sábado, 29 de dezembro de 2012

A GREVE DE 1917

   Em julho de 1917, uma greve geral, acompanhada de gigantescas manifestações de rua, paralisou São Paulo. No bairro do Brás, onde se concentravam a maior parte dos trabalhadores imigrantes, houve violentos tiroteios entre os grevistass e a polícia. Os trabalhadores reivindicavam aumento salarial, proibição do trabalho de menores de catorze anos, jornada de oito horas, pagamento de horas extras com acréscimo de 50%, fim do trabalho aos sábados à tarde, garantia de emprego, respeito ao direito de associação, medidas contra a carestia, redução no preço dos aluguéis.
   A paralização operária em São Paulo terminou alguns dias depois com a vitória parcial dos grevistas. Mas novas greves voltariam a eclodir nos anos seguintes na capital paulista e em outros cidades do país.

O ANARQUISTAS E SOCIALISTAS NO BRASIL

   Entre 1900 e 1930, diversas tendências de esquerda atuaram entre os operários do Brasil, destacando-se o anarquismo e o socialismo. Os anarquistas queriam suprimir o Estado e a propriedade privada, enquanto o socialistas lutavam pela transformação da sociedade por meio de reformas pacíficas. Uma das variantes do anarquismo era o anarcossidicalismo, cujos os integrantes viam os sindicatos como prrincipal instrumento de luta contra o estado burguês e a sociedade capitalista.
   Os anarcossidicalistas lideraram por muito tempo o movimento operário de São Paulo e de outras cidades. A partir de 1920, surgiu o Partido Cominista do Brasil, que passou a atuar também entre os trabalhadores.

A COMPRA DO ACRE

   O Acre era um território boliviano, mas começou a ser ocupado por serigueiros braasileiros no final do século XIX, justamente por causa da extração da borracha. O governo da Bolívia reagiu à invasão, e cedeu a exploração do terrotório a uma empresa formada por capitais norte-americanos, ingleses e alemães, The Bolivian Syndicate.
   Sentindo-se prejudicada, a população brasileira da região, liderada pelo gaúcho Plácido de Castro, promoveu um levante armado. A revolta, iniciada em 1902, terminou no ano seguinte,  com algumas vitórias dos rebeldes brasileiros. Os resultados desfavoráveis ao exército boliviano levaram o país a concordar em vender o território do Acre ao Brasil, em 1903, por 2 milhões de libras esterlinas.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O VOTO NO BRASIL SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO DE 1891

   A Constituição da república de 1891, a primeira republicana, baixou a idade mínima do  eleitor para 21 anos e eliminou a exigência de renda, aumentou o número de eleitores, que passou para 2% da população, isto na eleição para presidente em 1894. Um aumento de 100% do eleitorado.
  Contraditoriamente, a Constituição republicana exigia que o eleitor fosse alfabetizado, mas não garantia a todos o ensino público e gratuito.

O VOTO NA MONARQUIA DO BRASIL

   Durante a Monarquia no Brasil, as eleições eram indiretas e censitárias. Os eleitores de primeiro grau, com renda anual de 100 mil-réis, elegiam os eleitores de segundo grau, que deviam ter renda de 200 mil-réis anuais. Estes últimos elegiam deputados e senadores.
     Em 1881, a Câmara aprovou uma reforma eleitoral que proibiu o voto ao analfabeto e eliminou o eleitor de primeiro grau. Com isso, a eleição passou a ser direta, mas o requisito de renda foi estabelecido em 200 mil-réis; a idade mímina continuava sendo 25 anos. Com essas exigências, no final do Império, o número de eleitores havia caído para menos de 1% da população.

AS GUERRAS DE REDIVISÃO

   Escrevendo nas últimas décadas do século XIX, Lenin, o futuro líder da revolução socialista na Rússis, observou que a prrincipal característica desse período era a divisão final da terra, no sentido de que a política colonial dos países capitalistas tinha completado a tomada das terras não ocupadas em nosso planeta.
   Pela primeira vez, segundo Lenin, o mundo estava dividido, de forma que no futuro só seriam possíveis redivisões, isto é, a trensferência de um "dono" para outro, e não de um território sem dono para um "dono".

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MANIFESTO REPUBLICANO

  Publicado em dezembro de 1870, o Manifesto republicano criticava a falta de liberdade e o absolutismo do imperador dom Pedro II, denunciando o isolamneto a que a monarquia condenava o Brasil.
   Somos da América e queremos ser americanos. A nossa forma de governo é, em sua essência e sua prática, oposta e hostil ao direito e aos interesses dos Estados Americanos. A permanência dessa forma tem de ser forçosamente, além da origem da opressão no interior, a fonte perpétua da hostilidade e das guerras com os povos que nos rodeiam. (...) O nosso esforço dirige-se a suprimir esse estado de coisas, pondo-nos em contato fraternal com todos os povos e em solidariedade democrática com o continente de que fazemos parte.

