A vida dos árabes passou por completa transformação a partir do advento de uma nova religião. Seu fundador foi Maomé, nascido em Meca, provavelmente em 570. Orfão desde pequeno, Maomé foi adotado por um tio e se integrou ás atividades comerciais da família. Durante grande parte da vida, foi condutor de caravanas, o que lhe permitiu entrar em contato com outros povos e conhecer outras culturas e religiões.
Quando estava com cerca de 40 anos, começou a ter visões reveladoras. Numa delas, o anjo Gabriel teria lhe dito: "Há um só Deus, Alá, e um só profeta, Maomé".
A partir dessas revelações passou a pregar uma nova religião, o Islâ, que significa submissão a Deus. Seus principais fundamentos associavam as crenças árabes, o judaísmo e o cristianismo.
Depois de converter sua própria família, Maomé passou a pregar o Islã aos beduínos, em Meca. Os comerciantes da cidade, entretanto, receavam que o monoteísmo pregado pelo Islã afastasse os peregrinos e prejudicasse o comércio. Hostilizado e perseguido, Maomé fugiu de Meca,, refugiando-se na cidade de Yatreb - conhecida hoje como Medina, isto é, cidade do profeta. O ano da fuga de Maomé - Hégira, em árabe -, ocorrida em 622, é considerado o primeiro do calendário muçulmano.
Em Medina, Maomé continuou pregando a nova religião. Em pouco tempo, o islamismo conquistou muitos seguidores, impondo-se por toda a Arábia por meio da pregação.
Em 630, Maomé retornou vitorioso á cidade sagrada. Retirou da Caaba todas as imagens de deuses do culto politeísta, dedicando o templo unicamente á adoração de Alá.
Maomé faleceu pouco depois. Tinha então organizado um Estado teocrático e lançado os fundamentos ideológicos de um grande império. Foi sucedido por califas. Os quatro primeiros foram escolhidos entre os familiares do profeta.
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