A experiência com a implatação das capitanias, no entanto, não surtiu os efeitos esperados. Apenas duas delas- a de Pernambuco e a de São Vicente- foram bem sucedidas, principalmente pelos resultados positivos alcançados com a produção de açucar - sobretudo em Pernambuco - epelos acertos de seus administradores. As demais tiveram diferentes destinos. Santo Amaro, Itamaracá, Espírito Santo, Porto seguro e Ilhéus conseguiram, por algum tempo com dificuldade. Outras, como São Tomé, Maranhão, Rio Grande e Bahia, fracassaram completamente. Ceará e Santana permaneceram abandonadas.
Entre as causas do fracasso do sistema de capitanias podem ser apontadas;
- a escassez de capital necessário, por exemplo, para a instalação de uma atividade econômica rentável,, como a açucareira, que exigia altos investimentos;
- a incapacidade de alguns donatários de atrair colonos, ou porque não havia estímulo suficiente que motivasse a mudança das das pessoas para terras tão distantes;
- em alguns casos, a hostilidade de grupo indíginas, que inicialmente colaboraram com os europeus na fase da extração do pau-brasil, mas que resistiam á idéia de se submeter ao trabalho compulsório e sistemático.
De toda forma, o sistema de capitanias hereditárias acabou se estendendo até meados do século XVIII. Durante esse período as capitanias foram sendo readquiridas, por meio de compra, pela Coroa potuguesa. Perderam o caráter privado, mas se mantiveram como unidades administrativas. Em 1754, porém, todas já haviam sido incorporadas definitivamente pelo poder público.
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