quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CONSTANTINOPLA - O GOVERNO DE JUSTINIANO

    No governo de Justiniano, o Grande (527-565), o Império Bizantino atingiu o esplendor. A tentativa de restabelecer a unidade do antigo Império Romano está entre suas realizações de maior destaque.
     Justiniano empreendeu a reconquista das terras do Ocidente, que haviam sido perdidas para os povos germânicos. Com grandes esforços retormou a península Itálica, o norte da Àfrica e o sul da penísula Ibérica. Mas os territórios reconquistados logo sofreriam ocupações de outros povos, não permanecendo muito tempo sob o domínio bizantino.
      Em seu governo, Justiniano ordenou que se organizasse um trabalho de compilação do Direito romano, do qual resultou o Corpo de Direito Civil, composto de quatro partes.
-  Código Justiniano - Reunião de todas as Leis romanas desde Adriano até o ano de 534.
-   Institutas - Princípios fundamentais do Direito romano.
-   Digesto ou Pandectas - Síntese da jurisprudência romana, cujo conteúdo apresentava os pareceres dos grandes juristas a respeito das Institutas.
-    Novelas, reunindo a nova legislação.
    

CONSTANTINOPLA

   Em 330, no mesmo local onde existia a antiga colônia grega de Bizâncio, o imperador Constantino mandou construir Constantinopla.
   Atualmente denominada Istambual, a cidade ocupava excelente localização, entre os mares Negro e Egeu. Para melhorar ainda mais suas condidições de defesa, foram construídas enormes muralhas ao seu redor. Essas características permitiram que ela resistisse a numerorosos ataques ao longo dos séculos.
   Por muito tempo, Constantinopla foi um centro próspero e florescente com intensas relações comerciais, que se estendiam até o Extremo Oriente.
   A riqueza de Constantinopla, permitia que seus moradores tivesse um padrão de vida mais confortável do que os habitantes da Europa ocidental no mesmo período. Os serviços sociais eram divididos entre a igreja e o Estado, á custa da cobrança de pesados impostos.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O IMPÉRIO BIZANTINO

   Em 395, com a divisão do Império Romano, formou-se o Império Romano do Oriente, que englobava a Grécia, a Ásia Menor, a Síria atual, a Palestina, o nordeste da África (incluíndo o Egito), e as ilhas do Mediterrâneo oriental. Quando, em 476, Roma foi definitavamente tomada pelos germanos, a parte oriental do Império sobreviveu, mantendo intensa atividade urbana e mercantil.
   Com o passar do tempo, inúmeros aspectos da cultura romana foram abandonados nessa região. O próprio latin foi substituído pelo grego. Tudo isso levou ao desenvolvimento de uma sociedade com características singulares - o Império Bizantino. Um dos  aspectos distintivos da sociedade bizantina foi exatamente a comunhão entre valores grego-romano e orientais.
   É traço marcante desse Império, também, a completa assimilação dos preceitos do cristianismo, tendo sido em Constantinopla que se realizaram os primeiros concílios responsáveis pela definição dos dogmas da Igreja Católica.

O FEUDO

   Os feudos eram os núcleos com base nos quais a sociedade feudal se organizou. Por volta do ano 1000, a maioria das pessoas na Europa ocidental vivia em feudos. Nesse período, a terra converteu-se no bem mais importante, por ser a principal fonte de sobrevivência e poder.
   As terras do feudo distribuíam-se da seginte forma.
- Manso senhoral - Repesentava cerca de um terço da área total e nela os servos e vilões trabalhavam alguns dias por semana. Toda a produção obtida nessa parte da propriedade pertencia ao senhor feudal.
- Manso servil - Área destinada ao usufruto dos servos. Parte do que era produzido ali era entregue como pagamento ao senhor feudal.
- Terras comunais - Era a parte do feudo usada em comum pelos servos e pelos senhores. Destinava-se á pastagem do gado, á extração de madeira e á caça, direito exclusivo dos senhores.
   Os servos, principal mão-de-obra dos feudos, deviam várias obrigações ao senhor feudal, destacando-se:
- Corveia - Prestação de trabalho gratuito durante vários dias da semana no manso senhorial;
- Talha - Entrega ao senhor de parte da produção obtida no manso servil;
- Banalidade -  Pagamento de taxa pelo uso do forno, do lagar (onde se fazia o vinho) e do moinho, dentre outros equipamentos do feudo;
- Censo - Pagamento efetuado com parte da produção ou em dinheiro, ao qual estava obrigado somente os vilões ou homens livres;
- Capitação - Imposto per capita (por cabeça). pago apenas pelos servos;
- Mão-morta - Taxa paga pelos familiares do servo para continuar explorando a terra após sua morte.

domingo, 27 de novembro de 2011

FEUDALISMO - SERVOS, ESCRAVOS E VILÕES

   A terceira ordem da sociedade da Alta Idade Média era formada pelos servos. A relação que deu inicialmente entre os colonos e os proprietários das vilas romanas pode explicar a origem da servidão no feudalismo.
    Diferentemente dos escravos, os servos estavam presos á terra e dali não podiam sair. Mesmo que um feudo mudasse de senhor, não poderia ser expulsos dele, passando a prestar obrigações ao novo senhor.
    Além dos servos, havia os vilões, pequenos proprietários que, por algum motivo, tinham entregado suas terras a um senhor. Embora livres, deviam várias obrigações ao dono do feudo.
    Os escravos, em número reduzido e mantidos apenas em algumas regiões próximas ao Mediterrâneo,, trabalhavam em atividaes domésticas.

FEUDALISMO - SOCIEDADE

    Especialistas em Idade Média, dividem a sociedade da alta Idade Média em três grandes ordens. A primeira compreendia os integrantes do Clero, que cuidava da fé cristão; a segunda reunia os senhores feudais (nobreza), responsáveis pela guerra e pela segurança; a última ordem era aquela constituída pelos servos, que trabalhavam para sustentar toda a população.
   A mobilidade social praticamente insxistia. Rígidas tradições e vínculos jurídicos determinavam a posição social de cada indivíduo desde o nascimento.
   Na  sociedade feudal, a honra e a palavra tinham importância fundamental. Desse modo, os senhores feudais ligavam-se entre si por meio de um complexo sistema de obrigações e tradições.
    A  fim de obter proteção, os senhores feudais geralmente procuravam por outro senhor mais poderoso, jurando-lhe fidelidade e obediência. Chamava-se vassalo o senhor feudal que pedia proteção a outro. Essa aliança deveria ser consolidada pelo senhor mais poderoso, o suserano, por meio da concessão de um feudo, que podia ser constituído de terras ou bens ou de ambos, em troca da obediência recebida.
   Nesse    sistema, o vassalo devia várias obrigações ao seu suserano, como o serviço militar, por exemplo. Por essa razão, quanto maior o número de vassalos, maior o prestígio e o poder de um suserano. O compromisso estabelecido nesse sistema tinha caráter sagrado e constituía falta grave sua violação.

