quinta-feira, 31 de maio de 2012

EUA - DOUTRINA DE SEGURANÇA NACIONAL

   Como os EUA envolvidos na Guerra do Vietnã, surgiu uma estratégia complementar para combater o avanço do comunismo: a Doutrina de Segurança Nacional.
   De acordo com as diretrizes da doutrina, caberia aos militares latino-americanos a tarefa de combater os comunistas, os partidos de esquerda e as lideranças sindicais. Ao mesmo tempo, os militares deveriam buscar o desenvolvimento econômico de seus países. Essa política resultou em vários golpes de Estado e na implatação de regimes militares em diversos países latino-americanos. O primeiro deles ocorreu no Brasil em 1964. A seguir, seria a vez da Bolívia (1964), do Uruguai (1972), do Chile (1973) e da Aargentina (1976).

quarta-feira, 30 de maio de 2012

EUA - ALIANÇA PARA O PROGRESSO

   Para conter o avanço socialista na América Latina após a Revolução Cubana de 1959, o presidente dos EUA Jonh Kennedy anunciou em 1961 um programa de auxílio á América Latina: a Aliança para o Progresso. Com ele os EUA se dispunha a conceder ajuda econômica aos governos comprometidos com um programa de reforma social que pudesse servir de alternativa ao comunismo. Mas a Aliança para o Progresso foi abandonada logo depois da morte de Kennedy, em 1963.
   Em seu lugar, montou-se nova estratégia, a teoria da contra-insurgência. Segundo essa teoria, era preciso treinar os militares latinos-americanos e prepará-lo para enfrentar as guerrilhas, técnica de guerra empregada pelos cubanos que se popularizou entre os miulitares de esquerda em várias    regiões da América. Para o treinamento desses militares, criou-se no Panamá e Escola das Américas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA

   Assim que terminou a Segunda Guerra Mundial, os EUA procurou garantir o apoio dos países americanos á sua política anticomunistas. O primeiro passo nessa direção foi o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (tiar), assinado no Rio de Janeiro em 1947. O acordo previa que todo ataque ao território ou á soberania de qualquer um dos países americanos seria revidado pelas forças conjuntas do continente.
   Em 1948, na IX Conferência Interamericano, realizada em Bogotá, os EUA lançaram as bases da Organização dos Estados Americanos (OEA). O órgão procurava vincular ainda mais os países do continete á política norte-americana. No ano seguinte, foi criado o programa de ajuda econômica á América Latina, conhecido como Ponto Quatro, uma variante do Plano Marshall.

ARGENTINA - JUAN DOMINGO PERÓN

   Perón foi um dos mais importantes líderes políticos da América Latina. Em 1943, depois de participar de um golpe militar, assumiu a secretaria do Trabako e Previdência do governo argentino. Ao adotar uma política de benefícios sociais, conquistou o apóio popular e se elegeu presidente em 1946.
   No governo, Perón implementou um programa social denominado justicialismo. Segundo ele mesmo, tratava-se de uma alternativa ao capitalismo a ao comunismo.
  Perón  procurou fortalecer também os órgãos de repressão política, combateu os sindicatos livres, concedeu aumento de salários e amplos benefícios sociais aos trabalhadores, estimulou a industrialização e nacionalizou empresas estrangeiras.
  No  início, o governo peronista gozava de uma situação econômica confortável, decorente das exportações de carnes e de cereais para os países envolvidos na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1949, porém, os preços desses produtos caíram no mercado internacional. Logo a crise atingiu o país, com a diminuição das atividades produtivas, desemprego e alta inflação. Não demorou para que surgissem manifestações de descontetamento. Em resposta aos protestos, o governo partiu para a repressão dos manifestantes.
   Em 1955, no auge das tensões, Pérón foi deposto por um golpe militar. O líder justicialista passou então a viver no exílio, só que, mesmo estando distante, conseguiu manter alto índice de popularidade. Em 1973, foi novamente eleito presidente da Argentina, mas morreu no ano seguinte.