A FAMÍLIA REAL NO BRASIL

   A presença da família real no Brasil, era um fato inusitado e acabou  provocando muitas transformações no Brasil. Veja alguma.
- Fundação do Banco do Brasil, em 1808;
- Criação da Impresa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e para publicação de jornais, em 1808;
- Abertura de escolas, entre elas duas de medicina - uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro;
- Instalação de uma fábrica de pólvora e de indústrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo;
- Vinda da Misssão Artística Francesa, em 1816, e a fundação da Academia de Belas-Artes;
- Mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar capitanias e passaram a denominar-se províncias, em 1821;
- Criação da Biblioteca Real , em 1810, do Jardim Botânico, em 1811 e do Museu Real, em 1818.   
   

A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL

   Ao chegar ao Rio de Janeiro em 1808, dom João tratou logo de organizar o governo, distribuíndo os cargos administrativos entre homens da nobreza.
   Além dos nobres que não dispunham de meios próprios de vida, havia monsenhores, desembargadores, empregados da casa real, médicos....
  Assim, o governo foi  constituído com os vícios que o caracterizavam em Lisboa: empreguismo, utilização dos recursos públicos para fins privados do rei, da nobreza e da alta burocracia do Estado, desperdício, corrupção.
  Com toda essa gente vivendo à custa do governo, foi preciso aumentar a carga de impostos. Dessa forma, a receita pública subiu mais de quatro vezes entre 1808 e 1820

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SOCIEDADE LITERÁRIA

   Ao lado de mineiros e baianos que tramavam contra o domínio da metrópole, um movimento semelhante surgiu, em 1794, no Rio de Janeiro, embora de menores proporções e limitado a um grupo de intelectuais que se reunia na Sociedade Literária.
   Essa entidade funcionava desde 1771, data em que fora fundada com o nome de Academia Científica do Rio de Janeiro. Nela, discutiam-se assuntos filosóficos e políticos. Nas últimas reuniões, a figura de destaque era Manuel Inácio da Silva Alvarenga, poeta e professor de retórica, diplomado em Coimbra.
  Como aconteceu em Minas Gerais e na Bahia, os implicados foram deletados e presos - ao todo, dez pessoas. Entretanto, como as autoridades não encontraram provas de que eles tinham concebido um projeto de conspiração, todos foram libertados em 1795. 

MANIFESTO DOS CONJURADOS DA BAHIA

   O poderoso e magnífico povo bahiense republicano desta cidade da Bahia Repulicana considerando os muitos e repetidos latrocícios feitos com os títulos de impostura, trributos e direitos que são celebrados por ordem da Rainha de Lisboa, e no que respeita a inutilidade da escravidão do mesmo povo tão sagrado, e digno de ser livre, com respeito à liberdade e à igualdade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja  exterminado para sempre o péssimo jugo ruinável da Europa (...).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

BÁRBARA ALENCAR E A REVOLUÇÃO DE PERNAMBUCANA

   No dia 29 de abril de 1817, por determinação do Governo revolucionário de Pernambuco, a família Alencar, sob o comando de Bárbara, recebeu a misssão de libertar o Ceará da dominação portuguesa, o que ocorre no dia 3 de maio de 1817, quando o Diácono José Martiniano de Alencar subiu ao púlbito na Matriz do Crato e proclamou a independência e a república.
   Em consequência, Bárbara de Alecar, perseguida, fugiu para a Paraíba, onde foi presa. Qualificada entre os presos como "infames cabeças", foi enviada para Icó, Ceará, depois para Fortaleza, onde, posteriormente, foi recambiada para Recife e, depois, transferida para a prisão na Bahia, onde foi cruelmente torturada.
   No seu cárcere, no subsolo, uma pequena cela de tortura que não cabia um homem em pé, recebia uma só refeição por dia. Libertada três anos depois, faleceu em 28 de agosto de 1823, na Fazenda Touro, de sua propriedade, localizada no Estado do Piauí. 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

BÁRBARA DE ALENCAR

   Uma das primeiras haroínas brasileira, Bárbara Pereira de Alencar nasceu a 11 de fevereiro de 1760, na fazenda Caiçara, de propriedade de seu avô, Leonel Alencar Rêgo, patriarca da família Alencar, localizada no município de Exu, no Sertão pernambucano.
   Ainda adolescente, Bárbara mudou-se para a então Vila do Crato, no Ceará, e casou-se com o comerciante português José Gonçalves dos Santos, teve quatro filhos: João Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar, pai do romancista José de Alencar.
  Bárbara e seus filhos aderiram aos ideários e participaram das lutas de movimentos como à  Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador em 1824, cujos objetivos eram libertar Pernambuco do jugo português e instituir um sistema republicano de governo 

