazer e vender cestos e cujo apelido era Balaio - termo que acabou inspirando o nome dos revoltosos(balaios) e do movimento (balaiada).
    A falta de objetivos claros e as divergências entre as lideranças enfraqueceram os revoltosos, que não resistiram ás tropas do Exército enviadas do Rio de Janeiro. Em janeiro de 1841, toda a região estava pacificada. O último líder a cair foi o negro Cosme, condenado á morte e enforcado em 1842. No comando das tropas imperiais, estava o coronel Luíz Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias.
    Com a Balaiada, as camadas populares do Maranhão deixaram clara sua vontade de acabar com as condições de submissão e desigualdade social em que viviam.

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