Em julho de 1917, uma greve geral, acompanhada de gigantescas manifestações de rua, paralisou São Paulo. No bairro do Brás, onde se concentravam a maior parte dos trabalhadores imigrantes, houve violentos tiroteios entre os grevistass e a polícia. Os trabalhadores reivindicavam aumento salarial, proibição do trabalho de menores de catorze anos, jornada de oito horas, pagamento de horas extras com acréscimo de 50%, fim do trabalho aos sábados à tarde, garantia de emprego, respeito ao direito de associação, medidas contra a carestia, redução no preço dos aluguéis.
sábado, 29 de dezembro de 2012
O ANARQUISTAS E SOCIALISTAS NO BRASIL
Entre 1900 e 1930, diversas tendências de esquerda atuaram entre os operários do Brasil, destacando-se o anarquismo e o socialismo. Os anarquistas queriam suprimir o Estado e a propriedade privada, enquanto o socialistas lutavam pela transformação da sociedade por meio de reformas pacíficas. Uma das variantes do anarquismo era o anarcossidicalismo, cujos os integrantes viam os sindicatos como prrincipal instrumento de luta contra o estado burguês e a sociedade capitalista.
A COMPRA DO ACRE
O Acre era um território boliviano, mas começou a ser ocupado por serigueiros braasileiros no final do século XIX, justamente por causa da extração da borracha. O governo da Bolívia reagiu à invasão, e cedeu a exploração do terrotório a uma empresa formada por capitais norte-americanos, ingleses e alemães, The Bolivian Syndicate.
Sentindo-se prejudicada, a população brasileira da região, liderada pelo gaúcho Plácido de Castro, promoveu um levante armado. A revolta, iniciada em 1902, terminou no ano seguinte, com algumas vitórias dos rebeldes brasileiros. Os resultados desfavoráveis ao exército boliviano levaram o país a concordar em vender o território do Acre ao Brasil, em 1903, por 2 milhões de libras esterlinas.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
O VOTO NO BRASIL SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO DE 1891
A Constituição da república de 1891, a primeira republicana, baixou a idade mínima do eleitor para 21 anos e eliminou a exigência de renda, aumentou o número de eleitores, que passou para 2% da população, isto na eleição para presidente em 1894. Um aumento de 100% do eleitorado.
O VOTO NA MONARQUIA DO BRASIL
Durante a Monarquia no Brasil, as eleições eram indiretas e censitárias. Os eleitores de primeiro grau, com renda anual de 100 mil-réis, elegiam os eleitores de segundo grau, que deviam ter renda de 200 mil-réis anuais. Estes últimos elegiam deputados e senadores.
Em 1881, a Câmara aprovou uma reforma eleitoral que proibiu o voto ao analfabeto e eliminou o eleitor de primeiro grau. Com isso, a eleição passou a ser direta, mas o requisito de renda foi estabelecido em 200 mil-réis; a idade mímina continuava sendo 25 anos. Com essas exigências, no final do Império, o número de eleitores havia caído para menos de 1% da população.
AS GUERRAS DE REDIVISÃO
Escrevendo nas últimas décadas do século XIX, Lenin, o futuro líder da revolução socialista na Rússis, observou que a prrincipal característica desse período era a divisão final da terra, no sentido de que a política colonial dos países capitalistas tinha completado a tomada das terras não ocupadas em nosso planeta.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
MANIFESTO REPUBLICANO
Publicado em dezembro de 1870, o Manifesto republicano criticava a falta de liberdade e o absolutismo do imperador dom Pedro II, denunciando o isolamneto a que a monarquia condenava o Brasil.
Somos da América e queremos ser americanos. A nossa forma de governo é, em sua essência e sua prática, oposta e hostil ao direito e aos interesses dos Estados Americanos. A permanência dessa forma tem de ser forçosamente, além da origem da opressão no interior, a fonte perpétua da hostilidade e das guerras com os povos que nos rodeiam. (...) O nosso esforço dirige-se a suprimir esse estado de coisas, pondo-nos em contato fraternal com todos os povos e em solidariedade democrática com o continente de que fazemos parte.
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
A presença da família real no Brasil, era um fato inusitado e acabou provocando muitas transformações no Brasil. Veja alguma.
- Fundação do Banco do Brasil, em 1808;
- Criação da Impresa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e para publicação de jornais, em 1808;
- Abertura de escolas, entre elas duas de medicina - uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro;
- Instalação de uma fábrica de pólvora e de indústrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo;
- Vinda da Misssão Artística Francesa, em 1816, e a fundação da Academia de Belas-Artes;
- Mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar capitanias e passaram a denominar-se províncias, em 1821;
- Criação da Biblioteca Real , em 1810, do Jardim Botânico, em 1811 e do Museu Real, em 1818.
A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL
Ao chegar ao Rio de Janeiro em 1808, dom João tratou logo de organizar o governo, distribuíndo os cargos administrativos entre homens da nobreza.
Além dos nobres que não dispunham de meios próprios de vida, havia monsenhores, desembargadores, empregados da casa real, médicos....
Assim, o governo foi constituído com os vícios que o caracterizavam em Lisboa: empreguismo, utilização dos recursos públicos para fins privados do rei, da nobreza e da alta burocracia do Estado, desperdício, corrupção.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
SOCIEDADE LITERÁRIA
Ao lado de mineiros e baianos que tramavam contra o domínio da metrópole, um movimento semelhante surgiu, em 1794, no Rio de Janeiro, embora de menores proporções e limitado a um grupo de intelectuais que se reunia na Sociedade Literária.
Essa entidade funcionava desde 1771, data em que fora fundada com o nome de Academia Científica do Rio de Janeiro. Nela, discutiam-se assuntos filosóficos e políticos. Nas últimas reuniões, a figura de destaque era Manuel Inácio da Silva Alvarenga, poeta e professor de retórica, diplomado em Coimbra.