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A OPÇÃO MONARQUISTA DE SAN MARTÍN

  Segundo San Martín, as instituições monárquistas constituiriam a base sobre a qual era possível negociar na Europa a independência.
 Evitariam a guerra civil, as paixões populares desencadeadas contra as classes possuidoras, que eram a seu ver as únicas capazes de dar uma organização sólida à sociedade americana. 
 Era federalista e dfensor da idéia de uma América do Sul composta de nações independentes.
  

REVOLUÇÃO NO HAITI

  A primeira colônia a se tornar totalmente independente na América, depois das colônias inglesas, foi o Haiti, e constitui um caso raro pelo fato de o movimento ter sido conduzido por descendente de escravos afircanos.
  Correspondendo à metade francesa da ilha de São Domingos ( a outra metade pertencia à espanha), o Haiti tinha sido colonizado pela França, cm base na produção de açúcar. Os escravos de origem africana compunham 90% da população da ilha. As lutas contra os colonizadores começaram em 1791 e logo a população negra encontrou seu líder no ex-escravo Toussaint L'Ouverture, que comandou o movimento pela emancipação da ilha e dos escravos. Entretanto, L' Ouverture foi preso e enviado para a França, onde morreu em 1803.
   No ano seguinte, a luta recomeçou e outro escravo, Jean-Jacques Dessalines, conseguiu proclamar a independência do Haiti 

O SURGIMENTO DO BONAPARTISMO

  Se explica pela crise social e política que a França vivia por volta de 1800. A crise decorria do fato de que nenhuma das classes sosiais em conflito era capaz de se impor politicamente. Esse quadro de desordem pública abriu caminho para o aparecimento de um homem forte, um ditador, que se colocou acima das classes sociais e assumiu o papel de árbitro entre eles.
  Nos dois casos, a ditadura bonapartista recebeu aprovação popular por meio de plebiscitos, forma de consulta pela qual os eleitores devem responder se aprovam ou não determinada proposta.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

BONAPARTISMO

   No vocabulário político, a palavra bonapartismo designa um tipo de governo semelhate ao que foi exercido, primeiro, por Napoleão Bonaparte (1799-1815) e, mais tarde, por seu sobrinho, Luíz Bonaparte (1848-1879), que se sagraria imperador da França, em 1815, com o nome de Napoleão III.
 Originalmente, o bonapartismo combinava elementos do despotismo ilustrado e do pensamento iluminista de Rousseau. A partir de 1851, incorporou ao seu programa reivindicações sociais impostas pelo desenvolvimento industrial.

O CÓDIGO NAPOLEÔNICO

   O Código Napoleônico consolidou o poder da burguesia. De modo geral, cumpriu a função de proteger a propriedade - não a feudal, mas a burguesa.
   O Código tinha cerca de 2 mil artigos, dos quais apenas sete tratava do trabalho e cerca de oitocentos da propriedade privada.
  Os sindicatos e as greves eram proibidos, mas permitia-se a criação de associações de empregadores. Numa disputa judicial envolvendo discussão salarial, exemplo, o Código determinava que o depoimento do patrão e não do empregado, fosse levado em conta. O Código foi feito pela burguesia e para a burguesia, pelos donos da propriedade para a proteção da propriedade.

sábado, 1 de dezembro de 2012

FRANÇA - OS MESES DA REVOLUÇÃO

  Como o novo calendário, instituído em 1793, os meses receberam novos nomes, relacionados com o clima e com o trabalho agrícola.
 Os meses de outono passaram a ser Vindinário, Brumário e Frimário; os de inverno, Nivoso, Pluvioso e Ventoso; os de primavera, germinal, Floreal e Prairial; os de verão, Messidor, Termidor e Frutidor.
 Daí expressões como reação termidoriana e Golpe de 18 Brumário. 

FRANÇA - O TERCEIRO ESTADO

  No período imediatamente anterior à revolução Francesa, circulou entre os franceses um folheto escrito pelo abade Sieyés, que, embora clérigo, era deputado pelo terceiro estado e acabou participando das grandes decisões de 1789.
  No folheto, assim Sieyés sintetizou os anseios e a importância desse grupo social:
  O Que é o terrceiro estado? Tudo. O ele tem sido na política francesa até hoje? Nada. O que pede ele? Ser qualquer coisa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O LIVRE-COMÉRCIO DE ADAM SMITH

    Todos os sistemas, sejam de preferência ou contenção devem ser afastados, estabelecendo-se o simples e óbvio sistema de liberdade natural.