domingo, 27 de maio de 2012

AMÉRICA LATINA - O POPULISMO

    Em vários países da América Latina, a primeira metade do século XX foi marcada por processos de industrialização e urbanização, como ocorreu no Brasil, no México e na Argentina. O crescimento das indústrias e das cidades acabou enfraquecendo o poder dos antigos grupos oligárquicos, ligados á produção agrícola e até então no controle do Estado.
   O fenômeno abriu caminho para uma nova prática política, o populismo. Os líderres populistas que surgiram (Getúlio Vargas, no Brasil; Lázaro Cárdenas, no México; e Juan Domingo Perón, na Argentina) direcionavam seu discurso e suas ações ás populações urbanas. Prometiam a realizaç;ão de amplas reformas econômicas de cunho nacionalista, rápido desenvolvimento industrial e diminuição dos conflitos sociais.
   Na prática, porém, o populismo mostrou-se incapaz de resolver os problemas estruturais da sociedade. Ao fim de alguns anos, as políticas econômicas desses governo davam sinais de ineficiência. O aumento excessivo dos gastos público, provocando déficits elevados e alta da inflação, também foi responsável pelo aprofudamento da crise nesses países.

EUA - POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA

   A partir da crise de 1929, a política dos EUA para a América Latina apresentou significativa mudança. Em 1933, Franklin Delano Roosevelt assumiu a presidência do país. Ao mesmo tempo que colocava em prática o New Deal, plano interno de recuperação econômica, Roosevelt deu início á política da boa vizinhança com os países latinos-americanos.
   A partir de 1934, os EUA revogaram a tutela sobre Cuba, além de encerrar a ocupação do Haiti e renunciar ao controle das alfândega da República Dominicana.
   Essa política se justificava para atrair a simpatia dos países da América Latina, que na época recebiam ofertas econômicas da Alemanha nazista, em busca de novos aliados. Nesse contexto, os EUA aceitaram projetos nacionalistas, como a desapropriação das empresas petrolíferas no México a a construçãao da usina siderúrgica de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, financiada pelos próprios norte-americanos.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CUBA - SOB O DOMÍNIO DOS EUA

   Os espanhóis saíram de Cuba em 1898, mas ficaram as tropas norte-americanas, sob o pretexto de proteger a região da tentativa de recolonização. Os Estados Unidos deixaram a ilha apenas em 1902, com a inserção de uma emenda na Constituição cubana quer preservava os interesses norte-americanos na ilha, autorizando-os inclusive a intervir militarmente no país.
   No início do século XX, os norte-americanos injetaram ainda mais capital na América Latina e se teransformaram no segundo maior investidor da região, ficando apenas atrás da Inglaterra. Ao mesmo tempo, deram início a uma política de intervençãao armada na região, com o objetivo de salvaguardar os investimentos realizados e defender os ingteresse do país.
   A política de intervenção era justificada pelo presidente Theodore Roosevelt, em 1904, com argumentos encontrados na Doutrina Monroe: se os EUA haviam restrigido a ação das potências européias no continente, tinham agora o dever de protreger e cuidar desses países.
   Lançado mão dessa prerrogativa, so EUA ocuparam diversas vezes Cuba, Nicarágua, Haiti e República Dominicana, sem contar a intervenção na política interna do México, em 1914, e da Colômbia, em 1903.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