sábado, 26 de novembro de 2011

O CRISTIANISMO

    De acordo com as narrativas do Novo Testamento, Jesus teria nascido em Belém, no Reino da Judéia, província do Império romano.
    Profetas hebreus haviam anunciado a vinda de um Messias ( ou Cristo em grego ), que libertaria esse povo da dominação e imporia ao mundo o Reino de Jeová.
    Aos 30 anos, Jesus Cristo iniciou sua pregações, afirmando ser o Messias.. Despertou com isso a desconfiaça das autotidades locais e, também, romanas: o Grande Conselho dos hebreus desconfiava que ele fosse realmente o Messias e os romanos viam-no como uma amaça ao poder constituido. Jesus acabou preso, condenado e crucificado.
   Após  sua morte, os ensinamento de Jesuus passaram a ser divulgados por seus adeptos. Surgiu assim o cristianismo. A nova crença se difundiu entre as camadas pobres da população. Como os critãos se recusavam a reconhecer o caráter divino do imperador romano, foram duramente perseguidos pelo governo de Roma.
   Por volta do ano 50, o cristianismo começou a ser divulgado em Roma pelos primeiros seguidores de Jesus Cristo. Aos poucos, disseminou-se por todos os grupos sociais e por todas as regiões do Império Romano, até se transformar na religião dominante. Em 391, tornou-se a religião oficial do Império.

ROMA - RELIGIÃO E MITOLOGIA

   Durante quase toda a sua história, os romanos mantiveram a crença numa serie de deuses.
   Era uma religião sem doutrinas ou dogmas. Entre os deuses e os seres humanos estabelecia-se um único compromisso: aqueles davam proteção e estes retribuíam com oferendas.
   A princípio, os deuses não tinham formas definidas. A partir do contato com os gregos, contudo, eles passaram a ser identificados com as divindades do Olimpo e ganharam fisionomia e paixões humanas. Assim, o deus supremo da mitologia grega, Zeus, chamava-se Júpiter entre os romanos; Hermes, protetor do comércio na Grécia, tinha em Roma o nome de Mercúrio; Àries, deus grego da guerra, era Marte para os romanos; Afrodite, deusa do amor na Grécia, em Roma era Vênus e assim por diante.
   Além da influência grega, os romanos incorporaram outras de cultos orientais, como os de Ísis, do Egito, e o de Mitra, proviniente da Pérsia. Todos esses deuses foram admitidos no Panteão romano - templo dedicado ao culto de diversas divindades.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O DIREITO ROMANO

   A mais notável contribuição romana á cultura ocidental ocorreu no campo do Direito. De fato, os Códigos de Leis romanos pernanecem até hoje entre os fundamentos do Direito contemporâneo.
   O direito romano desenvolveu-se gradualmente, tendo como ponto de partida a Lei das Doze tábuas (450 a.C.). Posteriormente aprimorou-se com as Leis votadas pelas assembléias e com os decretos do Senado e teve sua completa sistematização no período do Imperio. Compunha-se de três grandes ramos:
- O jus civile (direito civil), aplicável apenas aos cidadões de Roma.
- O jus gentium (direito das gentes ou dos estrangeiros), conjunto de normas comuns ao povo romano a aos povos conquitados.
- O jus naturale (direito natural), que representava o aspecto filosófico do direito. Baseava-se na idéia de que o ser humano é, por natureza, portador  de direitos que devem ser respeitados.

ROMA - O IMPÉRIO

   Augusto, o primeiro imperador romano, governou até a sua morte, aos 76 anos, em 14 d.C. Nesse período, acumulou os poderes civil, religioso e militar, com direito de interferir até mesmo no Senado. Ao morrer, foi considerado um deus entre os deuses romanos.
   O estudo do Imperio romano é, em geral, subdividido em dois períodos:
- Alto Império (27a.C. - 235). Nas fases inicial (Augusto) e intermediária, contou com certa estabilidade nas instituições e relativa paz entre as províncias.
- Baixo Império (235 - 476). Período agitado por lutas pelo poder. Somadas á crise de âmbito social e econômico, essas disputas abriam caminho para a desintegração de grande parte do Império.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

ROMA - O SEGUNDO TRIUNVIRATO

    Com a morte de César, a disputa pelo poder ficou polarizada entre dois de seus herdeiros políticos: Marco Antônio, general de grande popularidade, e o jovem Otávio, sobrinho e filho adotivo de César. Após vários conflitos, os dois se reconciliaram e se uniram a Lépido, banqueiro romano, para forma o Segundo Triunvirato, que governou durante cinco anos.
   Os três dividiram os domínios romanos entre si e trataram de eliminar todos os que haviam conspirado contra César. Pouco depois, Lépido foi afastado por Otávio.
   Em 31 a.C., Otávio voltou-se contra Marco Antônio, vencendo-o na batalha naval de Àcio, na Grécia. Em seguida conquistou o Egito e retornou a Roma, onde recebeu sucessivamente do Senado os títulos de primeiro cidadão (Princeps), divino(Augustus) e supremo(Imperator). Senhor absoluto do poder, Otávio - ou Augusto, como passou a ser chamado - tornou-se o primeiro imperador de Roma.

ROMA - JÚLIO CÉSAR TORNA-SE DITADOR

   Após a vitória sobre Pompeu na Grécia e a conquista do Egito, Júlio César, retornou a Roma em triunfo, foi proclamado ditador perpétuo. No governo, promoveu a construção de obras públicas, reorganizou as finanças, distribuiu terras e fundou colônias.
   Com a intenção de unificar o mundo romano, estendeu o direito de participação política aos habitantes das províncias conquistadas.
   Júlio César    , com o apoio da plebe urbana e do exército, concentrava todo o poder em suas mãos. As medidas tomadas por ele caractrizavam-no como um verdadeiro monarqua, o que era considerado pelos defensores da República como suprema traição.
  Sua trajetória foi interrompida por uma conspiração de senadores que o assassinaram no Senado, em 15 de março de 44 a.C.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ROMA - CÉSAR,CRASSO E POMPEU - O PRIMEIRO TRIUNVIRATO

    Após o governo de Sila, alguns dos territórios conquistados foram ameaçados por revoltas, exigindo grandes campanhas militares. Isso deu oportunidade para que alguns generais se destacassem e disputassem o poder. Dois dos mais influentes foram Crasso e Pompeu.
     O  primeiro foi responsável pela vitória contra Espártaco, líder da maior revolta de escravo do mundo antigo. O segundo debelou uma rebelião popular comandada por Sertório, na península Ibérica, entre 78 e 72 a.C.
    Ao mesmo tempo, um sobrinho de Mário surgia como líder de prestígio, ligado ao partido popular. Seu nome: Júlio César.
    Em 60 a.C., eleitos senadores, Crasso, Pompeu e Júlio César se uniram para formar um governo que seria denominado Primeiro Triunvirato.
    César, com o intuito de aumentar sua popularidade, partiu para a Gália (atual França), onde ampliou e consolidou a conquista romana, derrotando o exército gaulês.
    Com a morte de Crasso logo depois, César e Pompeu começaram a disputar o poder. Em meio á crise, o Senado elegeu Pompeu cônsul, outorgando-lhe plenos poderes, e ordenou a Júlio César que desmobilizasse seus exércitos. Recusando-se a acatar as ordens, Cesar marchou sobre Roma em 49 a.C. Pompeu e seus aliados fugiram para o Oriente. César os perseguiu e derrotou na Grécia. A seguir, conquistou o Egito, que foi transformado em protetorado romano.

