sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O ÊXITO DA CHINA

   Não fossem os avanços na China, as estatísticas de desenvolvimento humano nos anos 1990 seriam ainda mais negativas.
     De fato, nesse período o país tirou da pobreza 150 milhões de pessoas, número equivalente à população brasileira em 1990. O feito inclusive mudou a direção do avanço mundial contra a pobreza. De 1990 a 1999, o número de pessoas no globo vivendo com memos de 1 dólar por dia diminuiu em 123 milhões (atingindo um total de 1,17 bilhão). Excluída a China, o movimento é o oposto: o resto do planeta viu aumentar tal parcela da população em 28 milhões de indivíduos.
    A China alcançou o mais alto crescimento econômico sustentado da história humana, conseguindo aumento per capita real de 8% na década passada.
    O sucesso espetacular da China esteve concentrado nas regiões costeiras.
    

O MASSACRE DA PRAÇA DA PAZ CELESTIAL

   Deng Xiaoping morreu em fevereiro de 1997, aos 92 anos, mas a política reformista de liberação econômica foi mantida por seu sucessor Jiang Zemin e confirmada no 15° Congresso do Partido Comunista chinês, realizado em setembro de 1997. Nesse encontro, os líderes chineses decidiram abrir mão do monopólio estatal da propriedade dos meios de produção e anunciaram um vasto programa de privatizaçõles. O país tinha, então mais de 300 mil empresas estatais, quase todas deficitárias. Apesar do gigantismo do número, essas empresas geraram apenas 30% da riqueza industrial.
   Essa política flexível e liberalizante no âmbito da economia estimulou grupos de oposição a se mobilizar em defesa de reformas democráticas que levassem ao fim  do manopólio do poder pelo Partido Comunista. Porém, ao contrário do que ocorreu no Leste europeu, na China a liberalização econômica não foi acompanhada de medidas de liberalização política.
   Dessa forma, o governo chinês tem reprimido sistematicamente as manifestações de oposição. O momento mais dramático desse processo ocorreu em 1989, quando milhares de estudante ocuparam a praça da Paz Celestial, em Pequim, protestando contrra a corrupção no alto escalão do regime e pedido mais democracia. Em resposta, o Exército abriu fogo contra os manifestantes, assassinando em massa de 2 mil a 3 mil pessoas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

ÍNDIA - CONFLITOS ÉTNICOS E RELIGIOSOS

   Além de vários problemas, a Índia se debate com conflitos étnicos e religiossos entre hinduístas e muçulmamos e entre indianos e sikhs. Os confrontos já provocaram no país diversos massacres e o assassinato da primeira-ministra Indira Gandhi, filha de Nehru, em 1984, por separatistas sikhs. Destino idêntico teve seu filho, Rajiv Gandhi, morto em 1991 por separatistas do Sri Lanka pertencente ao grupo étnico tâmil.
   A política externa indiana é marcada porr disputas territoriais com o Paquistão em torno da Caxemira ( de maioria mulçumana), um território encravado na fronteira dos dois países. essas disputas já provocaraam diversas guerras, a primeira das quais em 1947-1948. O conflito entre Índia e Paquistão é particulamente grave porque os dois países possuem  armas nucleares.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A ÍNDIA

   Após torna-se independente da Inglaterra, em 1947,  a Índia foi governada por Jawaharlal Nehru, que exerceu o cargo de primeiro-ministro até 1964. No plano interno. Nehru adotou uma política nacionalista de inspiração socialista, marcada pela estatização de bancos e pelo incentivo ao desenvolvimento industrial. Nehru morreu em 1964, mas o Partido do Congresso, que ele liderava, continuou a ser o mais forte do país. A partir de 1993, a Índia aderiu à onda neoliberal que se espalhou pelo mundo, promovendo uma política de abertura ao capital estrangeiro e de privatização das empresas estatais.
   A estrutura social da Índia apresenta profunda desigualdades. Seu PIB é o 15º  maior do mundo, mas sua renda per capita está  entre as mais baixas, pois a pópulação indiana já superou a marca de 1 bilhão de habitantes. Cerca de um terço dessa população (600 milhões de pessoas) vive em condições de miséria.
 
