O condado Portucalense, recebido como feudo por Henrique de Borgonha, estava ligado por laços de vassalagem ao reino de Leão e Castela. Em 1139, Afonso Henrique, filho de Henrique de Borgonha, rompeu vínculo e se proclamou Afonso I, rei de Portugal, iniciando a disnastia de Borgonha (1139-1383) e a história de Portugal como reino independente.
Nos anos seguintes, organizaram-se as instituições do Estado português. Ao lado da Monarquia, estabeleceram-se as Cortes Gerais, órgão constituído pela família real, pelo clero e pela nobreza
Em 1383, com a morte do rei dom Fernando, o trono português deveria passar para sua filha, que estava casada com o rei de Castela. Diante da possibilidade de união dos dois reinos, a burguesia, a população e uma parte da nobreza se rebelaram a aclamaram um novo rei, dom João I, mestre de Avis (nome de uma orden militar). Em seguida, as forças portuguesas conseguiram derrotar os castelhanos e garantir a independência de Portugal.
Esse movimento, denominado Revolução de Avis (1383-1385), consolidou a monarquia centralizada e fortaleceu a burguesia mercantil, que estabeleceu estreitos vínculos com o rei.
Graças a essas mudanças, antes de qualquer outra região da Europa, Portugal reuniu as condições constitutivas do Estado moderno: um território unificado, gerido por um governo soberano e forte, reconhecido e aceito pela população. Essa precoce centralização política seria um dos componetes que permitiriam a Portugal lançar-se antes de qualquer outro reino europeu no empreendimento da expansão marítimo-comercial.
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