  Todo homem, desde que não viole as leis da justiça, fica perfeitamente livre de procurar atender a seus interesses, de forma que desejar, e colocar tanto sua indústria como capital em concorrência com os de outros homens ou ordem de homens.

MOVIMENTO LUDITA

  As ações de protesto contra as máquinas inventadas para economizar mão-de-obra já vinham acontecendo na Inglaterra há muito tempo. Mas foi em 1811 que expolodiu uma forma mais radical de protesto, o movimento ludita (nome de Ned Ludd, que teria sido um de seus líderes).
  Os luditas invadiram as fábricas e destruíram a maquinaria, que não só tirava o trabalho dos artesãos como impunha aos operários condições desumanas de trabalho. os integrantes do movimento sofreram dura repressão e foram condenados à prisão, à deportação e até à forca. Alguns anos depois, os operários ingleses adotaram métodos mais eficazes de luta.

PROCESSOS IDÍLICOS

   A descoberta de ouro e pratas na América, o extermínio, a escravização das populações indíginas, forçadas a trabalhar no interior das minas, o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais e a transformação da África num campo de caçada lucrativa são os acontecimentos que marcam os albores da era da produção capitalista.    
  Esses processos idílicos são os fatores fundamentais da acumulação capitalista.

sábado, 24 de novembro de 2012

A GUERRA GUARANÍTICA

  O território dos Sete Povos das Missões, destinado a Portugal pelo Tratado de Madri, era habitado poe índios guaranis aculturados sob a administração de jesuítas castelhanos. No termo do tratado todos eles deveriam abandonar a região e se tranferrir para o lado ocidental do rio Uruguai para que os portugueses pudessem tomar posse da terra.
  Entretanto, so indíginas, liderados pelo cacique Sepé Tiaraju e com o apoio dos jesuítas, se recusaram a sair do território e pegaram em armas para resistir às tropas luso-espanholas enviadas de Buenos Aires e do Rio de Janeiro com o objetivo de enfrentá-los, Em seguida entre 1753 e 1756 houve uma sucesssão de conflitos, que ficaram conhecidos como Guerra Guaranítica. Ao  final do confronto, as missões foram destruídas e os indíginas, derrotados, dispersaram-se pela regão.

A REFORMA POMBALINA

  Com Pombal, iniciou-se uma fase re reformas educacionais. Os Jesuítas foram expulsos em 1759. Seus colégios foram fechados e os seminários que se encontravam sob sua influência entraram em crise. Com as reformas, o Estado assumiu diretamente a responsabilidade sobre a instrução escolar, cobrando um imposto, o "subsídio literário", e introduzindo as aulas régias.
  O governo, além disso, movido por uma visão pragmática do conhecimento científico, tomou uma série de medidas culturais e educacionais a fim de dinamizar a produção de matérias-primas na colônia em benefício da metrópole, entre as quais o apoio à constituição de academias científicas e literárias, e a criação de instituições educacionais e aulas voltadas para estudos práticos científicos.

A EXPLORAÇÃO DOS DIAMANTES

   Em 1729, ao ser notificado da existência de diamantes no Arraial do Tijuco, hoje Diamantina, em Minas Gerais, a Coroa declarou sua extração monopólio real e determinou, em 1734, a criação do Distrito Diamantino, cuja administração ficou a cargo da Intendência dos Diamantes.
  Dez anos depois, a exploração das gemas passou a ser feita mediante contrato com particulares. O contratador pagava uma importância à Coroa e ficava com a exclusividade da extração. O mais conhecido dos contratadores foi o desembargador João fernandes de Oliveira, famoso por sua relação com a ex-escrava Chica da Silva.
  Em 1771, a extração voltou a ser feita com exclusividade pela Fazenda Real.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

OS CAMPOS GERAIS

  No decorrerr da primeira medade do século XVIII, foram deslocados para a Colônia do Sacramento, colonos de outras partes do Brasil e de Portugal. Ali, ele recebiam terras na expectativa de produzir trigo, mas essa lavroura não prosperou.
   Os colonos voltaram-se então para a pecuária. É que havia na rigião, conhecida como campos gerais, rebanhos de gado vacum vivendo à solta. esse gado havia pertencido às missões jesuítas, destruídas pelos bandeirantes no século XVII. Domesticado pelos colonos recém-chegados, passou a ser a base de uma nova atividade econômica. Com o tempo, a criação de gado prosperou e começaram a surgir na região algumas povoações, como a do Rio Grande de São Pedro, fundada em 1737. Essas povoações dariam origem ao atual estado do Rio Grande do Sul, cuja principal atividade econômica seria por muito tempo a criação de gado.

