quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O BARÃO DE MAUÀ

     Nascido no Rio Grande do Sul em 1813, Irineu Evangelista se Sousa perdeu o pai aos cinco anos de idade. Em 1830, começou a trabalhar como modesto guarda-livros na loja de um comerciante escocês no Rio de Janeiro. Alguns anos depois, associou-se ao patrão e viajou para a Inglaterra, onde assimilou o espírito frenético da Segunda Revolução Industrial. De volta ao Brasil, afastou-se do antigo patrão e , em 1846, comprou uma pequena fundição, em Ponta da Areia, perto de Niterói. Sob sua direção, em pouco tempo a oficina seria transformada num dos primeiros estaleiros de construção naval do país, do qual sairiam muitos navios utilizados por nossa Marinha na guerra do Paraguai.
    Em 1851, irineu Evangelista obteve a concessão do serviçoo de iluminaçãoa gás do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, fundou a Companhia a Vapor do Rio  Amazonas, que empregaria barcos fabricados pelo estaleiro de Ponta da Areia. A partir de então, suas atividades se diversificaram cada vez mais. Em 1854, inaugurou na capital do Império a primeira ferrovia brasileira, ligando Porto Mauá á serra da Estrela e , mais tarde, á cidade de Petrópolis. Esse feito levou o imperador dom Pedro II a conceder-lhe o título de barão de Mauá, pelo qual ficaria conhecido.
     O quadro interno do país, porém, estava longe da estabilidade, pois a política econômica do governo imperial não seguia uma orientação coerente e homogênea. Ao contrário, variava ao saber das pressões, ora dos senhores de terras, que exigiam o fim das medidas protencionistas, ora dos industrialista, que defediam tarifas protecionistas. Assim, em 1860, as tarifas Alves Branco foram alteradas para satisfazer ás exigências da aristocracia agrária.
    As mudanças acabaram prejudicando Mauá, que, endividado por sucessivos empréstimos, não conseguiu manter seus negócios.
    Mesmo assim, o barão de Mauá não renunciou ao espírito empreendedor. Em 1874, ralizou a ligação telegráfica entre o Brasil e a Europa, por meio de cabo submarino.

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