 
 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O CRESCIMENTO DA CHINA

   A morte de Mao Tse-Tung em 1976 marcou simbolicamente o fim da Revolução Cultural, iniciada dez anos antes, o poder passou a ser disputado entre um grupo radical chefiado pela mulher de Mao, Jiang Qing, e um setor mais moderado, sob a liderança de Deng Xiaoping, Deng acabou vencendo a disputa e deu início, em fins da década de 1970, a importantes reformas econômicas, com o objetivo de introduzir a economia de mercado na China. Nessa época, foram criadas as Zonas Econômicas Especiais (ZEE), com as quais o governo pretendia oferecer mão-de-obra barata e disciplinada, além de isenção de impostos, a investimentos estrangeiros.
   Desde então, a produção industrial na China não parou de crescer. Segundo dados do Ralatório anual do FMI (1999), entre 1965 e 1997, a taxa média de expansão do PIB chinêes foi de 8,5% ao ano, a maior entre todos os países no mesmo período. Entre 1979 e 1997, as exportações chinesas cresceram a uma taxa de 52% ao ano, em média. As empresas estrangeiras investiram 220 bilhões de dólares em 1979 para 1,6 trilhão em 2001.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

AS DUAS ÁSIAS

   Com cerca de 3,6 bilhões de habitantes, a ásia e cenário de gigantescas disparidades sociais e regionais. Entre os países que formam esse continente está um dos mais ricos do mundo - o Japão, com renda per capita de 32 mil dólares - e um dos mais pobres - a Índia, com renda per capita de 450 dólares.
   O japão contudo é uma exceção, pois a maior parte dos  asiáticos vive em condições de pobreza absoluta. Trata-se de uma população majoritariamente camponesa, que convive há décadas com a fome, guerras, aumento populacional, rivalidades religiosas e étnicas.
   Alguns dos países da Ásia optaram por regimes comunistas - entre eles, a China, o Vietnã e a Coréia do Norte, outros como a Coréia do Sul e Japão, prefiriram o regime capitalista. Porém, a maioria das nações asiáticas, mesmo as capitalistas, implementou, em momentos diversos, importantes programas de reforma agrária.
 
   

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

NOVA INICIATIVA AFRICANA

   Cientes de que grande parte dos problemas da Àfrica foram provocados pela intervenção das grandes potências mundiais, os governos africanos têm se organizado para exigir da comunidade internacional alternativas para combate da pobreza no continete.
    Assim, nos últimos anos, os países africanos recorreram inúmeras vezes à ONU e ao G-8 (grupo formado pelas sete maiores economia mais a Russia) para buscar apoio a um plano destinado a promover  o desenvolvimento econômico do continenete. O movimento chamado de Nova Iniciativa Africana, pretende criar um fluxo  descente de capital estrangeiro par a Àfrica, por meio de investimentos diretos, transferência de tecnologia, programas de combate à pobreza e a doenças e redução da dívida externa dos países mais pobres. Em contrapartida, os povos africanos se comprometem a buscar estabilidade política e econõmica.

A REGIÃO MAIS POBRE DO PLANETA

    As frequentes e prolongadas guerras empobreceram ainda mais os países africanos. Mas os conflitos não foram o único problema. O grande crescimento demográfico, a desordem administrativa, a corrupção institucionalizada e a queda nos preços de alguns produtos primários (como cacau, café e cobre) constituíram outros fatores que agravaram a situação social do continente.
   A Àfrica registrava, em 2003, a mais alta taxa de mortalidade infantil do planeta. No mesmo ano, dados do Relatório sobre o desenvolvimento humano da ONU, indicava que 28 dos trinta países mais pobres do mundo eram africanos.
   Com todas essas dificuldades, o continente africano deixou de ser atrativo para os investimentos estrageiros. Em 1995, nos países da Àfrica subsariana (região ao sul do Deserto do Saara) atraíram apenass 3% dos investimentos diretos estrangeiros que tomaram o rumo dos países em desenvolvimento. No mesmo ano, a América Latina e o Caribe receberam cerca de 20%. Sem capital externo, a renda per capita da Àfrica subsariana registrou queda durante todo o período de 1980 a 1995.