COLÔNIA DO SACRAMENTO

   De acordo com o Tratado de Tordesilhas, os territótios que hoje fazem parte do Uruguai e do estado do Rio Grande do Sul  pertenciam à Espanha. Já no século XVI, entretanto, mapas lusitanos incluíam o rio da Prata no território pertencente a Portugal, sob o argumento de que o grande rio constituía a "fronteira  natural" entre as colônias americanas das duas potências.
   Esse argumento serviu de base à decisão de dom Pedro II de Portugal de determinar a fundação da Colônia do Sacramento, em 1680. Também foi esse argumento que os colonos luso-brasileiros procuraram legitimar seu avanço para o sul. Na realidade, o grande objetivo dos portugueses era controlar o rio da Prata, porta de entrada na parte sul do continente para as regiões produtoras de prata, metal explorado pelos espanhóis no interior da América.
   Para dominar a região, a Coroa portuguesa sabia que não bastava invocar o princípio da "fronteira natural". Era preciso também ocupar o território que se estendia até o rio da Prata. 

O COMÉRCIO DE ESCRAVOS INDÍGINAS

   A exploração da mão-de-obra indígina ampliou-se no século XVII, quando os holandeses, tendo ocupado o Nordeste brasileiro, passaram a dominar também as fontes de abastecimento de escravos na África. Com isso, as regiões da colônia portuguesa fora do domínio holandês - como a Bahia e o Rio de Janeiro - começaram a ter dificuldades para comprar escravos africanos. Os fanzendeiros e os donos de engenhos dessas regiões recorreram, então, aos índios fornecidos pelos paulistas. Nesssa época, a captura e venda dos nativos se transformou num lucrativo comércio realizado pelos bandeirantes, que num período de apenas 25 anos - de 1614 a 1639 -, chegaram a comercializar cerca de 300 mil indíginas.
   Com a expulsão dos holandeses, o tráfico de escravos africanos foi restabelecido, e diminuiu o interesse pelos escravos indíginas. Além, disso, com a Restauração em Portugal (1640), o governo espanhol passou a armar os índios das missões jesuítas, dificultando a ação das bandeiras de apresamento.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

GUERRA DOS MASCATES - O CONFLITO

   Em 1710, o rei de Portugal elevou o Recife à categoria de vila. Em novembro do mesmo ano, os olindenses invadiram a antiga freguesia, destruíram o pelourinho recém-construído e nomearam um novo governador. Lançaram, então, um manifesto no qual faziam uma série de exigências, como a anulação do ato, a não fixação de novos tributos e a extinção das dívidas dos senhores de engenho junto aos comerciantes.
   Um dos líderes da revolta, Berbardo Vieira de Melo, chegou a sugerir que Pernambuco se separasse de Portugal e adotasse a república como regime de governo. A propostta era muito avançada para a época.
   A reação dos mascates veio em junho de 1711. Seguiu-se um período de intensos combates, com vitórias de ambos os lados. As hostilidades só tiveram fim com a nomeação, pelo rei de Portugal, de um novo governador. Bernardo Vieira de Melo e outros líderes de Olinda foram presos e tiveram seus bens confiscados. Confirmado na condição de vila, o Recife acabaria conquistando a supremacia sobre sua irmã e rival. 

A GUERRA DOS MASCATES - CAUSA

   A causa imediata deste conflito, foi o descontetamento dos senhores de engenho residentes em Olinda com a elevação do Recife à condição de vila.
    O Recife era freguesia (espécie de bairro) subordinada a Olinda. Desde a ocupação holandesa, conhecia rápido desenvolvimento, graças sobretudo ao movimento de seu porto. Em Olinda, principal vila da capitania pernambucana, residiam muitos senhores de engenho da região. No Recife, moravam os comerciantes, geralmente portugueses.
  A relação entre comerciantes e senhores de negenho era conflituosa. Embora fossem ricos, os donos de engenho precisavam, com frequência, contrair empréstimos junto aos comerciantes do Recife, pois estes movimentavam grandes somas de dinheiro em suas atividades. Os donos de terras, em geral, consideravam-se nobres e desprezavam as pessoas que viviam do comércio. Por isso, apelidaram os recifenses de mascates. 