AMÉRICA LATINA - SOB A LIDERRANÇA DOS EUA

   Desde o século XIX, os norte-americanos procurvam cumprir um papel de liderança entre os países do continente. Foram os primeiros a reconhecer a independência das novas nações latino-americanas e, em 1823, criaram a Dotrina Morroe, contrária a qualquer intervenção européia no continente.
   Durante boa parte do século XIX, essa liderança não se traduziu em intervenção direta nos assuntos internos dos países latino-americano. A principal exceção ocorreu em relação ao México, que teve seu território anexado pelos EUA.
   Após o fim da Guerrra de Secessão, em 1865, os EUA passaram por rápido processo de industrialização e se lançaram á conquista de mercado consumidores e produtores de matérias-primas. Os primeiros alvos foram Cuba e Porto Rico, ainda colônia da Espanha. Nesses países, os norte-americanos fizeram grandes investimentos no setor açucareiro. Em 1898, declararam guerrra á Espanha por causa da explosão de um encouraçado norte-amerricano no porto de Havana, Cuba. Vitorioso, forçaram o governo espanhol a ceder-lhes Porto Rico e as Filipinas, além de reconhecer a independência de Cuba.

terça-feira, 22 de maio de 2012

AMÉRICA LATINA

   Por mais de três séculos, a América Latina foi submetida a intensa exploração pelos países europeus. Essa relação de submissão continuada fez surgir no continente uma sociedade marcada pela injustiça e pela desigualdade social.
   No início do século XIX, quando o capitalismo industriaal se fortaleceu na Europa, os países latinos-americanos começaram a conquistar autonomia. A independência, contudo não representou melhoria nas condições de vida da população mais pobre. O domínio espanhol e português simplismente seria substituído pela tutela inglesa, o país mais industrializado do mundo naquele momento.
   No século XX, numerosos conflitos abalaram a América Latina, que passou a conviver também com a intenvenção dos EUA nos assuntos internos dos países  da região. Longe de conquistar estabilidade social e política, diversos países latino-americanos acabaram sendo palco de ditaduras longas e violentas.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CONFERÊNCIA DE BANDUNG

   O processo de descolonização deu origem a dezenas de novas nações na África e na Ásia. Os EUA e a URSS esperavam que esses países se alinhassem a seus blocos. Mas a prioridade dos novos governos era reoganizar seus países, destroçados por anos de ocupação. Por isso, nações como a Índia, o Egito e a Indonésia, por exemplo, procuraram manter uma posição de neutralidade e não se alinharam a nenhuma das duas superpotências.
   Nessa fase de auto-afirmação, as nações recém emancipadas do jugo colonial prrocuraram estabelecer suas próprias alianças, princípios e formas de organização, á margem dos dois blocos antagônicos. Para isso, realizaram, em 1955, na cidade indonésia de Bangung, a Conferência Afro-Asiática.
   Mais conhecido como Conferência de Bandung, o encontro reuniu 29 países da África e da Ásia e definiu os princípios gerais do movimento: direito á autodeterminação dos povos; condenação do colonialismo e da segragação racial; rejeição á divisão do mundo em dois blocos antagônicos.

domingo, 20 de maio de 2012

ÁFRICA - A HERANÇA DO COLONIALISMO

    Para os povos africanos, a independência significou a conquista da soberania e da autodeterminação, mas não a independência econômica. Durante a período em que estiveram na África, as potências imperialistas pouco se preocuparam em desenvolver a economia da região, em educar suas populações e em promover o progresso. Assim, quando se retiraram do continente, deixaram atrás de si um rastro de miséria e degradação.
   Conquistada a independência, os países africanos continuaram a cultivar produtos agrículas para o mercado externo, e setores fundamentais da economia (petróleo, minérios, diamantes) permaneceram em poder de empresas estrangeiras. As disputas pelas riquezas e as rivalidades tribais (acentuadaas pela arbitrariedade da demarcação das fronteiras) passaram a alimentar guerras intermináveis.

