quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

SURGE A ITÁLIA

   Por volta de 1830, a peninsula Itálica encontrava-se dividida em vários pequenos reinos e ducados, muitos deles sob domínio estrageiro. Os reinos de Milão e de Veneza e os ducados de Modena e da Toscana, por exemplo, estavam submetidos ao Império Austríaco. No sul, o Reino das duas Sicílias, considerado autônomo, era governado por um membro do ramo espanhol da dinastia dos Bourbon, de origem francesa. Outro Estado independente, mas sob constante vigilância da Áustria, era o Reino do Piemonte-Sardenha, situado no norte da península e governado pela dinastia de Savóia. Já os Estados Pontifícios gozavam de autonomia sob o poder do papa.
   Em 1848, sob o impacto do movimento revolucionário na França, diversos desses territórios foram agitados por manifestações em defesa da independência e da unificação da península. Durante as lutas, duas tendência se delinearam. Um delas, formada por republicanos, tinha como líder Giuseppe Garibaldi. A outra, composta de monarquistas, contava com o apoio do rei do Piemont-Sardenha. Seu principal articulador era o conde Camilo Cavour, que divulgava sua proposta de unificação pelo jornal Risorgimento.
   Covour aliou-se ao republicano Garibaldi, que havia participado das revoluções liberais de 1830 e 1848 e lutado no Brasil a favor da República dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Em 1860, Garibaldi liderou uma insurreição popular vitoriosa no Reino das Duas Sicílias. O rei Fernando II foi destronado e, por meio de um plebiscito, a região acabou sendo incorporada ao Piemonte. Seis anos depois, os italianos apoiaram a Prússia na guerra contra a Áustria. Com a vitória prussiana, veneza passou a fazer parte do novo país, cuja unificação se consumou em 1870, ano em que o exército italiano invadiu os Estados Pontifícios, incorporando-os á Itália.

  

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