sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

IMPÉRIO BIZANTINO - A IGREJA SE DIVIDE

   A disseminação de imagens ou ícones representando Cristo ou figuras de santos, era fortemente atacada em Constantinopla por algumas correntes mais espiritualizadas do cristianismo. Segundo esses adeptos, o uso de imagens representava um retorno á idolatria, contrária aos preceitos cristãos. Por trás dessa questão, na verdade, estavam escondidos aspectos políticos e econômicos. A fabricação e a venda de imagens ficavam predominantemente nas mãos de monges, que lucravam muito com esse comércio. Isentos de qualquer tipo de tributo, os monges concentravam em seu poder grandes propriedades e riquezas, o que era também interpretado como uma ameaça ao poder central.
   A disputa entre iconólatras, que praticavam o culto de imagens, e iconoclastas, contrários a elas, agitou o Império nos séculos VIII e IX. Essa disputa, por sua vez, acirrou as rivalidades entre o patriarcado de Bizâncio e o papa de Roma. A interferência do último em defesa da produção de ícones associada a  inúmeras outras divergência acabou provocando mais tarde, em 1054, o chamado Cisma do Oriente, que dividiu a igreja Católica em duas: Igreja Católica Apostólica Romana e Igreja Católica Ordotoxa Grega.  

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