ÁFRICA DO SUL - 0 APARTHEID

    A África do Sul, o país mais rico e desenvolvido do continente, era governado por uma minoria, descendente de holandeses e ingleses que colonizaram a região. A partir de 1911, essa elite impôs uma série de leis que garantiam seu domínio sobre a população negra. Em 1948, passou a vigorar oficialmente no país o regime de segregação racial, chamado apartheid (separação). O regime negava direitos civis aos negros e impedia que eles fossem proprietários de terras. Na década de 1950, o Congresso Nacional Africano (CNA), intidade negra fundada em 1912, radicalizou a luta contra o apartheid, conclamando os negros á desobediência civil
   A patir de 1960, o governo sul-africano desencadeou violenta repressão contra o CNA e seus dirigentes. Nelson Mandela, o principal líder negro, foi preso em 1962 e condenado á prisão perpétua. A luta dos negros ganhou força, com o apoio crescente de muitos países e da opinião pública mundial, o que levou o regime racista da África do sul ao isolamento diplomático. Pressionado por todos os lados, o governo sul-africano teve de fazer concessões a partir de meados da década de 1980, começou a desmontar o apartheid. Em 1990, Mandela foi libertado e três anos depois dividiu com o então presidente De Clerk o Prêmio Nobel da Paz. Em 1994, foi eleito presidente da África do Sul e governou o país até 1999.

sábado, 19 de maio de 2012

ÁFRICA PORTUGUESA

   Mesmo depois de muitos países africanos terem conseguido a independência, Portugal insistiu em manter seu domínio sobre as colônias do continente. Revoltados, os grupos nacionalistas locais, a partir de 1960, recorreram á força para conquistar a emancipação das colôniaas.
   Portugal, nessa época, vivia sob a ditaduraa de salazar, no poder desde de 1932. O país enfrentaava grave crise econômica, que se intensificou com o desgaste provocado pelas guerras nas colônias africanas. Por isso, costuma-se afirmar que as lutas anticoloniais da África foram o estopim da Revolução dos Cravos, de 1974. Esse movimento, liderado por militares portugueses insatisfeitos com a situação do país, derrubou o governo, controlado por Marcelo Caetano, substituto de Salazar, e estabeleceu a democracia em Portugal. O novo governo retitou seu país da África e reconheceu a independência das colônias sob seu domínio: Guiné-Bissau, em 1974, e Angola, Cabo Vrde, Moçambique e São Tomé e Príncipe, em 1975.

A GUERRA DA ARGÉLIA

    A Argélia, só se tornou independente após uma longa e sangrenta guerra contra os franceses.
    País de população árabe localizado no norte da África, a Argélia foi ocupada pela França a partir de 1830. Dessa época em diante, um grande contigente de colonos europeus se deslocou para a região e constituiu ali uma elite dominante. A cultura francesa foi introduzida no país, e a língua árabe, falada pela maioria da populaçãao, deixou de ser insinada nas escolas públicas.
   O movimento pela independência argelina surgiu logo depois da Segunda Guerrra Mundial. Em 1954, os nacionalistas partiram para a luta armada, organizados na Frente de Libertação Nacional (FLN). Os combatentes se estenderam até 1962, quando Charles de Gaulle, presidente da França, negociou um acordo para a retirada dos franceses. Com a independência, constituiu-se a república Democrática popular da Argélia.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA

    Até  1995, havia no continente africano apenas cinco países independentes: Egito, Líbia, Libéria, Etiópia e África do Sul. A partir de então, cresceram os movimentos pró-indepenência, movidos por forte nacionalismo. Como resultado, o número de Estados independentes aumentou rapidamente, saltando para 26, no final de 1960, e para 37, em 1965.
   Desde o começo da descolonização, os líderes africacos procuraram dar um sentido comum á independência. Com esse objetivo, realizaram, em 1958, a Primeira Conferência dos Estados Africanos, que seria criada cinco anos depois, em 1963. O estatuto da organização reconhecia o direito á autodeterminação dos povos e a necessidade de cooperação, e manifestava o desejo de colocar as riquezas do continente a serviço de sua população e de combater o colonialismo sob todas as formas.