ROMA - A ASCENSÃO DOS MILITARES

   Com as vitórias do exército romano, os chefes militares consquitaram prestígio e começaram a ganhar popularidade.
     O  primeiro a conseguir destaque foi Mário, que obteve projeção com a vitória sobre a Numídia, norte da Àfrica, em 106 a.C. Eleito cônsul no ano seguinte, instituiu o pagamento de soldo aos soldados, permitindo o ingresso de pessoas pobres no exército (antes, os soldados não recebiam pagamento regular). Além disso, concedeu aos soldados o direito de participar dos espólios de guerra e de receber terras após prestarem 25 anos de serviço militares.
    Membro da classe equestre e líder do partido popular, Mário foi reeleito cônsul várias vezes. Suas medidas descontentaram os conservadores, liderados por Sila, outro chefe militar. Durante vários anos, os dois travaram diversos conflitos, alternando-se no poder. Em 82 a.C., após a morte de Mário, Sila, apoiado pelo Senado, impôs uma ditadura militar. Ele permaneceu no poder até 78 a.C.

domingo, 20 de novembro de 2011

ROMA - REPÚBLICA

   As instituições básicas do Estado republicano eram as seguintes:
- Senado = principal instância de poder em Roma, administrava a cidade e as regiões conquistadas. No início, era formado por cem senadores; mais tarde esse número aumentou para trezentos.
- Magistrados = Exerciam funções administrativas. Os mais importantes eram os côsules, dois magistrados cujo o poder equivalia ao dos antigos reis. Encarregavam-se de comandar os exércitos, convocar o Senado e presidir os cultos religiosos. Nos momentos de maior perigo, indicavam um ditador, que governava com poderes absolutos por um  prazo máximo de seis meses. Os pretores, censores, questores e edis, eram outros magistrados e cumpriam funções distintas na administração pública.
- Assembléias = Existiam três diferentes assembléias: Centurial, curial (religiosa) e tribal (responsável pela escolha de questores e edis). A mais importante era a Centurial, formada pela reunião de unidades miltares (centúrias), organizada de acordo com as condições social.. Cabia á assembléia Centurial designar os principais magistrados para ditar as Leis e declarar a guerra.

ROMA - MONARQUIA

   Como era comum na antiguidade, o rei acumulava as funçõe de juiz supremo e de chefe religioso e militar. Sua autoridade, contudo, era limitada pelo Senado, composto por chefes de clãs. Uma terceira instância de poder era constituída pelas assembléias.
   Na época da Monarquia, a sociedade se dividia, basicamente, em quatro grupos: patrícios, plebeus, clientes e escravos. A enonomia estava fundamentada na agrícultura.
   Os patrícios eram descendentes dos fundadores de Roma. Donos das principais terras, constituíam a aristocracia, reservando para si as tarefas do governo. No inicio, somente eles tinham direitos políticos em Roma.
   Os  plebeus eram descendentes das populações que primeiro povoaram a península Itálica. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato. Embora livres, não dispunham de direitos políticos; além de não participar do governo da cidade, eram impedidos de se casar com indivídos pertecenes ao patriciado.
   Os clientes, parentes mais pobres dos patrícios, trabalhavam para as famílias destes em troca de proteção.
   No início, os escravos eram principalmente aqueles que não dispunham de meios para pagar suas dívidas. Com as guerras de conquista, o aprisionamento dos vencidos fez com que o número de escravos aumentasse, chegando a constituir a maioria da população.

sábado, 19 de novembro de 2011

ROMA

   A história das origens de Roma é das mais imprecisas. Muitas informações a respeito de sua fundação são lendárias ou estão registradas em relatos literários. Segundo a lenda, os irmãos gêmeos Rômulo e Remo, descendentes do príncipe troiano Enéias, foram os responsáveis pela fundação de Roma, em 753 A.c.
   De acordo com as pesquisas históricas o que se sabe é que a cidade de Roma existe desde o final do segundo milênio a,C., perto do rio Tibre, nas proximidades do mar Tirreno. Nessa região, protegida por colinas, instalaram-se grupos Latinos e Sabimos, que teriam sido os fundadores da cidade.
   Esse pequeno núcleo urbano originaria um vasto império. A trajetória romana, para efeito de estudos, é dividida em três períodos, caracterizados por diterentes formas de organização política:
- Monarquia (753 a 509 a.C.);
- República  (509 a 27 a.C.  );
- Império      (27 a.C . a 476).
   

GRÉCIA - A FILOSOFIA

  A palavra filosofia significa "amor" ou "amizade pela sabedoria" ( do grego philo ou philia = amor, amizade; sophia = sabedoria).
    Os primeiros filósofos viveram na Jônia, região da Ásia Menor, onde estavam em contato direto com as sociedades orientais, particulamente a do Egito e as da Mesopotâmia. Nessa região, destacou-se o matemático e astrônomo Tales de Mileto. Outros filósofos desse primeiro momento foram Pitágoras, Anaximandro, Heráclito, Parmênides e Demócrito. Nesse período, as principais preocupações diziam respeito á natureza do mundo e ao sentido da vida.
    Na segunda metade do século V a C., a atenção dos pensadores deslocou-se para os problemas da vida social e política. Essa nova tendência iniciou-se com uma corrente filosófica denominada sofista. Para eles não havia verdade absoluta; haveria apenas verdades particulares, o mais destacado filósofos dessa corrente foi Protágoras.
   Sócrates e Platão foram dois dos principais filósofos do século IV a.C. Sócrates acusava os sofistas de não procurarem o verdadeiro saber. Defendia a existência de verdades válidas universalmente. Foi condenado á morte pelas autoridades de Atenas, sob a acusação de corromper a juventude, violar as Leis e os preceitos da religião. Sócrates nada escreveu, tudo o que se sabe a seu respeito foi transmetido por seus discípulos, dos quais o principal foi Platão.
   Platão deixou registros de seu pensamento em obras como O banquete e A República. Fundou a Academia de Atenas e introduziu a concepção idealista, segundo a qual as idéias são essências eternas e imutáveis, exerceu grande influência sobre filósofos posteriores, como Santo Agostinho, teólogo cristão do início da Idade Média.
   O pensamento filósofico desse período foi sistematizado, em grande parte, por Aristóteles. Ex-discípulo de Platão, foi tutor de Alexandre, o Grande. Fundador do Liceu em Atenas. Uma de suas obras mais conhecidas é A política, na qual analizou as diferentes formas de governo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

