sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

               O ano de 1820 foi particulamente significativo  não apenas pelo início da revolução, do Porto, ocorrida em Portugal, mas também pelo avanço dos movimentos de independência na América e pelas revoluções liberais na Europa. Neste contexto, as tentativas das Cortes de Lisboa de recolonizar o Brasil só aceleraram a ampliaram a propagação das idéias de independêcia na antiga colônia.
               Temendo perder a autonomia e a liberdade de comércio conquistadas com a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro, a aristocracia rural brasileira deixou de lado suas hesitações e abraçou finalmente a causa da independência.
              Imposta pelas Cortes de Lisboa, a volta de dom João VI para Portugal não foi tranquila. Em fevereiro de 1821, a população do Rio de Janeiro e vários militares exigiram que o rei jurasse obediência á Constituição que seria elaborada pelas Cortes portuguesas.
             Com o aumento das pressões e temeroso de perder o trono, dom João decidiu retornar a Portugal. Para governar o Brasil, nomeou seu filho, dom Pedro, príncipe regente e anunciou eleições para a escolha dos representates brasileiros nas Cortes de Lisboa.
            No dia 26 de abril, dom João VI e sua Corte embarcaram para Portugal, enquanto manifestantes exigiam no cais do porto que o rei deixasse aqui as jóias e outros bens do tesouro. Ao retornar a Lisboa, dom João tinha a certeza  de que mais dia menos dia, o Brasil se tornaria independente. Por isso, deixou seu filho dom Pedro á frente do governo do Brasil. Era uma forma de manter a monarquia na antiga colônia e, ao mesmo tempo, viabilizar a continuidade da dinastia de Bragança á frente do governo em uma eventual declaração de independência. Em Lisboa,  contudo, as Cortes anularam a nomeação de dom Pedro para o cargo de príncipe regente,  cobrando seu pronto retorno a Portugal.
           Em maio de 1822, dom Pedro decretou que nenhuma ordem das Cortes seria aceita no Brasil sem o "cumpra-se" do príncipe regente.
          No final de agosto, o príncipe regente viajou para a província de São Paulo, onde havia eclodido uma rebelião contra José Bonifácio. Dom Pedro esperava acalmar os ânimos na província.
         Ao   retornar de Santos, já nas proximidades da capital paulista, ás margens do riacho do Ipiranga, chegaram ás suas mãos os últimos decretos das Cortes de LIsboa. Eram ordens severa para que ele se submetesse ao rei e ás Cortes e anulasse a convocação do Conselho dos procuradores. Com os decretos, o príncipe recebeu duas cartas pessoais. Em uma delas, José Bonifácio aconselhava dom Pedro a romper definitivamente com Portugal. Na outra, a esposa do príncipe, dona Leopoldina, apoiava a sugestão do ministro. Diante do impasse, dom Pedro teria gritado "independência ou morte", proclamando o rompimento definitivo com Portugal. Era o dia 7 de setembro de 1822.

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