Ao contrário do que ocorrreu na parte da América colonizadada por espanhóis e portugueses, a colonizaçao inglesa no norte do continente não foi feita pelo Estado, mas por empresas privadas. O processo de ocupaçao também foi bem diferente: as colônias inglesas na América do Norte receberam , desde o começo do século XVII, enorme fluxo de europeus em busca de oportunidades nas novas terras.
Segundo o economista Celso Furtado, calcula-se que, durante quase três séculos- de 1509 a 1790-,cerca de 150 mil pessoas deixaram a Espanha em direção a América. Já da Inglaterra, somente no século XVII saíram aproximadamente 500 mil. As razões para que tantos ingleses deixassem suas terras e decidissem viver no novo continente não foram poucas.
A partir do século XV, a Inglaterra passou por um lento processo de mudanças na organização do trabalho e na estrutura da propriedade rural, com conseguências desastrosas para a população camponesa. A valorizaçao da lã como matéria-prima da fabricação de tecidos nos Países Baixos levou muitos senhores de terras a cerca as terras comunais antes ultilizadas pelos camponeses, para criar ovelhas.
Esse processo de cercamentos, como ficou conhecido, estendeu-se também a vasta áreas anteriormente ocupadas pelos camponeses, provocando desemprego e migrações de trabalhadores do campo para a cidade, onde nen sempre encontravam ocupação. Isso fez com que, no decorrer do século XVII, muitos deles, ou seus descendentes, emigrassem para a América do Norte.
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