GRÉCIA - MITOLOGIA E RELIGIÃO

   Como a maior parte dos povos da antiguidade, os gregos eram politeísta. Seus deuses, entretanto, assim com os seres humanos, eram dotados de sentimentos de raiva, de ódio, de compaixão. A maioria dessas divindades habitava o monte Olimpo, a mais alta montanha da península Balcânica. Segundo a mitologia grega (conjunto de mitos e crenças daquele povo), alguns desses deuses chegaram a manter relações sexuais com seres humanos, gerando filhos conhecidos como heróis ou semideuses.
   A divindade mais importante era Zeus, considerado o deus dos deuses do Olímpo. Senhor dos raios e da chuva, era também o protetor de toda a Grécia. Havia inúmeras divíndades, dentre as quais as mais conhecidas são:

- Hera, esposa de Zeus, protetora do casamento e da família.
- Apolo, deus do sol e das profecias, ensinou a organização social á humanidade, com o auxílio das Musas, suas seguidoras.
- Ártemis, deusa da Lua e da caça.
- Hermes, o veloz mensageiro de Zeus, protetor dos viajantes, do comércio, dos atletas e dos ladrões.
- Hefesto, deus do fogo, dos vulções e dos ferreiros.
- Afrodite, deusa do amor e da beleza.
- Palas Atena, deusa das batalhas, da inteligência e das artes, protetora da cidade de Atenas.
   Na terra reinava Deméter, que protegia os agricultores e as colheitas, e Dionisio, protetor dos vinhedos. Nos mares reinava Posêidon, irmão de Zeus. No reino dos mortos, no interior da terra, ficava Hedes, outro irmão de Zeus.
    Para conhecer a vontade dos deuses, os gregos interpretavam certos sinais - os presságios - ou dirigiam-se aos oráculos, isto é, a santuários nos quais os sacerdotes respodiam ás consultas feitas ás divindades.
    Outras manifestações religiosas eram as festas para homenagear os deuses. As mais importantes eram os jogos olímpicos, realizados para Zeus na cidade de Olímpia. Nessas ocasiões, estabelecia-se uma "trégua sagrada" e até as guerras eram interrompidas.

MACEDÔNIA

   Localizada ao norte da Grécia a Macedônia era governada pelo rei Filipe II desde 356 a.C, do ponto de vista econômico e cultural, o reino não tinha os mesmos recursos de suas vizinhas, as cidades gregas. Mas Filipe percebia o enfraquecimento dos gregos e nutria ambições expansionistas.
  Assim, depois de organizar um poderoso exército, Filipe planejou a conquista dos território da Grécia. Começou lentamente a intervir nos assuntos internos das cidades gregas. Quando Atenas e Tebas tentaram reagir contra a ação dos macedônios, foram derrotados em 338 a.C., na batalha de Queronéia.
  Garantida a  hegemonia sobre a Grécia, Filipe II decidiu declarar guerra ao Império Persa, que estava enfraquecido por revoltas internas. Para isso formou com as cidades gregas a Liga de Corinto, mas foi assassinado em 336 A,C., antes de efetuar qualquer ataque. Seu plano seria executado pelo filho e sucessor, Alexandre,então com 20 anos de idade.
  A   partir de 334 a.C., Alexandre ocupou a Àsia Menor e, sucessivamente, derrotou os persas, invadiu a Fenícia, dominou o Egito. Por fim, esmagou novamente o exército persa em 331 a.C., na batalha de Arbelas. Proclamou-se, então, sucessor de Dário III e lançou seu exército na conquista da Ìndia.
  Depois dessa campanha, retornou á Babilônia, onde morreu de Malária em 323 A.C. Tinha 33 anos de idade e havia construído um Império que se estendia da Macedônia até o Egito e do Egito até o rio Indo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

MULHERES DE ATENAS

       As   mulheres tinham menos liberdade em Atenas do que em Esparta. Casavam-se muito jovens, entre 15 e 18 anos, conforme a escolha dos pais. Após o casamento, tinham de prestar obediência ao marido. As mais ricas viviam reclusas em uma área da casa denominada gineceu. As mais pobres eram obrigadas a trabalhar. O marido tinha o direito de devolver a esposa aos pais dela em caso de esterelidade ou adultério.
     Diferentemente   de Esparta, em Atenas não havia escolas públicas, embora a educação fosse obrigatória. Quando a  criança chegava aos 7 anos, cabia ao pai enviar o filho a um mestre particular.
       A vida escolar se compunha, em geral de um primeiro momento chamado música, que compreendia o aprendizado da cultura literária e da música propriamente dita. Depois dos 18 anos, os que podiam continuar estudando frequentava as lições de retórica e de filosofia.

ATENAS E A DEMOCRACIA

     Em 507 a.C., Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual estendeu os direitos de participação política a todos os homens livres nascidos em Atenas: os cidadões. Desse modo, cosolidava-se a democracia ateniense.
    A  participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas ( os chamados metecos), escravos e mulheres, ou seja, a maior parte da população.
    Apesar desses limites, a democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo.
   Com    as reformas de Clístenes, as funções administrativas ficaram a cargo da Bulé, cujo o número de conselheiros aumentou para quinhentos. Seus integrantes eram sorteados entre os cidadões. Clístene fortaleceu ainda mais a Eclésia, que passou a se reunir uma vez por mês para discutir  e votar Leis, além de outros temas de interesse geral dos cidadões . Os assuntos militares ficaram sob responsabilidade dos estrategos.
   Atribui-se a Clístenes ainda a instituição do ostracismo, que consistia na suspensao dos direitos políticos e  no exílio por dez anos dos cidadões considerados perigosos para o Estado. 

terça-feira, 15 de novembro de 2011

ATENAS

    Atenas foi fundada na Àtica, península do mar Egeu, pelos Jônios, que ali se estabeleceram de forma pacífica, ao lado de eólios e aqueus, antigos habitantes da região.
    No início, o poder político estava sob o controle dos eupátridas, donos das terras mais produtivas.
    Na cidade, um soberano, chamado basileus, comandava a guerra, a justiça e a religião. Uma espécie de conselho, o Areópago, limitava seu poder. Com o tempo, os basileus perderam a supremacia e se transformaram em simples membros de um orgão denominado Arcontado.
   Passaram   a escolher legisladores entre os integrantes da aristocracia, homens especialmente indicados para elaborar Leis.
    Dois desses legisladores foram Drácon e Sólon.
    Drácon tornou-se legislador em 621 a.C. e foi responsável pela introdução do registro por escrito das Leis em Atenas - até então elas eram orais. A cidade passou a ser governada com base em uma legislação e não mais conforme os costumes. A mudança enfraqueceu o poder dos eupátridas, mas não resolveu os problemas sociais.
    Em 594 a.C., Sólon deu início a reformas mais profundas. Perdoou as dívidas e as hipotecas que pesavam sobre os pequenos agricultores, e aboliu a escravidão por motivo de dívida. Criou a Bulé, um conselho formado de quatrocentos membros, responsável pelas funções administrativas e pela preparação das Leis. Tais Leis tinham de ser submetida á apreciação da Eclésia,. ou assembléia, formada por indivíduos livres do sexo masculino.
     No âmbito político, sólon limitou o poder da aristocracia e ampliou o número de participantes na vida pública da cidade. Sua reforma representou um passo decisivo para o desenvolvimento da democracia, consolidada posteriormente na legislação Clístenes.