terça-feira, 15 de maio de 2012

OLP - POR UM ESTADO PALESTINO

   A partir de 1959, os palestinos começaram a se organizar militarmente para reconquistar sua pátria. Surgiram diversas organizações guerrilheiras. Uma das mais importantes foi a Al-Fatah, liderada por Yasser Arafat. Em 1964, foi criada a Organização para libertação da Palestina (OLP), que reunia diversos movimentos guerrilheiros, inclusive a Al-Fatah.
   Em 1973, a OLP, com Yasser Arafat na direção desde 1969, passou a ser reconhecida pelos árabes como representante do povo palestino.
   Em 1979, Israel e Egito assinaram o acordo de paz de Camp David, que previa a devolução por parte de Israel das terras tomadas do Egito a abria novas perspectivas para o convívio entre árabes e israelense no Oriente Médio. Mas as tensões não diminuíram. O reconhecimento do Estado de Israel por parte do Egito provocou críticas duras entre os povos árabes. Anuar Sadat, presidente  egípcio que assinou o acordo, acabou assassinado em 1981.
   Em  1987, teve início um novo tipo de reação palestina: a Intifada. Armados apenas com pedras, os palestinos passaram a reagir á ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Em 1988, a OLP deu passo significativo para estabelecer um acordo com os israelenses, ao reconhecer o Estado de Israel, renuciar ao terrorismo e proclamar o Estado palestino, essas ações possibilitaram vários acordos entre os dois povos na década de 1990, mas não puseram fim ao conflito.

ÁRABES X ISRAELENSE

   Os palestinos não acataram a resolução da ONU de dividir seu território e partiram para a guerra com o apoio de outros países árabes. Em 1948, os exércitos do Egito, da Síria, da Jordânia e do Iraque atacaram Israel. Encontraram homens bem armados e foram derrotados. Israel aproveitou para ampliar os limites do teritório concedido pela ONU e anexou parte da Palestina. A Jordânia e o Egito ocuparam a outra parte. Aos palestinos não restou alternativas senão mudar para países árabes vizinhos, onde passaram a viver em campos de refugiados. Desde então, eles lutam para reconstruir seu país.
    Em 1967, os países árabes ameaçaram iniciar nova guerra. Os judeus, atacaram antes. O novo confronto ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, do qual Israel saiu vitorioso, triplicando seu território, com a ocupação da parte oriental de Jerusalém, da península do Sinal, das colinas de Golã e da Cisjordânia.
  Em  outubro de 1973, outro conflito abalou a região. Aproveitando-se do feriado judaico do Yom Kippur (Dia do Perdão), tropas do Egito e da Síria desencadearam um ataque surpresa. Os israelenses reagiraam e conseguiram vencer o conflito.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL

   Com a Declaração de Balfour, o fluxo migratório crescia velozmente na Palestina, apesar de restrições da Inglaterra. Em  1936, os judeus já constituíam 28% da população em território palestino, e muitos lavradores árabes eram expulsos de suas terras pelos novos colonos. O processo alimentava forrtes hostilidades entre judeus e árabes, principalmente quando estes começaram a reagir à violência  à opressão a que eram submetidos.
   A  ascensão do nazismo na Alemanha e a consequente perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial acabaram favorecendo a causa sionista. A Inglaterra cedeu às pressões e autorizou o aumento da migração para a Palestina, o que agravou o choque entre judeus e árabes.
    Em 1945, quando a guerra terminou e a tragédia judaica nos campos de concentração nazistas passou a ser divulgada, o mundo todo começou a defender a idéia de se criar uma pátria para os judeus. Em 1947, a ONU decideu, com a anuência de norte-americanos e soviéticos, dividir a Palestina para a formação de dois estados, um judeu e outro árabe. Em 14 de maio de 1948, ao mesmo tempo que as tropas inglesas se retiram da região, era anunciado o nascimento do Estado de Israel, com capital em Telavive.