domingo, 19 de agosto de 2012

ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE AFRICANA (OUA)

    A colonização do território africano por nações européias no século XIX foi justificada com o argumento de que correspondia a uma "missão civilizadora", supostamente destinada a converter "povos selvagens e atrasados" ao cristianismo e às normas civilizadas de convivência. Contudo, durante o tempo em que estiveram no continente africano, os europeus pouco fizeram para propocionar aos seus habitantes as condições mínimas para uma vida digna.
     Preocupados apenas em pilhar e extrair as riquezas naturais da Àfrica, as nações colonizadoras impuseram fronteiras arbitrárias, estimulando as divisões e os conflitos étnicos, sufocaram os anseios de independência, exploraram formas de trabalho semi-escravo e condenaram milhões de pessoas à ignorância e ao analfabetismo.
    Ao conquistarem sua indepedência, entre as décadas de 1950 e 1960, as colônias africanas herdaran dos europeus uma economia desprovida de infra-estrutura e de trabalhadores qualificados que pudessem servir de suporte a uma política de desenvolvimento auto-sustentado. Apesar disso, entre os que lutaram contra o colonialismo havia certo otimismo em relação ao futuro das jovens nações africana. Esse otimismo se apoiava na abundância de materia-primas e de fontes de energia, assim como no esforço pela união demosntrado pelos países africanos, foi criada, em 1963, a Organização da Unidade Africana (OUA)

ARGENTINA

      De todos os paíoses latino-americano, a Argentina foi aquele que mais fielmente seguiu a receita do FMI e do Consenso de washington para sair da crise doa anos anos 1980. A partir de 1991, sob o governo do penonista Carlos Menem, privatizou um grande número de empresas estatais, cortou fortemente os gastos públicos e estabeleceu a paridade cambial (um peso igual a um dólar).
      Essas medidas extinguiram a inflação e fizeram o país crescer e a paridade entre o peso e o dólar começou a prejudicar as exportações. Nesse ano, Carlos Menem foi substituído ma Presidência por Fernando de la Rúa, da União Cívica Radical, de oposição. No governo, porém, De La Rúa manteve a política econômica de Menem. Sobreveio então um período de recessão econômica e emprobrecimento da população. Em 2001, a taxa de desemprego subiu para 18%.
     Em dezembro deste ano, grandes manifestações populares de protesto contra a crise levaram o presidente a renuciar. Em janeiro de 2002, tomou posse um novo presidente, o peronista Eduardo Duhalde, que adotou uma política contrária à orientação do FMI, extinguiu a paridade cambial, desvalorizando o, peso, e decretou o não pagamento dos serviços da dívida externa (moratória). Com isso conseguiu deter a queda da economia.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

MÉXICO - OS ZAPATISTAS

    Após mais de sete décadas controlando o governo federal mexicano, o Partido Revolucionário Institucional (PRI) foi derrotado pela oposição em 2000. Venceu as eleições o candidato Vicente Fox, do Partido da Ação Nacional (PAN).
    Uma das promesas de Fox era resolver a questão de Chiapas, um dos estados mais pobres do país e dominado por movimentos revolucionários promovidos pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Os revoltosos pretendem a autodeterminação dos povos indíginas mexicanos, que representam cerca de 20% da população do país. Em março de 2001, os zapatistas marcharam sobre a capital mexicana defendendo prrojeto de lei que contemplasse suas reinvidicações. Em abril o projeto foi aprovado pelo Senado mexicano.
    Fox também prometeu criar 1,4 milhão de empregos. Mas o desemprego continua crescendo no país devido à desaceleração da economia norte-americana, da qual o México é diretamente dependente.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CONSENSO DE WASHINGTON

