Os probres, os oprimidos e os escravos foram, em particular atraídos pela vida e pelo exemplo de Jesus Cristo. A nova fé ensinava que o valor das pessoas não dependia de seu nascimento, talento ou posição social.
As autoridades romanas sempre haviam sido tolerantes com as religiõe dos outros povos. Mas o cristianismo apresentava características que pareciam suspeitas e ameaçadoras para o Império. Os cristãoes faziam reuniões secretas, desprezavam a hierarquia social, rompiam radicalmente com a tradicional religião romana, recusavam-se a prestar o serviço militar e negavam-se a cultuar os imperadores. Isso inquietava os responsáveis pela manutenção do Estado e das tradições de Roma. Com o imperador Nero tiveram início as perseguições. Os cristãos passaram a ser detidos, queimados vivos ou usados para proporcionar diversão nas arenas dos anfriteatros, onde eram estraçalhados por leões.
A firmeza com que os seguidores de Cristo enfrentavam o sofrimento, porém, dava mais força aos que permaneciam fiéis, além de atrair novos adeptos.
A propagação do cristianismo se acentuou no século III, quando teve início o enfraquecimento do Estado romano, particulamente afetado pela crise do escravismo. Foi nesse contexto que o imperador Constantino assinou, em 313, o Edito de Milão, concedendo liberdade religiosa aos cristãos. Finalmente, em 391, o imperador Teodósio reconheceu o cristianismo como religião oficial do Império Romano e proibiu o culto aos antigos deuses romanos.