ESPARTA - UMA SOCIEDADE GUERREIRA

     Os esparciatas deviam seguir uma disciplina extremamente rigida. Desde muito cedo, os meninos eram submetidos á educação oferecida pelo Estado. Quase todo o tempo devia ser dedicado aos exercícios físicos e aos preparativos para a guerra.
    Entre    os 12 a os 30 anos, os jovens deviam dormir em alojamentos coletivos, com companheiros da mesma faixa etária. Depois dessa idade, podiam casar-se e participar das decisões da assembléia.
    O  esparciata estava dispensado do serviço das armas após completar 60 anos. Podia, contudo, ser eleito para tomar parte na Cerúsia.
    O principal dever das mulheres era dar á luz filhos vigorosos. Embora fossem obrigadas a praticar ginàstica, tinham bastante liberdade. Em virtude da prolongada ausencia a que estavam sujeitos os homens, cabia ás mulheres a administração dos interesses da casa. A ele, e não aos homens, era concedido o direito de praticar o comércio.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ESPARTA - O ESTADO

    O governo da cidade de Esparta era exercido por dois reis (diarquia), que cumpriam funções militares e religiosas. Seus poderes eram limitados pela Gerúsia, pela Apela e pelos Èferos.
     A Gerúsia exercia o poder supremo e elaborava as Leis. Era composta pelos dois reis e mais 28 esparciatas, com idade superior a 60 anos, chamados gerontes. Os gerontes tinham função vitalícia e eram escolhidos pela Apela, uma espécie de assembléia integrada pelos esparciatas com mais de 30 anos. Esses cidadões votavam na assembléia sem poder fazer uso da palavra, que era reservada unicamente aos gerontes.
     Os éferos, em número de cinco, eram escolhidos pela Gerúsia e aprovados pela Apela. Tinham mandato de um ano e deviam, entre ouras funções, fiscalizar os reis, cuidar da educação das crianças e aplicar a justiça.

ESPARTA

   Encravada no Peloponeso, Esparta foi erguida pelos dórios, no século IX a.C., numa região chamada Lacônia. Ali, a dominação dória sobre os povos conquistados deu origem a uma rígida organização social, econômica e política.
   Um conjunto de Leis, atribuídas a um lendário legislador chamado Licurgo, garantia o poder a um pequeno grupo de descendentes dos invasores dórios. A sociedade espartana dividia-se em três estratos sociais: os esparciatas, os periecos e os hilotas.
   Os  esparciatas eram descendentes dos conquistadores dórios e constituíam um grupo relativamente pequeno. Tinham a posse das terras mais férteis e reservavam para si as funções de governantes. Dedicavam todo o tempo aos exercícios e as atividades guerreiras, fazendo de Esparta um acampamento militar.
   Os períecos eram descendentes dos aqueus e constituiam um grupo social quatro vezes maior que o dos esparciatas. Embora fossem livres, não tinham direitos políticos. Para manter a posse de terras, tinham de pagar impostos; dedicavam-se ao comércio e ao artesanato.
   Os hilotas descendiam dos messênios, povo dominado pelos dórios. Eram escravos e pertenciam á cidade de Esparta. Obrigados a trabalhar a terra, tinham de entregar grande parte da produção á família esparciata, que controlava a propriedade rural, Viviam em condições miseráveis e estavam expostos a todo tipo de violência.

sábado, 12 de novembro de 2011

A GUERRA DE TRÓIA

    Segundo o poeta Homero, no poema Ilíada, a guerra de Tróia teria ocorrido porque Páris, filho do rei de Tróia, raptou Helena, esposa de Menelau, rei de Esparta, e famosa por sua beleza. Menelau e outros chefes gregos formaram um grande exército e , sob o comando de Agamenon ,  rei de Micenas, atacaram Tróia. A cidade resistiu a um cerco de dez anos.
   Tróia foi finalmente tomada graças a um ardil sugerido por Ulisses, rei de Ítaca. Os gregos construíram um grande cavalo de madeira, no interior do qual esconderam alguns soldados. O cavalo foi oferecido aos troianos, que o levaram para dentro da cidade. À noite, os soldados saíram do interior do cavalo e abriram os portões da cidade para que entrasse o exército grego, que massacrou os troianos semi-adormecidos.
   È possível que a guerra de Tróia tenha realmente ocorrido e seja um dos episódios da expansão dos micenianos em direção ao mar Negro, mas essa é uma hipótese que ainda está para ser comprovada.

GRÉCIA - FORMAÇÃO

    O território ocupado pela Grécia antiga pode ser dividido em três partes: a continental, chamada pelos gregos de Hélade, correspondente ao sul da península Balcânica; a insular, formada pelas ilhas do mar Egeu; e a asiática, ou Jônia, localizada na costa ocidental da Àsia Menor (na atual Turquia).
   Ao contrário do que termos hoje, a grécia antiga não chegou a formar um Estado unificado. Seu território era de fato ocupado por várias cidades autônomas, cada qual com sua própria organização social, religiosa, política e econômica. Por tais características, essas cidades, chamadas pólis pelos gregos, são denominadas cidades-Estado. As principais cidades-Estados gregas foram Esparta, Atenas e Corinto.
   A pólis era constituída por um núcleo principal, algumas vilas e áreas agrícolas. No núcleo principal ficava a acrópole (centro religioso que também servia de fortaleza militar), a ágora (praça central) e o asti (espécie de mercado).
   A história da Grécia antiga se estende por quase dois milênios. Os historiadores costumam dividi-la em períodos distintos;
- Pré-Homérico (século XX- XII a.C.,);
- Homérico(séculos XII-VIII a.C.,);
-Arcaico(séculosVIII-VI a.C.,);
-Clássico(séculosV-IV a.C.,).