LEI ESCOLAR DE MASSACHUSETTS

   Em 1642, a colônia de Massachusetts promulgou a primeira lei que tratava de educação nas colônias norte-americanas, veja o trecho a seguir.
   Tomando em consideração o grande desleixo de muitos pais e mestres no adestramento dos filhos no aprendizado e no trabalho, e outros instrumentos que podem ser proveitosos à comunidade, esta corte ordena e decreta que em cada cidade os homens designados para a administração ficarão daqui por diante encarregados de previnir esse mal, de modo que serão suficientemente punidos com multas pelo descumprimento deste decreto; e para este fim eles, ou a mioria deles, terão poder de pedir contas, periodicamente, a todos os pais e mestres, e a seus filhos, do seu ofício e da ocupação dos filhos, especialmente da sua capacidade de ler e compreender os princípios da religião e as leis capitais do país.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CLICLO COMERCIAL NAS ANTILHAS

  Em meados do século XVII, os holandeses introduziram a produção de açucar em ilhas de colonização francesa e inglesa na região das Antilhas. Essas ilhas, até então ocupadas por pequenos proprietários, logo se converteram à monocultura da cana, e o trabalho livre deu lugar à mão-de-obra escrava.
  Extinta a economia de subsistência, a região passou a ser abastecida por gêneros alimentícios importados da Nova Inglaterra, que encontrou, desse modo, uma possibilidade de escoar seus excedentes.
    Com o tempo, essa atividade deu origem a um intenso comércio entre a Nova Inglaterra, as Antilhas e a África. Da Nova Inglaterra, os comerciantes saíam com carregamentos de trigo, peixe seco, madeira e outros artigos para vender nas Antilhas. Na volta, além de açucar, transportavam melaço, utilizado como matéria-prima na produção de rum. A bebida, levada em barris para a Àfrica, era trocada por escravos que, por sua vez, seriam transportados para as Antilhas e vendidos aos senhores de enhenho.

OS QUAKERS E A PENSILVÂNIA

   Por volta de 1652, surgiu na Inglaterra uma seita de tradição protestante denominada Sociedade dos Amigos. Fundada por Willian Fox, a seita opunha-se ao que chamava de excessos da igreja Anglicana, mas também rejeitava o calvinismo.
    Seus adeptos eram ridicularizados com o nome de quakers, que significa "trêmulos". Fox e seus seguidores preconizavam o pacifismo, a pureza moral, a solidariedade e a vida simples e frugal. Perseguidos ferozmente por Carlos II na Inglaterra, os quakers emigraram em masssa para a América, onde fundaram, em 1681, sob a liderança de Willian Penn, a colônia da Pensilvânia.

O PACTO DO MAYFLOWER

   Segundo a pensadora alemã Hannah Arendt, a diferença fundamental entre as colônias da América do Norte e todas as outras formas de colonização foi que apenas os emigrantes ingleses se empenharam, desde o início, no propósito de se congregar em "corpos políticos civis". esse propósito foi claramente definido no Pacto do Mayflower, em 1620, quando um grupo de puritanos ingleses fundou a colônia de Massachusetts.
     O Pacto do Mayflower não foi o único acordo de autogoverno estabelecido pelos colonos norte-americanos. A ele se seguiram outros, como as Ordenações Fundamentais de Connectcut, instituídas na colônia de mesmo nome em 1639, e o acordo de Colonização de providence, em 1640. Neste último caso, o pacto não estendia a determinada colônia, restrindindo-se a um distrito, uma pequena cidade e seus arredores.

domingo, 11 de novembro de 2012

NAUSSAU ESTENDE O DOMÍNIO HOLANDÊS

   Nassau conseguiu conquistar o Ceará e o Maranhão, estendendo o domínio holandês a metade das capitanias da colônia portuguesa. Em 1637, enviu à África uma expedição que ocupou o Castelo da Mina, importante entreposto português de escravos. Quatro anos depois, em 1641, outra expedição conquistaria Angola, passando a dominar o tráfico negreiro,principal fornecedor de mão-de-obra para a produção de açucar.
                                                         
  Apesar de todos os feitos de Nasssau, a WIC não concordava como sua política de conciliação entre holandeses e luso-brasileiros. Além disso, o conde opunha-se à pretensão da WIC de reduzir suas tropas de ocupação no nordeste da colônia. Essas divergências acabaram levando ao afastamento de Nassau, que voltou à Holanda em 1644.

