Durante muito tempo, a China permaneceu fechada a qualquer influência de outras regiões, sobretudo do Ocidente, procurando preservar intacta sua cultura milenar. Até o seculo XIX, por exemplo, apenas o porto de Cantão estava autorizado a comerciar com o Ocidente. Porém, em virtude de suas grandes dimensões, o país era cobiçado pelas naçoes européias, que aguardavam apenas uma oportunidade para estender seu domínio sobre a região.
Tentando criar essa oportunidade, comerciantes ingleses se dedicaram ao tráfico de uma droga muito consumida pelos chineses: o ópio. A droga saía de Bengala, na Índia, e era introduzida ilegalmente na China, afrontando decisões do governo chinês, que havia proibido sua entrada no país. Para coibir a atividade, a partir de 1839 as autoridades chinesas passaram a apreender e destruir os carregamentos.
A medida serviu de pretexto para que os ingleses deflagrassem a Guerra do Ópio (1839-1842). O confronto teve consequências desastrosas para a China, que foi obrigada, entre outras exigências, a ceder a ilha de Hong Kong, abrir cinco portos ao comercio exterior e pagar uma indenização de guerra aos ingleses.
Mais tarde, o país seria submetido a novas humilhações pela Inglaterra, que provocou duas guerras do ópio em 1856 e 1858. Depois de cada conflito, a China era forçada a pagar novas indenizações e a abrir outros portos ao comércio inglês. Alguns anos mais tarde, sobreveio a Guerra Sino-japonesa (1894-1895), na qual o país perdeu a Coréia e a ilha Formosa para o Japão.
A expansão do Japão contrariou os interesses das potências ocidentais. Alegando que a China era incapaz de se defender, essas nações passaram a competir por concessões territoriais e privilágios econômicos no país. A partir de 1895, a China foi dividida em zonas de influências. Em cada uma delas, uma potência assumiu o direito de comerciar e fazer investimento, além de contar com a garantia de que a área não seria alienada em favor de outro Estado.
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