quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

AS CRUZADAS

    Nos século XI, grande parte dos domínios árabes, incluindo a Terra Santa - que englobava Jerusalém e outros lugares onde Jesus viveu e pregou sua doutrina - , caiu em poder dos turcos seldjúcidas, um povo vindo do Oriente que se convertera ao Islã. Diferentemente dos árabes, que nunca haviam se oposto ás peregrinações dos cristãos á Terra Santa, os turcos as proibiram.
    Diante disso, o papa Urbano II, falando aos nobres reunidos em Clermont, na França, em 1095, fez-lhes um apelo pela libertação da Terra Santa. Por trás da exortação estava o interesse da Igreja em aumentar seu prestígio e expandir seu domínio sobre os territórios controlados pelos muçulmanos.
    A adesão dos nobres ao apelo do papa foi quase imediata. Para eles, as espedições á Terra Santa seriam uma forma de conquistar terras, prestígio e riquezas no Oriente. Afinal, muitos estavam empobrecidos por causa do direito de primôgenitura.
    Assim  , no ano seguinte, tiveram início as Cruzadas. Costurando cruzes vermelhas sobre as roupas, nobres, camponeses, pobres, mendigos e até mesmo crianças partiram da Europa em grandes expedições militares com o objetivo de conquistar a Terra Santa, tomando-a dos muçulmanos.
    A     primeira Cruzada (1096-1099) conseguiu conquistar Jerusalém após três anos de lutas. A vitória permitiu a criação de alguns Estados cristãos na Palestina, nos quais as terras foram distribuídas como na Europa feudal. Pouco tempo depois, entretanto, a Terra Santa foi novamente tomada pelos muçulmanos.
    Fizeram-se  outras sete Cruzadas a última das quais em 1270. Todas fracassaram. Apesar disso, como consequência delas, o Mediterrâneo foi reaberto á navegação européia e os contatos culturais e comerciais entre o Ocidente e o Oriente foram restabelecidos.
     

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