NASSAU - RECIFE, A CIDADE MAURÍCEA

   Concluída a ocupação da maior parte da região nordeste da colônia portuguesa em 1637, a WIC (Companhia das Índias Ocidentais) enviou para governá-la o conde Maurício de Nassau. Militar de carreira, de formação calvinista, Nassau trouxe para a região artistas como Frans Post e Albert Eckhout, e homens de ciência, como o médico e astrônomo Jorge Marcgrav, entre outros.
   Urbanizou o Recife (chamada então de cidade maurícea) e providenciou a construção de pontes e de obras sanitárias. Dotou a cidade também de um jardim zoológico e de um observatório astrônomico. Enfim, transformou o antigo povoado em sede de seu governo. Apaziguou os ânimos dos senhores de engenho e praticou uma política de tolerência religiosa, permitindo a liberdade de culto a católicos e judeus. Por tudo isso, Nassau conquistou a simpatia da população e da elite de senhores de engenho, que voltaram a produzir açucar, agora para os holandeses.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PALMARES - GANGA ZUMBA E ZUMBI

   Enquanto existiu, e mesmo depois de sua distruição, Palmares foi um estímulo à luta dos escravos pela liberdade. Por isso, as autoridades da colônia lançaram contra ele diversas expedições militares. Em 1678, diante do insucesso das investidas, o governo de Pernambuco chegou a negociar uma trégua com o rei Ganga Zumba, principal líder dos quilombolas.
  Insastifeitos com o acordo, muitos negros se seblevaram, eliminando Ganga Zumba e colocando no poder seu sobrinho, um jovem líder guerrrilheiro chamado Zumbi. Com a mudança, reacenderam-se as hotilidades entre Palmares e as autoridades portuguesas. Em 1692, forças comandadas pelo bandeirantes paulista Domingos Jorge Velho lançaram-se contra o quilombo. Após muita reistência, Palmares doi destruído e seu líder, Zumbi, morreu em 20 de novembro de 1695.

QUILOMBO DOS PALMARES

   O mais famoso e duradouro quilombo do período colonial foi o de Palmares, localizado na serrra da Barriga, no sul da capitania de Pernambuco.
  Admite-se que os primeiros fugitivos a se fixar ali tenham chegado por volta de 1605. Aos poucos, o número de quilombolas foi crescendo, principalmente durante as invasões holandesas a Pernambuco (1630-1654). Calcula-se que, por volta de 1670, os diversos aldeamento que formavam Palmares abrigavam aproxmadamente 20 mil pessoas, o que fazia desse quilombo um dos maiores núcleos de povoamento da colônia.

ESCRAVO E STATUS SOCIAL

   O referencial da sociedade açucareira era o negro, era ele a moeda para a obtenção de terras e poder. O número de escravo definia o status de um branco. Sem escravos, um que fosse, nenhum colono poderia ser considerado realmente um homem livre. E mesmo as famílias mais pobres tinham seu escravo, que muitas vezes ganhava o sustento de todos.
   Saía-se à rua carregando em liteiras por escravos. Para montar, para vestir, para comer, para banhar-se, para tudo era mister escravos.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O COMÉRCIO TRIANGULAR

   O tráfico negreiro fazia parte do comércio triangular, um esquema mais amplo de negócios, envolvendo Portugal, a América portuguesa e a África.
   Navios partidos de Lisboa carregavam para as costas do golfo da Guiné produtos manufaturados, conduzindo depois para o Brasil escravos negros e, posteriormente, açucar brasileiro para Lisboa. Numa outra corrente de comércio, navios carregavam produtos manufaturados, vinhos, alimentos e artefatos de cobre de Portugal para o Brasil, levavam aguardente e tabaco para a África, retornando ao Brasil com  os negros, seguindo abarrotado de açucar para Lisboa.

A CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS

    A colonização portuguesa tinha implicações decisivas para a vida dos povos indíginas. O colonizador não só tomava suas terras como impunha o trabalho forçado e interferia em sua organização social. Os jusuítas, por sua vez, concorriam para acirrar as diferenças ao combater a atuação dos pajés (feiticeiros) e a prática da antropofagia e da poligamia.
   Em 1562, os povos nativos do litoral do atual Espírito Santo até São Paulo aliaram-se aos franceses e uniram-se a chamada Confederação dos Tamoios para enfrentar os portugueses. O conflito durou vários anos, com constantes ataques indígenas às vilas. Num desses episódios, o núcleo da atual cidade de São Paulo, no interior do continente, quase foi destruído, e os colonizadores expulsos da região. No final, porém, os índios saíram derrotados. Uma figura importante para apaziguar os ânimos dos revoltosos e pôr fim ao conflito foi o jesuíta José de Anchieta, que se encarregou das negociaçõles de paz com os nativos.

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS E SESMARIAS - PÚBLICO OU PRIVADO?

