terça-feira, 23 de julho de 2013

GOVERNADOR BENEDITO VALADARES

  Benedito Valadares ( 1892-1973 ) governou Minas Gerais, foi deputado e senador pelo estado e ainda virou nome de cidade. Conservador, foi um dos fundadores do PSD e posteriormente integrou a ARENA, de sustentação ao regime militar.
  O  governador era uma raposa política, e ainda deu origem a um vasto folclore com frases do tipo " Estou rouco de tanto ouvir! " Conta-se que uma vez, quando ocupava uma cadeira no Senado, foi procurado por um repórte ansioso por uma entrevista: " Senador, muito prazer em ouvi o senhor. " Valadares, correspondendo à educação do interlocutor, devolveu: " eu também tenho muito prazer em ouvi-lo meu filho. Mas não tenho nenhum prazer em lhe falar. " E fim de papo.

MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

  Foi o único romance escrito por Manuel Antônio de Almeida. Apareceu primeiro em capítulos semanais, sem assinatura, na seção humorística chamada " pacotilha " do jornal  Correio Mercantil, do Rio de Janeiro, entre junho de 1852 e julho de 1853. Pouco depois foi publicado em formato de livro, em dois tomos, com a indicação " por um brasileiro ". O nome do autor, que morreu em um naufrágio aos 30 anos incompleto, só passou a figurar na capa de sua obra a partir de uma edição póstuma, publicada em em 1862.

terça-feira, 16 de julho de 2013

D. PEDRO I NOS QUATROS CANTOS - GRÉCIA

  Em luta contra o Império Otomano entre 1821 e 1829, os gregos procuravam, sem ajuda das grandes potências, uma forma de se consolidar como uma nação independente.
  Tendo suas dinastias reais se extinguido muitos séculos antes, os gregos procuraram a ajuda de D. João VI no início de 1822 a acabaram oferecendo o trono a D. Pedro.

D. PEDRO I NOS CANTOS - ESPANHA

  Em sangrenta guerra civil desde o fim do domínio napoleônico, em 1815, a Espanha, que tinha sua Casa Real ligada à portuguesa por laços de matrimônio, foi profundamente dividida entre absolutistas e constitucionalistas.
  D. Pedro foi procurado em três ocasiões pelos constitucionalistas espanhóis entre 1826 e 1830.

D. PEDRO I NOS CANTOS - PORTUGAL

  Herdeiro direto do trono português. D. Pedro renunciou logo após a morte do seu pai,, em 1826, em favor de sua filha, D. Maria da Glória.
  O trono, entretanto, foi usurpado por  D. Miguel, seu irmão e genro , o que motivou a luta de D. Pedro para retomá-lo e consolidar o lugar de D. Maria da Glória, o que se concretizou em 1834.

D. PEDRO I NOS QUATRO CANTOS - BRASIL

  Única parte efetiva do seu domínio, o então reino unido a Portugal e Algarves era regido por d. Pedro desde 1821, quando D. João VI retornou a Portugal.
  Em 1822, antes de assumir o trono português, como era previsto, o príncipe declara a independência e se torna imperador, título do qual abdicará em 1831.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

REVOLUCIONÁRIOS VERSUS REFORMISTAS

  No começo do século XX, os partidos social-democratas estavam divididos entre a ala marxista revolucionária ( como Rosa Luxemburgo e K. Kautsky na Alemanha, Lênin e Trotsky na Rússia ) e a ala reformista ( seguidores do alemão E. Bernstein ). Na véspera da guerra de 1914, inúmeros deputados social-democrata votaram a favor de guerra. Com exceção dos marxistas, que acusavam o governo de agir apenas no interesse dos monopólios capitalistas. Parlamentares marxistas e favoráveis à paz chegaram a ser presos, acusados de " traição da pátria." Quando começou a carnificina em nome da pátria, militantees socialistas de toda a Europa se encontraram fraternalmente na Suíça. Agora, a palavra de ordem era transformar " a guerra provocada pela burguesia em guerra civil internacional do proletariado contra a burguesia". Mas isso não veio a acontecer. Os soldados se mantveram fiéis ao apelo patriótico e morreram em nome dele.
  Em novembro de 1917, aconteceu a revolução socialista da Rússia, dirigida pelos marxistas. Pouco depois, os seguidores de K. Marx e admiradores dos bolcheviques russos se separaram dos partidos social-democratas e fundaram os partidos comunistas.

sábado, 13 de julho de 2013

CRISE NO MARROCOS

  Quem vivia na Europa no começo no século XX e possuía faro político sentia que a guerra poderia estourar a qualquer momento. E quase estourou com a crise do Marrocos. O Marrocos era um dos poucos  países africanos independentes. Alemanha, França e Inglaterra tinham feito um pacto para explorá-lo. Mas em 1904 a França e a Inglaterra deram uma rasteira na Alemanha por meio de um acordo secreto. O acordo deixaria a Inglaterra dominar o Egito sozinha, enquanto o Marrocos seria dominado pela França.
  O governo alemão desconfiou da armação e falou grosso. O Kaiser Guilherme II fez um discurso irritado que falava em guerra. Pouco depois, os exércitos alemães eram mobilizados. Naquele momento nada aconteceu. Um congresso em Algeciras ( 1906 ) sossegou os alemães ao reconhecer que Marrocos continuaria independente. Em 1911, franceses e alemães concluíram outro acordo: o Marrocos passaria a ser francês e, em compensação, parte do Congo francês seria cedido aos alemães.

OS ESLAVOS

  Os eslavos são povos do leste europeu com uma origem linguística e cultural comum.
  São eslavos, por exemplo, os russos, os poloneses, os ucranianos, os sérvios, os búlgaros, os croatas, os tchecos e os eslovacos. Os húngaros não são eslavos, são magiares.