ORIENTE MÉDIO

    Após a Primeira Guerra Mundial, com o colapso do Império Otomano, que controlava a região, o Oriente Médio ficou quase inteiramente sob o domínio da Inglaterra e da França. Aos poucos, porém, alguns países alcançaram a independência, como o Líbano, em 1941, a Síria e a Jordânia, em 1946, e o Kuwait, em 1961.
    A região da Palestina, no entretanto, constituiu um caso à parte. Até o final da Primeira Guerra, os árabes formavam a maior parte da população, junto com uma minoria de judeus e cristãos.
   Com o fim do conflito, em 1918, a Palestina passou a ser controlada pela Inglaterra, que aprovou a Declaração de Balfor, um compromisso,  do governo inglês em eatabelecer na região um Estado judaico.
    Desde o fim do século XIX, porém, judeus provinientes de várias partes do mundo se deslocaram para a Palestina, fugindo de perseguições. Essas pessoas eram estimuladas e financiadas pelo Movimento Sionista, formado em 1897, cujo principal objetivo consistia na criação de um Estado judeu na Palestina.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

TIMOR LESTE

   O Timor Leste foi colonizado  pelos portugueses a partir do século XVI. Em 1975, o país ibérico se retirou da região, deixando para trás uma sociedade mergulhada na guerrra civil e na pobreza. No ano seguinte, a Indonésia ocupou o país, reprimindo ferrozmente os opositores políticos, ao mesmo tempo que tentava impor a língua indonésia e a religião muçulmana a uma população de maioria católica.
   Em agosto de 1999, a Indonésia realizou um plebiscito com a população timorense, que aprovou a independência do pequeno país. A decisão provocou uma onda de violência entre partidários e adversários da emancipação, com um saldo de 7 mil pessoas mortas pelas milícias pró-Indonésia. Para pôr fim ao massacre, a ONU interveio na região, criando uma administração provisória. Em agosto de 2001, foi eleita uma Assembléia Constituinte para elaborar a Constituição e estruturar o novo Estado. Em abril de 2002, os cidadãos do Timor Leste elegeram livremente seu primeiro presidente da República.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

INDONÉSIA UM ARQUIPÉLAGO DE CONTRASTES

   A Indonésia é um arquipélago formado por 17 500 ilhas que fica entre os oceanos Índico e Pacífico.
   Dominada pelos países Baixos desde o século XVII,a Indonésia foi ocupada pelos japoneses em 1942. Três anos depois, os invasores foram expulsos do território e o líder nacionalista Sukarmo proclamou a independência. No governo, Sukarmo aproximou-se dos comunistas, mas foi deposto por um golpe militar em 1966, quando o general Suharto assumiu o poder e estabbeleceu uma ditadura no país, que duraria até 1998.

A GUERRA DO VIETNÃ

    Diante da atitude do governo norte-americano, de não cumprir o acordo da Conferência de Genebra, os comunistas que viviam, portanto, na parte "capitalista" do Vietnã, sob influência dos EUA, organizaram a Frente de Libertaçãao Nacional, com um exército de guerrilheiros conhecidos como vietcongue. O objetivo era a reunificação do país sob o regime de Hanói. Mas os EUA estavam convencidos de que, se os comunistas tomassem o Vietnã, em seguida controlariam também ostros países da região. Para impedir que isso acobtecesse, os EUA começaram a enviar cada vez mais ajuda militar ao governo de Saigon.
   Além de ajudar o governo de Saigon, os EUA, desde 1964, passaram a realizar bombardeios sistemáticos no Vietnã do Norte, de quem os vietcongues recebiam ajuda. Apesar da violência dos ataques, os comunistas resistiram e ganharam um poderoso aliado: a opinião pública mundial, que passou a condenar a participação dos EUA na guerra.  A campanha contra a Guerra do Vietnã se intensificou entre os próprios norte-americanos, pois crescia muito o número de americanos mortos ou mutilados na guerra.
   Como resultado dessas pressões e das derrotas para o vietcongue no campo de batalha, em 1973 o presidente Richard Nixon deu início à retirada das forças norte-americanas do Vietnã. A guerra, porém, se prolongou até 1975, quando os guerrilheiros vietcongues tomaram Saigon. Em 1976, o Norte e o Sul foram reunificados em um só país, a República Socialista do Vietnã, com sede em Hanói.

