domingo, 25 de setembro de 2011

CABANAGEM (1835-1840)

    Com uma população de cerca de 100 mil habitantes, o pará era um foco de tensões desde o período da independência. Em 1834, o governador Bernardo Lobo de Sousa  tentou esmagar a oposição prendendo alguns líderes. A resposta dos oposicionistas foi dada entre 6 e 7 de janeiro de 1835, quando um grupo de rebeldes ocupou Belém, depois de uma noite de tiroteios. O governador foi executado e o poder passou para as maõs dos cabanos, assim chamados porque a maioria dos revoltosos eram trabalhadores rurais que moravam em cabanas, á margem dos rios.
    O chefe do governo cabano, Felix Antônio Malcher, representava os proprietários rurais e queria manter o Pará como província do Império. Outros líderes, como Eduardo Angelim e Antônio Vinagre, porém, mais ligados ás camadas populares, pregavam a ruptura de todos os laços com o poder central. Depuseram Malcher e, depois de algunhas lutas com forças da Regência, foram obrigados a abandonar Belém em julho de 1835. No mês seguinte, á frente  de 3 mil cabanos, eles retomaram a capital e proclamaram a República, desligando-se do Império.
    Nove meses depois, em maio de 1836, a Regência conseguiu esmagar a rebelião. Alguns grupos de revoltosos escoderam-se no interior da província e conseguiram resistir até 1840, quando foram definitivamente derrotados, durante todos o conflito, morreram cerca de 40 mil pessoas.

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