segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A GRANDE NAÇAO TUPI

          Os primeiros habitantes que os portugues encontraram ao desembarcar em terras americanas adotaram em geral, uma atitude amistosa em relação aos conquistadores. Estes, ao perceber que eles falavam entre si línguas parecidas e tinham certos hábitos semelhantes, chamaram os indíginas de tups.
           Os         portugueses  não sabiam, no entanto, que os tupis não eram um só grupo, mas englobavam numerosos povos, com grande  diversidade cultural e religiosa. Foi exatamente com esse indíginas do litoral que os portugueses mantiveram maior contato e aprenderam as primeiras regras de sobrevivência no continente que então começaram a explorar.
           No interior do território viviam também diversos outros povos, chamados pelos conquistadores de tapuias. Estes eram mais hostis, falavam uma língua difícil de ser compreendida e rejeitavam qualquer tipo de aproximação. Por isso, o contato que os portugueses mantveram com eles foi bem menor.

                                           AS         ORIGENS
          Existem diferentes explcações para a procedência dos tupis que povoavam extensas regiões da Ámérica conquistada pelos portugueses. No início do primeiro milênio a.C., provavelmente eles habitavam o sudoeste da Amazônia, entre os atuais terrítórios de Rondônia, do Amazonas e da Bolívia. Daí, teriam iniciado um lento movimento migratório em várias direções.
           Outra versão dos estudiosos sugere que os tupis eram possivelmente, originários dos contrafortes dos Andes ou do planalto do trecho médio dos rios Paraguai e Paraná, de onde se deslocaram para o litoral atlântico, seguindo para o norte.
          Saba-se, porém, que eles englobavam vários povos, como os tupinambás, tamoios, tabajaras, carijós, potiguaras e os guaranis.

                                        DIVISÃO    DO    TRABALHO

           Os tupis se organizarvam em tribo composta de unidades menores, as aldeias, que mantinha entre si interesse comuns. Nas aldeias havia normalmente de 500 a 600 pessoas, que viviam  em grandes habitações ou malocas coletivas cuja estrutura de madeira recebia uma cobertura de folhas de palmeira. Em geral, o número de habitação variava de 4 a 7 por aldeia, cada uma delas abrigando um grande grupo familiar. A poligamia era prática comum ente os chefes e os guerreiros mais destacados.
           A divisão do trabalho era feita de acordo com o sexo e a idade. As mulheres, além dos afazeres domésticos, ocupavam-se da agricultura e da coleta e colaboravam na pesca. Encarregavam-se da preparação do  cauim-bebida fermentada á base de mandioca-e de muitas atividades artesanais como tecer redes, trançar cestos, fazer tapetes etc...
           Além da derrubada da mata e da preparação da terra para o plantio, os homens ocupavam-se da caça, da pesca e do fabrico de canoas, armas de guerra e instrumento de trabalho. Deviam erguer as habitações, devender a aldeia, tomar parte da guerra e executar os prisioneiros, se sua tribo praticava a antropofagia. Também eram os homens que exerciam a função de curandeiros.
            As crianças ajudavam os pais em algumas atividades e realizavam tarefas correspondentes á sua idade, como cuidar dos irmãos menores ou espantar os pássaros das platações no período que antecedia a colheita.

                                    UMA      AGRICULTURA    RUDIMENTAR

             Os tupis viviam da coleta, da caça e da pesca, dominavam a cerâmica e praticavam uma agricultura rudimentar. Essas atividades implicavam a exploração dos recursos do meio ocupado por eles até o esgotamento. Por isso, de tempos em tempos (geralmente de três a cinco anos), os grupos indíginas eram forçados a se deslocar para outra região em busca de melhores de vida.
             Os tupis não conheciam os metais. Em certas atividades, usavam machados de pedra e utensílios de madeiras, de dentes, conchas etc...Suas armas de guerra eram arcos, flechas, lanças e escudos feitos de madeira. Para obeter fogo, friccionavam uma peça de madeira dura contra outra, mais macia. Construíam suas canoas com trocos ou cascas de árvore e não utilizavam nenhum animal para transporte ou tração.
              Cada aldeia era politicamente independente. Também tinha um chefe, geralmente chamado Morubixaba.
                Do ponto de vista religioso, os tupis tinha creças que combinavam traços do animismo e do politeísmo.
                Eram politeístas, acreditavam em Tupã, identificado com o raio e com o trovão, e acreditavam na existência da vida após a morte e reencarnação.
           

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