sábado, 17 de setembro de 2011

A REVOLTA DE FILIPE DOS SANTOS

            A sonegação de impostos e o contrabando de ouro tornaram-se práticas comuns, nas Minas Gerais. Para controlar a situação, em 1719 a coroa proibiu a circulação do ouro em pó, fácil de ser contrabandeado, e determinou a instalação de casas de Fundição em toda a região das lavras. Nesses estabelecimentos, o ouro era transformado em barras e recebia o selo real, ao mesmo tempo que se cobrava  o quinto ( cada minerador deveria pagar ao governo  de Portugal a quinta parte do ouro extraído).
              A criação das Casas de Fundição provocou enorme descontentamento entre os habitantes da região das minas. Para os mneradores, a medida dificultava a sonegação de impostos e diminuía suas margens de lucros. A insastifação aumentou ainda mais quando se soube que a Coroa pretendia extinguir as Ordenanças, forças policiais formadas por homens da própria região, e manter apenas os regimentos dos Dragões, tropas comandadas por oficiais portugueses.
                 Indignados com as medidas, os habitantes de Vila Rica se sublevaram na noite de 28 de junho de 1720, sob a liderança do tropeiro Filipe dos Santos. Os revoltosos exigiam a suspensão das medidas anunciadas e a redução dos impostos. Para ganhar tempo, o govenador, conde de Assumar, fingiu aceitar as reivindicações. Quando menos os envolvidos no conflito esperavam, desencadeou-se a repressão. Á frente de um exército de 1500 homens, Assumar ocupou Vila Rica na madrugada de 14 de julho de 1720. Preso e enforcado, o  corpo de Filipe dos Santos foi  arrastado por cavalos pelas ruas e sua cabeça exposta no pelourinho da cidade, punição usual que servia de demonstração de autoridade e sinal de alerta a quem pretendesse desacatar as ordens da Coroa.

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