segunda-feira, 23 de abril de 2012

A IUGOSLÁVIA

   A Iugoslávia constituiu um caso à parte no Leste europeu. A expulsão dos nazistas foi obra dos próprios iugoslavos, comandado por seu maior líder, Josip Tito, o marechal Tito. Apoiado principalmente pelo pequeno campesinato, o movimento de libertação, à medida que avançava, promovia o confisco de propriedades e a reforma agrária. Assim, o estabelecimento do Estado socialista na Iugoslávia ocorreu paralelamente à luta contra a ocupação nazista e seus colaboradores.
   Em janeiro de 1946, uma Assembléia Constituinte proclamou a nova forma de organização da Iugoslávia. A monarquia, abolida durante a Segunda Guerra, deu lugar a um país composto de seis  repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia e Motenegro. A Sérvia reunia em suas fronteiras duas províncias autônomas, sendo uma delas Kosovo, onde a maioria da população era de origem albanesa.
   Apoiando-se em sua enorme popularidade, Tito procurou seguir uma orientação independente de Moscou. Ao contrário dos soviéticos, os iugoslavos promoveram a descentralização política e administrativa, dando prioridade à gestão local e reduzindo a intervenção do governo central. Com isso, Tito atraiu para si o ódio de Stalin, que não admitia dissidência nem manifestações de autonomia. Assim, em 1948 a URSS rompeu relações diplomáticas com a Iugoslávia.
   Apesar do rompimento, Tito conseguiu governar durante várias décadas, neutralizando as tensões entre as diversas etnias que compunham a população iugoslavia. Depois de sua morte, as diferenças étnicas e religiosas se acirraram, desencadeando sérios confrontos.

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