Com uma população de cerca de 100 mil habitantes, o pará era um foco de tensões desde o período da independência. Em 1834, o governador Bernardo Lobo de Sousa tentou esmagar a oposição prendendo alguns líderes. A resposta dos oposicionistas foi dada entre 6 e 7 de janeiro de 1835, quando um grupo de rebeldes ocupou Belém, depois de uma noite de tiroteios. O governador foi executado e o poder passou para as maõs dos cabanos, assim chamados porque a maioria dos revoltosos eram trabalhadores rurais que moravam em cabanas, á margem dos rios.
O chefe do governo cabano, Felix Antônio Malcher, representava os proprietários rurais e queria manter o Pará como província do Império. Outros líderes, como Eduardo Angelim e Antônio Vinagre, porém, mais ligados ás camadas populares, pregavam a ruptura de todos os laços com o poder central. Depuseram Malcher e, depois de algunhas lutas com forças da Regência, foram obrigados a abandonar Belém em julho de 1835. No mês seguinte, á frente de 3 mil cabanos, eles retomaram a capital e proclamaram a República, desligando-se do Império.
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