A guerra franco-prussiana mobilizou sentimentos nacionalisma de ambos os lados. Em Paris, a paixão nacional foi exacerbada pela capitulação do imperador e pela arrogância com que os prussianos trataram a França, ao proclamar o Segundo Reich no palácio de Versalhes. A esse ressentimento os operários de Paris juntaram o ódio de classe, responsabilizando a burguesia pelos resultados da guerra. Em março de 1871, paixões e ressentimentos tomaram a forma de rebelião operária e popular. Indignados, os trabalhadores da capital pegaram em armas e criaram a Comuna de Paris.
A Comuna era um órgão de governo formado por representantes da população trabalhadora, eleitos por voto direto. Seus componentes vinham de grupos políticos radicais e socialistas. Considerada por muitos historiadores a primeira experiência de revolução proletária vitoriosa, a Comuna de Paris proclamou a igualdade civil entre homens e mulheres, instituiu pensões para órfãos e viúvas, aboliu o trabalho noturno nas padarias e adotou a bandeira vermelha como símbolo da "República social".
Embora fosse apoiada pelos trabalhadores de Paris, a Comuna não conseguiu atrair a simpatia da maioria da população, composta de camponeses, e tinha contra si o ódio dos grupos dominantes. Estes formaram seu proprio governo em Versalhes, armaram um exército e marcharam sobre a capital revolucionária, ocupando-a em 21 de maio de 1871. Na repressão que se seguiu, 20 mil revolucionários foram mortos.
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