OS LATINOS

  Eles têm uma origem comum: são europeus que viviam no antigo Império Romano. Seus ancestrais tiveram filhos com os romanos e falavam latim. O resultado é que hoje eles têm uma aparência física semelhantes ) a maioria tem pele branca e cabelo escuro ).
  Seus idiomas são derivados do latim e boa parte segue a Igreja romana, ou seja a igreja católica. Portugueses, franceses, italianos, romenos e espanhóis são povos latinos.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

ESTREITEZA DO MILITARISMO PRUSSIANO

  O oficial do exército prussiano, disciplinado como um cão de circo, eficaz cumpridor dos deveres e mentalmente estreito, era o exemplo admirados por todos na Alemanha unificada. As mulheres suspiravam por ele, enquanto os homens em trajes civis tinham que se contentar com a inveja. Nem sempre, porém, as coisas davam certo. Certa vez, o sapateiro chamado Voigt saiu pelas ruas de Berlin disfarçado de capitão do exército imperial. O respeito à autoridade era tão grande, que ele logo arrumou diversos soldados que o seguiam obedientemente. Reunindo uma tropa, no mesmo dia ele foi para a estação de trem e viajou, de graça, até a cidadezinha de Kopenick, um lugarejo próximo. Aproveitou para reunir três policiais para o seu séquito. Foi até a prefeitura, exigiu que lhe pagassem 4.000 marcos. Obedientes, os funcionários lhe deram o dinheiro. Ninguém pediu para ver suas credenciais. Em seguida, o sapateiro disfarçado de militar prendeu o prefeito da cidade.
  O divertimento durou algumas horas, até que o falso capitão fosse descoberto e fez todo mundo rir, menos os duros militares prussianos.

MACHADO DE ASSIS

  Pobre, começou a vida como operário de gráfica. Não fez faculdade. Autodidata, aprendeu idiomas, leu escritores e filósofos estrangeiros. Depois, arrumou emprego público para sustentar a carreira de escritor. Mais uma para os racistas engolirem: o maior escritor brasileiro de todos os temos era afro-descendente.
  No começo da carreira, Machado de Assis ( 1839 - 1908 ) escreveu em estilo romântico ( Helena ). Maduro, adotou o realismo nas suas obras imortais: Memórisa Póstumas de Brás Cubas ( 1881 ), Quincas Borba ( 1891 ), Dom Casmurro ( 1899 ), Esaú e Jacó ( 1904 ).

terça-feira, 9 de julho de 2013

MAÇONARIA E REPÚBLICA

   Na Maçonaria brasileira havia de tudo, de liberais a conservadores, de monarquistas a republicanos. Pois os maçons republicanos acionaram suas organizações. Por exemplo, os gabinetes de leitura eram bibliotecas que alugavam livros. Nelas, o interessado encontraria muitos livros e jornais a favor da república.
    Os maçons também abriam escolas para alfabetizar adultos pobres, dentro do ideal iluministas " educar para libertar ". Aproveitavam as aulas para divulgar o ideal republicano.

A REFORMA DE 1881

  A Constituição de 1824 estabelecia que o votante precisava ser homem, maior de 25 anos e possuir renda anual de pelo menos 100 mil réis. A inflação mudou algumas coisas. Por exemplo, em 1877 o salário mais baixo de um funcionário público era de 600 mil réis anuais. O) que isso representava? Os fazendeiros eram apenas um quarto do total de votantes. Como a lei permitia o voto dos analfabetos, o censo de 1872 mostrava que 13% dos brasileiros livres ( não cotavam os escravos ) podiam votar.
  A nova legislação eleitoral de 1881 acabou com a diferença entre votante e eleitor e estabeleceu a votação direta para senador e deputado. O censo eleitoral foi aumentado ( mínimo de 200 mil réis ) e excluíram os analfabetos: quase um  milhão de eleitores foram postos de lado. Agora, apenas 0,8% dos brasileiros livres poderiam votar.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A ESCOLA DE RECIFE

  No final do século XIX, intelectuais nordestinos geralmente estudavam na excelente Faculdade de Direito de Recife. Por isso, essa geração de pensadores foi chamada de Escola de Recife. Os principais foram os sergipanos Tobias Barreto e Silvio Romero. Seus escritos serviam para divulgar as idéias materialistas, cientificistas, deterministas e evolucionistas de Moloschott, Buchnner, Haeckel, Taine e Spencer. Eles fizeram críticas às idéias de Comte. Achavam que os positivistas do Rio de Janeiro não eram nem muito materialista nem evolucionistas.
  De qualquer modo, a visão que a Escola de Recife adotou, de que a ciência é a grande responsável pela resolução dos problemas humanos, tinha tudo a ver com o positivismo.

PROPAGANDA REPUBLICANA

  O republicanismo ferveu nas cidades, especialmente no Rio de Janeiro. Clubes republicanos faziam palestras, comícios, editavam jornais e davam cursos defendendo suas idéias.
  Não é novidade que os estudantes têm uma longa história de participação política no Brasil. pois é, e lá estavam eles entre os republicanos. Além de tudo, os quartos onde moravam os estudantes, entre montantes de livros, restos de sanduíche e gargalhadas, não são chamadas justamente de república?
  A imprensa republicana batia firme no imperador. Naquela época, os jornais ficaram mais sofisticados. A qualidade de impressão melhorou e passaram a ter muitas caricaturas satirizando os políticos. O Segundo reinado tinha realmente algumas características liberais. Porque de modo geral, os republicanos podiam divulgar suas idéias sem sofrer ataques brutais do governo.