domingo, 6 de maio de 2012

GUERRA NA INDOCHINA

    A Indochina, localizada no sudoeste da Ásia, encontrava-se desde o século XIX sob domínio francês. Durante a Segunda Guerra Mundial, os japoneses assumiram o controle da região, mas com o fim   do conflito, o quadro mudaria outra vez. Liderados por Ho Chi Min, os comunistas da Liga pela independência - Também conhecida como Vietminh - proclamaram a emacipação do país. A França, no entanto, não reconheceu a independênciaa e em 1946 teve início uma luta que se estenderia até 1954, quando os franceses foram vencidos na batalha de Dien Bien Phu.
    No mesmo ano, um acordo assinado na Conferência de Genebra, Suíça, dividiu a Indochina em três países: Vietnã, Laos e Camboja. O Vietnã foi separado em duas partes, uma comunista (Vietnã do Norte, com Hanói como capital) e outra capitalista (Vietnã do Sul, com capital em Saigon). Em genebra também ficou acertado que, dois anos depois, haveria eleições para unificar o país. O acordo não foi cumprido, pois os EUA, com medo da vitória dos comunistas, não permitiram que se realizassem as eleições.

A INDEPENDÊNCIA DA ÍNDIA

   No início do século XX, a Inglaterra controlova a parte sul da Ásia, e a Índia era o principal centro de ocupação. Nesse país, o processo de independência foi conduzido pelo Partido do Congresso, fundado em 1885 por uma minoria nativa que havia estudado na Europa.
   Na década de 1920, com o fortalecimento do nacionalismo, o movimento passou a ser liderado por Mahatma Gandhi, que defendia métodos não violentos de luta, como a desobediência civil a e resistênciaa pacífica. A primeira estratégia se traduzia no boicote aos produtos ingleses a ao pagamento de impostos. A segunda em não reagir à repressão para vencer moralmente o inimigo.
   A estratégia foi bem-sucedida. Em 1947, a Índia tornou-se independente. Mas a Inglaterra impôs a divisão do território em dois país: a Índia propiamente dita, com uma população majoritariamente seguidora do hiduísmo, religiãao milinar; e o Paquistão, formado por dois territórios - o Paquistão Oriental (atual Bangladesh) e o Paquistão Ocidental -, separados milhares de quilômetros um do outro pelo norte da Índia e de população muçulmana. Mais tarde, em 1971, o Paquistão se emancipou e constituiu Bangladesh. Em 1948, a ilha do Ceilão, de maioria budista, tornou-se independente com o nome de Sri Lanka.
   Os conflitos étnicos e religiosos entre as diversas populações da região podem ser sentidos atá hoje.

sábado, 5 de maio de 2012

O FIM DO NEOCOLONIALISMO

   Nos anos que antecederam a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), podia-se observar em toda a Europa a diminuição do poderio mundial dos países do continente. A guerra acentuou esse declínio, e a primeira consequência acabou sendo a desintegração dos impérios coloniais que Inglaterra, frança, Bélgica, Itália e Holanda mantinha na África e na Ásia.
    A Guerra Fria  estimulou o processo de descolonização. Tanto os EUA quanto a URSS se opunham à manutenção do antigo sistema colonial. Era mais interesssante para as duas potências ampliar suas respectivas árreas de influência, por isso elas incentivaram muitos os movimentos de emancipação.
   O processo de descolonização se estendeu por três décadas. Durante esse período, os países europeus muitas vezes opuserram forte resistência às mudanças. Só foram complacentes nos casos em que puderam controlar o processo de amancipação e manter os novos países independentes sob sua influência. Asim, era possível preservar suas fontes de riquezas e o prestígio internacional.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