   Com a criação das capitanias hereditárias e das sesmarias, teve início na colônia portuguesa uma longa tradição: a da confusão entre público e privado.
    Toda siciedade organizada politicamente em Estado engloba duas esferas de atividades. Uma é a esfera pública, formada pelo governo, pelas instituições do Estado e pelas relações que dizem respeito ao interesse público. A outra é a esfera privada, que abrange, por exemplo, as relações familiares e os interesses econômicos dos indivíduos. Para que exista democracia, é preciso que essas duas esferas não se confundam.
  Ora , com a criação das capitanias hereditárias, algumas atribuições do poder público - por exemplo, funar vilas, nomear funcionários - passaram a ser exercidas por indivíduos particulares, os capitães donatários. Estes inauguraram a tradição em nossa história de tratar a coisa pública como se fosse privada. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

GENOCÍDIO ESPANHOL

   A conquista espanhola das terras americanas constituiu um processo de extermínio rápido e brutal, uma verdadeira "catástrofe demográfica". Segundo dados, nos trinta anos que se seguiram à conquista, a população do Império Asteca foi reduzida de 25 milhões para 6,3 milhões de pessoas, a  dos Andes baixou de 10 milhões para 2,5 milhões.
   O frei Bartolomé de Las Casas, que testemunhou parte da conquista e tornou-se um de seus maiores críticos.
      

ESPANHA - RELIGIÃO E CONQUISTA

   Que direito tinha a Espanha de se apoderar de uma terra já habitada?. Por que a França, os Países Baixos e a Inglaterrra não gozavam do mesmo privilégio?.
    Na época, essa era uma quetão complicada para os europeus e foi alvo de longas discussões entre teólogos e juristas. A justificativa para a conquista espanhola era de ordem religiosa: o papa havia reconhecido o direito da Espanha às novas terras com o argumento de que, ao ocupá-las e ensinar a religião de Cristo a seus habitantes, a Coroa espanhola estaria prestando um serviço ao catolicismo.

BRASIL - TRONCOS LINGUÍSTICOS

   O tronco tupi abrange o maior número de povos. À época da chegada dos portugueses, esses povos espalhavam-se por quase todo o litoral, pela região do atual estado do Rio Grande do sul e pela zona centro-sul da Amazônia.
    O tronco jê compreendia também numerosos povos, além dos jês propriamente ditos: botocudos, cariris, entre outros. Eles habitavam o grande planalto central brasileiro, desde o Maranhão até o alto Paraguai.
    Os povos dos dois troncos menores, aruaque e karib, por sua vez, ocupavam a vasta região amazônica, com ramificações para outras partes da América do Sul: os aruaques para o oeste e os karib para o norte.
      Outros povos, como os panos, os tucanos, os ianomâmis e os guaicurus, não foram classificados em nenhum dos trocos por terem traços muito particulares.  

BRASIL - DIVERSIDADE LINGUÍSTICA

   Acredita-se que, à época da chegada dos portugueses, em 1500, mas de 1000 línguas nativas eram faladas pelos indíginas. Muitas acabaram desaparecendo ao longo dos anos, o que dificulta sua identificação. no entanto, atualmente se sabe que ainda existem cerca de 170 línguas vivas.
  Uma das mais recentes classificação feitas por estudiosos do assunto considera que os indíginas do Brasil pertencem a quatro trocos linguístico, de acordo com suas semelhanças e diferenças. Os historiadores empregam essa mesma classificação para agrupar e situar os povos indíginas do passado. Na ordem provável de tamanho, os quatro troncos são os seguintes : tupi, jê, karib e aruaque.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

GUERRA E ANTROPOFAGIA

   A finalidade da guerra, entre os indíginas, era manter o domínio tribal sobre os territórios ocupados, vingar a morte de parentes, ou ainda fazer prisioneiros para o ritual antropofágico. A antropofagia servia para expressar o ódio ao inimigo e a vontade de adquirir as qualidades de bravura do guerreiro morto.
 Entre os antigos tupinambás, o prisioneiro de guerra era propriedade daquele que o tinha capturado. O proprietário podia mesmo dá-lo de presente a outros indivíduos, parentes seus. Mas o prisioneiro não se destinava a produzir bens para seu proprietário; este, depois de algum tempo, sacrifica-o no ritual antropofágo, ganhando assim mais um nome.

O TRATADO DE TORDESILHAS

   Segundo o tratado, as terras e mares encontrados ou por encontrar (desde que não pertencentes a nenhum rei cristão) seriam dividido entre Espanha e Portugal. O meridiano que passa a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde foi tomado como linha divisória. as terras localizadas a leste pertenceriam a Portugall. As restantes seriam da Espanha.
   Para os portugueses, o tratado era altamente positivo, pois lhes assegurava a posse do litoral atlântico da África, região que já vinham explorando. A Espanha acabaria impondo seu domínio sobre grande parte do continente americano e sobre os povos que o habitavam. Com os metais preciosos encontrados no novo continente, tornar-se-ia a nação mais rica da Europa.