PERSAS - RELIGIÃO

     A religião, possuía características próprias e diferenciadas. Ela havia sido difundida no século VII a.C., pelo sábio Zoroastro (também conhecido como Zaratustra) , que registrou seus fundamentos no Avesta (ou Zend-Avesta) , o livro sagrada.
    O  Zoroastrismo apregoava a existência de dois princípios oposto : o Bem e o Mal. O deus do bem era Aura-Mazda (também chamado Ormuz), criador do céu, da terra, dos seres humanos e de tudo o que havia de bom. Era auxiliado em sua tarefa de governar o universo por uma legião de gênios benfeitores, dos quais o mais conhecido era Mitra. Aura-Mazda era pernanentemente combatido por Arhimam, deus do Mal, e pelos seus auxiliares, os demônios. Os Persas acreditavam, entretanto, que no final dos tempos o bem deveria vencer o mal e dar início a uma vida feliz na terra.
     O zoroastrismo ensinava que, três dias após a morte, a alma era julgada e os atos pesados, caso absorvida, a alma ganhava a felicidade eterna; se condenada, tombava no abismo das trevas e da dor; se o bem o mal se equilibrassem, ficava em uma espécie de purgatório, a morada dos pesos iguais.
    O zoroastrismo influenciou muitas religiões. Com o tempo, porém, foi se subdividindo ate quase desaparecer. Hoje subsiste principalmente na Ìndia, praticado pelos parses.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

OS PERSAS

   Grandes conquistadores, os persas dominaram a Babilônia, a Palestina, a Fenícia e o Egito. Coube-lhes a proeza no século VI a.C., de unificar vários povos do Creacente Fértil e construir o maior império da época, que se estendia do Mediterrâneo oriental até a Índia.
    A construção de longas estradas favoreceu a preservação da unidade política, bem como a realização do comércio entre as mais distantes regiões.
    Após duzentos anos de existência, o Império Persa começou a se desitegrar diante das derrotas sofridas em batalhas contra gregos, conhecidas como Guerras Greco-Pérsicas, o Império foi conquistado por Alexandre da Macedônia, que unificou regiões do Oriente e do Ocidente. O Império Persa teve grandes governantes como : Ciro e Dário.


HEBREUS

    Os hebreus eram um dos muitos povos semitas que habitavam a região do Crescente Fértil. A importância desse povo reside, principalmente, no fato de ele ter introduzido a primeira religião monoteísta entre os povos da antiguidade.
   Da religião dos hebreus, baseada na crença em um só Deus, derivaram o cristianismo e o islamismo.
    Muitos do que se sabe a respeito da historia antiga dos hebreus - também chamados israelitas ou judeus - baseia-se no Antigo Testamento, a primeira parte da Bíblia. Pesquisas arqueológicas feitas nas regiões descritas nesses relatos confirmaram muitos dos acontecimentos ali contados.
   No     início do segundo milênio a.C., os  hebreus estavam estabelecido nas imediações da cidade de Ur, na Mesopotâmia.
   Vivendo do pastorio, organizavam-se em clãs ou tribos, grupos familiares dirigidos pelos homens mais idosos, a quem chamavam de patriarcas. Segundo a Bíblia, coube ao patriaca Abraão, obedecendo a uma ordem de Deus, partir com seu povo em direção á Terra Prometida, chamada depois de Canaã ou Palestina.
    Mais  tarde, pressionados pela escassez de alimentos, uma parte dos hebreus, sob o patriarcado de Jacó, deixou Canaã e migrou para o Egito, estabelecendo-se no delta do Nilo durante a ocupação dos hicsos.
    Após a expulsão dos hicsos, so hebreus acabaram escravizados pelos egípcios. Tempos depois, conduzidos por um novo chefe chamado Moisés, eles figiram do vale do Nilo, episodio conhecido na bíblia como Êxodo.
   Após     de permanecer quarenta anos no deserto, Moisés reconduziu seu povo a Canaã, cujo posse tiveram de disputar com os cananeus, estabelecidos na região, e com os filisteus, que chegaram depois.
    Distribuídos   em doze tribos independentes, os hebreus foram, lenta e dificilmente, impondo seu domínio. Para conduzi-los nas inúmeras guerras que tinham de travar, escolhiam um chefe militar, o chamado juiz.
    No  século XII a.C., os hebreus haviam conseguido dominar quase toda a Palestina. A partir de então, sua organização social passou por importantes mudanças: de pastores nômades converteram-se, em sua maioria, em agricultores sedentários.




quinta-feira, 10 de novembro de 2011

FENÍCIOS - MARINHEIROS E COMERCIANTES

     Os fenícios, sobretudo durante a hegemonia de Tiro navegaram por todo o Mediterrâneo, fundando colônia e organizando numerosos locais para a prática do comércio. Assim, acabaram expandindo seus domínios e intensificaram as relações com diferentes povos.
    Seus navios, após atravessarem o estreito de Gibraltar e seguirem pelo Atlântico, chegaram a alcançar a atual Inglaterra, na Europa, e o litoral ocidental da África, onde hoje se encontra o senegal.
    Além de exímios navegadores e comerciantes, foram também artesãos habilidosos. Dessa maneira, os mercadores fenícios não se limitavam a comprar e a vender produtos de outros povos. Eles comerciavam artigos feitos na própria Fenícia. como objetos de metal, tecidos púrpura e vasos de vidro e de cerâmica.
    Os fenícios aprederam  e superaram os egípcios na técnica da vidraria, conseguindo obter não apenas o vidro opaco, mas também o transparente.
     Sua mais importante contribuição para as sociedades atuais foi a criação, por volta de 1500 a.C., dos símbolos que possibilitaram a forma moderna de escritura: o alfabeto.
     O alfabeto seria aperfeiçoado pelos gregos, que transformaram em vogais algunhas consoantes fenícias. Adotado posteriormente pelos romanos, passou por outras transformações e assumiu a forma conhecida atualmente.

FENÍCIA

    A Fenícia, que corresponde aproximadamente ao Líbano atual, era uma estreita faixa de terra, expremida entre as montanhas e o mar com poucas áreas cultiváveis.
    A pobreza do solo para a prática da agricultura fez com que os fenícios se dedicassem inicialmente a atividade como a pesca e a extração de cedro, madeira abundante em florestas do interior dessa região.
    A proximidade com a costa marítima e a intensificação gradual das atividades pesqueiras contribuíram para que os  fenícios se dedicassem á construção de embarcações e se tornassem hábeis navegadores.
    Por mais de 800 anos, entre 1400 e 600 a.C., eles dominaram o comércio no Mediterrâneo, substituindo os cretenses, povo que os precedeu na exploração marítima e comercial.
    A Fenícia era composta de diversas cidades autônomas, cada qual com seu próprio governantes e seus magistrados. Chamados sufetes.
    Entre as principais cidades fenícias, três exerceram a supremacia política na região: Biblos, Sídon e Tiro.
    Sob o domínio de Tiro, a sociedade fenícia alcançou o período de maior poder. Seu porto chegou a ser, entre os séculos XII e VII a.C., o mais importante centro de comércio e de  artesanato do Mediterrâneo oriental.


terça-feira, 8 de novembro de 2011

BABILÔNIA O NOVO IMPÉRIO

    Os caldeus, povo semita que se estabeleceu na Mesopotâmia no início do primeiro milênio a.C., foram os principais   responsáveis pela derrota dos assírios e pela organização do Novo Império Babilônico, maior e mais poderoso do que o primeiro.
    O soberano mais conhecido desse novo império foi Nabucodonosor, que governou por quase sessenta anos. Ele ornamentou seu palácio com terraços superpostos, coroados de jardins, chamados de Jardins Suspensos da Babilônia.
    Durante o reinado de Nabucodonosor deu-se o Cativeiro da Babilônia, famosos episódio de escravidão dos hebreus.
    Pouco depois da morte de Nabucodonosor, o Novo Império da Babilônia foi dominado, em 539a.C., pelos persas.