ÁFRICA E ÁSIA - COLÔNIAS E PROTETORADOS

   Entre o fim do século XIX e o início do século XX, os países industrializados transformaram o continente africano e grande parte da Ásia em colônias e protetorados. A intensa disputa por esses territórios foi um dos principais motivos da Primeira Guerra Mundial.
   Com o fim  da Segunda Guerra Mundial, os  impérios coloniais começaram a desmoronar e o domínio que as nações européias exerciam nesses territórios deu lugar ao surgimento de novas nações politicamente independentes.
   Em geral, os processos de independência foram solidificados por ideais nacionalistas e, muitas vezes, com a eclosão de conflitos sangrentos. Apesar da liberdade conquistada, os traumas de décadas de espoliação e humilhação desses povos deixaram marcas profundas nos continentes, como a miséria e os conflitos étnicos que perduram até hoje.
   Boa parte dos líderes dos movimentos de libertação nacional optaram pela luta armada como forma de ação. Uma notável exceção foi Mahatma Gandhi, que liderou a luta pela independância da Índia. defensor da não-violência, ele preferia recorrer à desobediência civil, conclamando os indianos a não cooperarem  com o governo inglês.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

CUBA E O SOCIALISMO

    As primeiras medidas do novo governo foram a reforma agrária e a nacionalização de empresas estrangeiras, quase todas norte-americanas. Além disso, Fidel deu início a forte repressão dos opositores, fuzilando muitos deles.
   Essas medidas provocaram a ira do governo dos EUA, que procuraram promover atos de sabotagem e atentados contra o novo regime cubano. As relações entre os dois países se deterioraram rapidamente, levando ao rompimento definitivo em janeiro de 1961. Ao mesmo tempo, o governo cubano assinou acordo de cooperação com a URSS, com a China e com outros países do bloco socialista. Em 1962, os EUA decretaram o bloqueio econômico e político a Cuba, que perdura, em grande parte, até os dias atuais.

A REVOLUÇÃO CUBANA

    Cuba tornou-se independente da Espanha em 1898, mas permaneceu sob tutela militar e econômica dos EUA. A economia cubana concentrava-se na produção de açucar para o mercardo norte-americano, sujeitando-se às oscilações da política desse país.
     Em 1952, às vésparas de uma eleição presidencial, o regime constitucional foi interrompido por um golpe de Estado comandado por Fulgêncio Batista.
     A situação desencadeou um movimenmto armado contra a ditadura de Batista, liderado por um jovem advogado, Fidel Castro. Em julho de 1953, o grupo tentou um ataque ao quartel de La Moncada, o mais importante do país. Não teve êxito, e Fidel acabou preso.
      Em 1955, Batista, que se mantinha no poder, concedeu uma anistia política, que beneficiou, entre outros, Fidel Caastro. Livre, o opositor foi para o México, onde reuniu um grupo de companheiros para voltar a Cuba e reiniciar a luta armada contra o governo de Batista. Ao desembarcar em Cuba, os rebeldes foram surpreendidos por tropas do governo. Os doze sobreviventes do combate travado com as tropas do governo, entre eles Fidel, seu irmão Raúl e Ernesto "Che" Guevara, um médico argentino, transferiram-se para Sierra Maestra, onde deram início à luta contra a ditaduraa de Batista.
    Com o apoio dos camponeses da região e da população urbana, o movimento liderado por Fidel se fortaleceu e conseguiu vencer a superioridade bélica das forças do governo, utilizando táticas de guerrilha. A vitória se consumou, após dois anos de luta, no de 1° de janeiro de 1959. Sete dias depois, saudado pela multidão, Fidel assumiu o poder em Havana.