MANIFESTO DOS CONJURADOS DA BAHIA
O poderoso e magnífico povo bahiense republicano desta cidade da Bahia Repulicana considerando os muitos e repetidos latrocícios feitos com os títulos de impostura, trributos e direitos que são celebrados por ordem da Rainha de Lisboa, e no que respeita a inutilidade da escravidão do mesmo povo tão sagrado, e digno de ser livre, com respeito à liberdade e à igualdade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo ruinável da Europa (...).
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
BÁRBARA ALENCAR E A REVOLUÇÃO DE PERNAMBUCANA
No dia 29 de abril de 1817, por determinação do Governo revolucionário de Pernambuco, a família Alencar, sob o comando de Bárbara, recebeu a misssão de libertar o Ceará da dominação portuguesa, o que ocorre no dia 3 de maio de 1817, quando o Diácono José Martiniano de Alencar subiu ao púlbito na Matriz do Crato e proclamou a independência e a república.
Em consequência, Bárbara de Alecar, perseguida, fugiu para a Paraíba, onde foi presa. Qualificada entre os presos como "infames cabeças", foi enviada para Icó, Ceará, depois para Fortaleza, onde, posteriormente, foi recambiada para Recife e, depois, transferida para a prisão na Bahia, onde foi cruelmente torturada.
No seu cárcere, no subsolo, uma pequena cela de tortura que não cabia um homem em pé, recebia uma só refeição por dia. Libertada três anos depois, faleceu em 28 de agosto de 1823, na Fazenda Touro, de sua propriedade, localizada no Estado do Piauí.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
BÁRBARA DE ALENCAR
Uma das primeiras haroínas brasileira, Bárbara Pereira de Alencar nasceu a 11 de fevereiro de 1760, na fazenda Caiçara, de propriedade de seu avô, Leonel Alencar Rêgo, patriarca da família Alencar, localizada no município de Exu, no Sertão pernambucano.
Ainda adolescente, Bárbara mudou-se para a então Vila do Crato, no Ceará, e casou-se com o comerciante português José Gonçalves dos Santos, teve quatro filhos: João Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar, pai do romancista José de Alencar.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
A OPÇÃO MONARQUISTA DE SAN MARTÍN
Segundo San Martín, as instituições monárquistas constituiriam a base sobre a qual era possível negociar na Europa a independência.
Evitariam a guerra civil, as paixões populares desencadeadas contra as classes possuidoras, que eram a seu ver as únicas capazes de dar uma organização sólida à sociedade americana.
Era federalista e dfensor da idéia de uma América do Sul composta de nações independentes.
REVOLUÇÃO NO HAITI
A primeira colônia a se tornar totalmente independente na América, depois das colônias inglesas, foi o Haiti, e constitui um caso raro pelo fato de o movimento ter sido conduzido por descendente de escravos afircanos.
Correspondendo à metade francesa da ilha de São Domingos ( a outra metade pertencia à espanha), o Haiti tinha sido colonizado pela França, cm base na produção de açúcar. Os escravos de origem africana compunham 90% da população da ilha. As lutas contra os colonizadores começaram em 1791 e logo a população negra encontrou seu líder no ex-escravo Toussaint L'Ouverture, que comandou o movimento pela emancipação da ilha e dos escravos. Entretanto, L' Ouverture foi preso e enviado para a França, onde morreu em 1803.
O SURGIMENTO DO BONAPARTISMO
Se explica pela crise social e política que a França vivia por volta de 1800. A crise decorria do fato de que nenhuma das classes sosiais em conflito era capaz de se impor politicamente. Esse quadro de desordem pública abriu caminho para o aparecimento de um homem forte, um ditador, que se colocou acima das classes sociais e assumiu o papel de árbitro entre eles.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
BONAPARTISMO
No vocabulário político, a palavra bonapartismo designa um tipo de governo semelhate ao que foi exercido, primeiro, por Napoleão Bonaparte (1799-1815) e, mais tarde, por seu sobrinho, Luíz Bonaparte (1848-1879), que se sagraria imperador da França, em 1815, com o nome de Napoleão III.
O CÓDIGO NAPOLEÔNICO
O Código Napoleônico consolidou o poder da burguesia. De modo geral, cumpriu a função de proteger a propriedade - não a feudal, mas a burguesa.
O Código tinha cerca de 2 mil artigos, dos quais apenas sete tratava do trabalho e cerca de oitocentos da propriedade privada.
Os sindicatos e as greves eram proibidos, mas permitia-se a criação de associações de empregadores. Numa disputa judicial envolvendo discussão salarial, exemplo, o Código determinava que o depoimento do patrão e não do empregado, fosse levado em conta. O Código foi feito pela burguesia e para a burguesia, pelos donos da propriedade para a proteção da propriedade.
sábado, 1 de dezembro de 2012
FRANÇA - OS MESES DA REVOLUÇÃO
Como o novo calendário, instituído em 1793, os meses receberam novos nomes, relacionados com o clima e com o trabalho agrícola.
Os meses de outono passaram a ser Vindinário, Brumário e Frimário; os de inverno, Nivoso, Pluvioso e Ventoso; os de primavera, germinal, Floreal e Prairial; os de verão, Messidor, Termidor e Frutidor.
FRANÇA - O TERCEIRO ESTADO
No período imediatamente anterior à revolução Francesa, circulou entre os franceses um folheto escrito pelo abade Sieyés, que, embora clérigo, era deputado pelo terceiro estado e acabou participando das grandes decisões de 1789.
No folheto, assim Sieyés sintetizou os anseios e a importância desse grupo social:
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