ASSIRIOS

    De origem semita, os assírios viviam do pastorio e habitavam as margens do Tigre.
    A partir do fim do segundo milênio a.C., os assírios organizaram-se em uma sociedade altamente militarizada e expansionista. Realizaram diversas conquistas e estenderam seu domínio para além da Mesopotâmia, chegando ao Egito.
    O centro administrativo do Império Assírio foi primeiramente a cidade de Assur e, logo depois, Nínive.
    Os responsáveis por essa expansão foram Sargão II, Senaquerib e Assurbanipal.
    Os  assírios ficaram famosos pelos métodos extremamente cruéis de fazer a guerra. Um de seus reis, Assurbanipal, afirmou: " Por meio de batalhas  e da carnificina, eu tomei a cidade. Passei pelas armas trezentos  de seus guerreiros, atirei muitos ao fogo e fiz um grande número de prisioneiros vivos. De uns cortei as mãos, de outros o nariz e as orelhas e de muitos furei os olhos".
    Com  a morte de Assurbanipal o Império entrou em decadência e inúmeros revoltas dos povos dominados levaram os assírios a derrota em 612 a.C. Nesse ano, Nínive foi tomada por uma coalizão de medos e caldeus.




BABILÔNIA - O ANTIGO IMPÉRIO

    No início do segundo milênio a.C., a região da Mesopotâmia constituiu-se num grande e unificado império, que tinha como centro administrativo a cidade da Babilônia, situada nas margens do rio Eufrates.
   O soberano mais destacado,e principal responsável pela amplitude do chamado Antigo Império da Babilônia, foi Hamurábi ( cerca de 1728-1686 a.C.). Em seu governo, foi eleborado um dos primeiros códigos de Leis da Antiguidade, conhecido como Código de Hamurábi. Nele, além dos julgamentos do próprio rei, foram incluídas várias  das tradições e de valores da sociedade mesopotânica. O Código de Hamurábi era muito diferente dos nossos atuais códigos de Leis. Sua aplicação não era obrigatória pelos juizes; servia sobretudo para ilustrar os valores, a justiça e o poder do soberano.
   Após a morte de Hamurábi, a Mesopotâmia foi abalada por sucessivas invasões, até a chegada dos assírios.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

OS SUMÉRIOS

   Os sumérios foram provavelmente os primeiros a habitar o sul da Mesopotâmia. Desde o quarto milênio a.C., realizavam obras de irrigação e utilizavam técnicas de metalurgia do bronze, bem como uma forma de escrita chamada cuneiforme. Sua maneira de se organizar socialmente acabou por influenciar muitos dos povos que os sucederam na região.
   Ao contrário dos egípcios, que eram politicamete unificados, os sumérios organizaram-se em pequenas cidades independentes, formadas por um núcleo principal e por terras cultivadas ao redor. As principais eram Ur, Uruk e Lagash. Essas cidades viviam em constantes disputas pelo poder, o que as enfraquecia, favorecendo a invasão de outros povos. Alguns desses povos se estabeleceram na região e chegaram inclusive, a dominar os sumérios, absorvendo sua cultura e unificando o governo de suas cidades.

MESOPOTÂMIA

    Assim como o vale do Nilo, a Mesopotâmia foi um dos lugares onde se desenvolveram algumas das mais antigas sociedades humanas.
    O  nome Mesopotâmia foi dado pelos gregos e significa " terra entre rios ". Compreendida entre os rios Tigre e Eufrades, estava localizada entre áreas montanhosas e desértica, na extremidade oriental do Crescente Fértil.
    O    Tigre e o Eufrates nascem nas montanhas da Armênia e correm um ao lado do outro em direção ao golfo Pérsico. Na primavera, o degelo da neve que cobre as montanhas da Armênia provoca inundações, tornando as terras da baixa planície da Suméria extremamente férteis, fenômeno semelhante áquele que ocorre com o Nilo.
    Como  aconteceu no Egito, contudo, foi preciso um enorme esforço dos habitantes da região para controlar as águas das enchentes e poder cultivar as terras em torno dos rios, que de outra forma seriam pântanos férteis, mas inabitáveis. Assim, graças ao trabalho continuado de muitas gerações, foi possível cultivar vegetais e obter colheitas abundantes.
   Por muito tempo, a Mesopotâmia funcionou como uma espécie de corredor por onde passavam povos nômades vindos de diferentes regiões. Atraídos pelas terras férteis, alguns deles aí se estabeleceram. Do convívio entre essas culturas floresceram as sociedades mesopotânicas.


domingo, 6 de novembro de 2011

EGITO - ARTE E CIÊNCIA

   A  produção artística era predominantemente de inspiração religiosa. Foi para os deus e para os mortos que os egípcios construíram seus maiores monumentos.
    Expressada  E por meio da pintura, da escultura e da arquitetura, a gradiosidade da arte egípcia ainda hoje nos impressiona. A pirâmide de Quéps, por exemplo, com 146,6 metros de altura, constituiu o mais colossal monumento do mundo antigo.
   Graças  ao trabalho minucioso dos artesãos egìpcios, os templos, as colunas e os túmulos tinham as paredes inteiramente decoradas com hieróglifos e desenhos pintados ou esculpidos.
   Desenvolveram   significativamente várias áreas do conhecimento. As áreas em que mais se destacaram foram a astronomia e a geometria. A necessidade de prever as enchentes do Nilo e de executar obras para o aproveitamento das águas do rio levou-os á observação dos astros e á construção de fórmulas para medir superficies.
ícies. Utilizavam a soma, a subtração e a divisão.
    Além   disso, criaram um calendário solar, no qual o ano, de 365 dias, era dividido em doze meses de trinta dias cada, ao qual acrescentavam cinco dias festivos.
   