   O Consenso de Washington, foi o resultado de um encontro realizado no início dos anos 1990 na capital dos EUA, que reuniu representantes do pensamento neoliberal, entre eles técnicos do FMI e do governo norte-americano. De acordo com os princípios estabelecidos na reunião, os países em crise só poderiam vencer suas dificuldades adotando uma política de austeridade econômica, com medidas drástica de estabilização da moeda. Para isso, era preciso que os governos reduzissem as despesas e aumentasse as receitas - o chamado "ajuste fiscal".
   Também deveriam abrir o mercado nacional às importações, estimulando a concorrência e produtividade das empresas. Ao mesmo tempo, precisavam promover a privatização das empresas estatais e reduzir sensivelmente o papel do Estado na economia.
    No início do ano de 2000, o neoliberalismo já tinha sido adotado como programa de governo não só de nações da América Latina mas também de grande parte dos países dos demais continentes.

domingo, 12 de agosto de 2012

AMÉRICA LATINA - FIM DOS REGIMES MILITARES

   Além da "crise da dívida", a América Latina enfrentou, no começo da década de 1980, acentuada queda em seu comércio externo, o que gerou recessão, desemprego e inflação. Foi nesse contexto que o ciclo dos regimes militares latino-americano chegou ao fim. As dificuldades econômicas fortaleceram os movimentos de oposição, que exigiam o retorno ao Estado de direito (Estado democrático).
   As pressões internas contaram com o apoio dos EUA a partir de 1977, quando o presidente Jimmy Carter, do Pardido Democrata, passou a patrocinar no continente uma política em favor dos direitos humanos e pela volta da democracia. Essa nova atitude norte-americana foi fundamental para que o regime autoritário chegassem ao fim na Bolívia (1982), na Argentina (1983), no Uruguai (1984), e no Brasil (1985). Em 1988, começava no Chile a transição para a democracia.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CRISE NA AMÉRICA LATINA

    A América Latina é um exemplo de como a dívida externa pode levar ao estrangulamento da economia. Formada principalmente por empréstimos tomados em épocas em que os juros eram baixos, a dívida externa latino-americana disparou nos anos 1980 devido ao aumento das taxas de juros internacionais.
   A América Latina devia aos bancos e aos governos dos países ricos mais de 400 bilhões de dólares. Sem condições de continua pagando os juros e serviços da dívida, o México (1982) e o Brasil (1987) declararam moratória inulateral, suspendendo os pagamentos aos credores externos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PERFIL DOS PAÍSES POBRES

   Embora estejam em diferentes graus de desenvolvimento, os países pobres, de modo geral, apresentam as seguintes características:
 - baixos níveis de renda per capita;
 - baixa expectativa de vida;
 - altos índices de mortalidade infantil;
 - grande número de analfabetos;
 - saneamento básico e serviços de assistência médica insuficientes;
 - baixos salários;
 - desigualdade na distribuição de renda;
 - propriedade da terra concentrada nas mãos de um pequeno grupo;
 - instabilidade política;
 - altos índices de criminalidade e violência urbana;
 - dependência econômica;
 - dependência científica e tecnológica;
 - endividamento externo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

PAÍSES POBRES E EM DESENVOLVIMENTO

   No início deste novo milênio, a globalização e a revolução tecnológica oferecem à humanidade possibilidades de bem-estar inteiramente desconhecidas até a década de 1970. Nunca o ser humano teve tantos bens à sua disposição. Nunca a expectativa de vida foi tão alta.
   No entanto, a distribuição da riqueza entre os diversos países e entre os vários grupos sociais de um mesmo país está cada vez mais longe de ser igualitária. Assim, em 1820 a diferença de rendimento entre o país mais rico e o mais pobre era de 3 pra 1. Em 1950, passou a ser de 35 para 1. E, em 1992, aumentou ainda mais: 72 para 1.
   Enquanto um seleto grupo de países exibe uma renda per capita superior a 20 000 dólares, cerca de 3 bilhões de pessoas - metade da população mundial - sobrevivem com até 2 dólares por dia. Essas pessoas dazem parte do chamado Terceiro Mundo, designação sob a qual se reúnem os países mais pobres do planeta, assim como os países em desenvolvimento.