EGITO - RELIGIÃO

     A religiosidade costituiu, sem dúvida nenhuma, o traço mais marcante da sociedade egípcia. Como inúmeros povos da antiguidade, os egípcios eram politeísta, ou seja, adoravam diversos deuses. De um modo geral, esses deuses correspondia ás forças naturais mais importantes no cotidiano egípcio. Não por acaso, os principais deuses eram Rá ( o sol ), e Osíris ( o Nilo ). Animais como  o boi, o crocodilo, o gato e o falção eram considerados sagrados.
    Algumas divindades locais ganhavam expressão em todo o Egito, quando a cidade em que eram adoradas se tornava o centro administrativo. Foi o que aconteceu com Tebas, por exemplo, a partir do Médio Império. O deus local Amon foi identificado com Rá, dando origem ao culto a Amon-Rá.
     Os  egípcios admitiam que cada pessoa tinha uma alma que sobreviveria enquanto o corpo não fosse destruído. A preservação do corpo era possível por meio da mumificaçao, uma complexa técnica de embalsamar os mortos.
    A preocupação com os mortes levou os egípcios a construir túmulos duradouros. Dentre eles os  mais grandiosos são as pirâmides, que guardavam, num compartimento secreto, a múmia dos faraós. Nas mastabas ( construção simples, de formato trapezoide) e nos hipogeus ( túmulos subterrâneos ficavam sepultados nobres ilustres.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

EGITO - ECONOMIA

    A economia era controlada pelo faraó, dono nominal da maioria das terras. Grande parte das atividades produtivas era organizada e administrata por ele, desde o planejamento e a construçao de canais e diques para a irrigação das terras até o armazenamento e a distribuição da produção.
    A principal atividade era a agricultura. A produção agrícula, de modo geral, estava voltada para suprir as necessidades da populaçao. Cabia aos funcionários do soberano guardar uma parte dessa produção para ser distribuída em períodos de escassez.
    A pecuária era uma atividade importante, embora restrita aos templos que possuíam grandes extensões de terrra.
    A construção de embarcações, a tecelagem do linho, a cerâmica, a metalurgia e a vidraria ( foram so egípcios os inventores do vidro ) eram outras importates atividades produtivas.
    O comércio existia, mas foi mais intensamente praticado durante o Novo Imperio. Nesse período, os comerciantes egípcios negociavam com povos de regiões distantes, como os da Mesopotâmia e das ilhas do mar Ege.

EGITO - A SOCIEDADE

    A sociedade egípcia era dividida em camadas sociais entre as quais havia profundas diferenças. Todo o poder estava centralizado nas mãos de faraó, que era considerado um deus. Chamamos essa forma de governo teocracia. O faraó era o grande, o chefe dos exércitos, o juiz. Como soberano absoluto de todo o território, dominava os grupos sociais, organizando e administrando todas as atividades econômicas.
   Os  sacerdotes constituíam uma categoria poderosa e influente, em razão da importância da religião para os egípcios. Como guardiões dos templos, eles recebiam a administrava as oferendas feitas aos deuses pela população.
   Os  parentes do faraó e os altos funcionários formavam um espécie de nobreza. Os últimos administravam, em nome do faraó, as quarenta e duas províncias (nomos) unificadas do Egito.
   Os  escribas, aqueles que aprendiam a lidar com números e a manejar a complicada escrita egípcia, exerciam uma função destacada na sociedade. Após um longo treinamento ao lado dos sacerdote, o escriba podia asceder socialmente e exercer altos cargos religiosos ou administrativos.
    Uma  parte da população era constituída por artesãos, que trabalhavam, geralmente, nos oficios gerados pela construção de templos e túmulos. Eram, entre outros, tecelões, marceneiros, sapateiros, pedreiros, ferreiros, pintores, escultores, perfumistas, ourives.
   A maioria da população era constituída por camponeses, que trabalhavam nas terras pertencentes ao faraó, aos templos e aos nobres. Eles deviam entregar ao senhor da terra parte  de sua colheita ou dos animais que criavam. Além disso, deviam trabalhar na construção e manutenção dos canais e dos diques.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

EGITO - A ESCRITA HIEROGLÍFICA

   Desde o quarto milênio a.C., os egípicios desenvolveram um complexo sistema de escrita, chamada hieroglíficas. Os hieroglíficos, palavra grega que significa caracteres sagrados, eram constituídos de pequenos desenhos com múltiplos significados. Em geral, esses desenhos eram gravados ou pintados nas paredes dos túmulos e dos templos.
   Quando escritos sobre papiro - uma espécie de papel que os egípcios fabricavam a partir de uma planta de mesmo nome, que crescia em abundância no vale do rio Nilo - os hieróglifos tinha de ser abreviados, originando uma escrita simplificada á qual se deu o nome de hierática. Por fim, os egípcios desenvolveram o demótico, que é uma forma mais popular de escrita, proviniente de uma simplificação da forma hierática.
   Em 1822, um professor de história, o francês Jean François Champollion, conseguiu decifrar os hieróglifos.
   Champollion   tomou como base a Pedra de Roseta, uma lápide de basalto preto, encontada no delta do Nilo, em 1799, por membros da expedição de Napoleão Bonaparte. A pedra contém um único texto, datado de 196 a.C., escrito em três sistemas de notação: hieroglífico, demótico e grego. Partindo do grego, uma língua que já conhecia, Champollion conseguiu identificar as mesmas palavras nas outras duas escritas e, assim, pôde determinar o significado de cada uma das grafias.
   Dessa forma tornou-se possível ampliar o conhecimento sobre diversos aspectos da sociedade egípcia. essa pesquisas deram origem á egiptologia,  área do conhecimento que estuda o Egito antigo.

EGITO - O RIO NILO

   As cheias periódicas do rio Nilo transformaram o Egito numa espécie de oásis em meio ao deserto do nordeste africano. Elas são provocadas por chuvas abundantes que caem na nascente do rio, no interior do continente, e chegam ao Egito depois de atravessar uma extensão de terra de mais de 5 mil quilômetros.
   As cheias começam no final de junho e atingem seu volume máximo em setembro; em seguida, o rio começa  a baixar, voltando ao seu leito em dezembro. Com as cheias, as águas inundam uma grande extensão das margens e formam uma espécie de limo, o húmus, que torna as terras muito férteis.
   Desde o período Neolítico, os grupos humanos que viviam nessa região perceberam que poderiam tirar proveito disso. Aprenderam que, ao serem plantados logo após o recuo das águas, os vegetais cresciam rapidamente e podiam ser colhidos antes do início da nova enchente.
   Ao longo de muitas gerações, os egípcios foram aprimorando um amplo sistema de irrigação. Construindo  diques e canais, aprenderam a controlar e a aproveitar ao máximo as inundações para o desenvolvimento da agricultura.
   A importância das águas do Nilo para a população que vivia em suas margens era tal que os egípcios consideravam o rio um de seus deuses. No século VI a.C., o historiador grego Heródoto, refletindo sobre essa condição, chegou a afirmar que o Egito era uma "dádiva do Nilo".