sábado, 4 de agosto de 2012

JAPÃO - CRISE E RECESSÃO

   Depois de mais de trinta anos de crescimento quase ininterrupto, no fim da década de 1980 a economia japonesa começou a apresentar sinais de esgotamento.
   Com efeito dos elevados superávits na balança comercial e das enormes reservas de divisa acumuladas pelo país o iene (a moeda japonesa) revelou uma tendência de valorização em relação ao dólar, criando uma situação desvantajosa para o comércio exterior do Japão. Além disso, o governo norte-americano proibiu a importação de uma série de produtos japoneses, acusando o Japão de concorrência desleal.
   Depois de conquistar a liderança mundial em vários setores, o Japão perdeu posições no fim da década de 1990. Por exemplo, na área de tecnologia de ponta (microcomputadores, sftwares, microeletrônica, telecomunicações e biotecnologia), as empresas norte-americana passaram à frente das japonesas.
   Assim, entre 1997 e 2001, o PIB japonês caiu cerca de 5,5%. O desemprego atingia, em outubro de 2002, o patamar de 5,5% (cerca de 3,62 milhões de pessoas), o maior índice desde a Segunda Guerra Mundial.

O TRABALHADOR JAPONÊS

   O trabalhador japonês é solidário com a empresa onde trrabalha, com a qual tem um pacto: ele se compromete a permanecer fiel à empresa toda sua vida ativa e a empresa se compromete a não demiti-lo.
   O salário se compões de duas partes - uma fixa, outra variável. Esta última depende dos resultados econômicos obtidos pela empresa. Os sindicatos acompanham com atenção os índices de aumento da produtividade e dos lucros e negociam com os pratrões o montante do salário  a ser pago.
  Quando decidem pressionar os pratrões, os trabalhadores japoneses primeiramente recorrem a um ato simbólico, que pode consistir na colocação de uma faixa em torno da cabeça. Apenas nos casos mais graves eles entram em efetivamente em greve, com a paralização do trabalho.
   Essas caracteristicas das relações de trabalho no Japão levam o trabalhador a se sentir uma espécie de "sócio menor" da empresa, comprometido com seu sucesso. Para isso, ele é capaz de fazer sacrifício, que chegam ao extremo da redução voluntária dos dias de lazer.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

JAPÃO - ECONOMIA

   Uma das características do modelo econômico japonês foi a intervenção do Estado na coordenação e na implementação de projetos nacionais de desenvolvimento. As autoridades estatais passaraam a orientar e coordenar as empresas, ajudando-as com políticas de comércio, tecnologia e crédito. Com esse apoio, as empresas se capacitaram para competir com sucesso no mercado mundial.
   O país deixou de ter gastos militares, já que os termos da rendição de 1945 para os norte-americanos proibiram a reorganização das forças armadas. Isso permitiu ao Estado japonês canalizar os saldos favoráveis de sua balança comercial tanto para investimentos produtivos quanto para o aumento dos salários reais, melhorando o padrão de vida da população. esse processo foi acompanhado de elevados investimentos em pesquisas tecnológicas. Em consequência, o Japão conseguiu assumir um posição de liderança nos setores de tecnologia da informação, no momento em que estes se tornaram essenciais na economia globalizada.

JAPÃO PÓS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

   A Segunda Guerra Mundial deixou arrasada a economia japonesa: em 1946, a produção industrial do país caiu para um sétimo do que fora em 1941. Mas o auxílio norte-americano, aliado ao esforço dos próprios japoneses, garantiu a recuperação econômica. O início da Guerra da Coréia (1959-1953) também ajudou nesse processo, pois foram crescente as encomendas às indústrias japonesas no período. Conhecida como "milagre japonês", a recuperação da economia se apoiou principalmente no rápido desenvolvimento de setores industriais, como a construção naval e a produção de equipamentos eletrônicos e fotográficos. Mas setores tradicionais, como a indústria têxtil e a siderúrgica, também cresceram.
   Em menos de vinte anos, o Japão não só conseguiu alcançar os mais adiantados países ocidentais, como também chegou a ultrapassá-los. Na década de 1960, superou os suíços na produção de relógios e os alemães na produção de aparelhos fotográficos. Na década de 1980, deixou para trás os EUA na produção de aço, robôs e automóveis. Em 1997, seu PIB chegou a 4,2 trilhõese de dólares, o dobro do PIB da Alemnaha e sua renda per capita alcançou a marca de 38 160 dólares - a economia japonesa só era superada pela dos EUA.